Acho que uma semana depois, Valéria ligou. Disse que estava por perto e queria saber se estávamos em casa para dar uma “passadinha”.
- Estamos sim, pode vir! - respondi.
Não falei para Cláudia, por puro esquecimento, pois a ligação me pegou no meio de um trabalho. Quando a campainha do interfone tocou, ela foi atender. Só ouvi seu gritinho de satisfação. Quando cheguei à sala as duas estavam abraçadas. Logo atrás, um cara que não conhecia.
- Jorge, meu marido! - apresentou Valéria.
- Que bom que vocês vieram. Como soube que estávamos aqui? - perguntou Cláudia.
Valéria explicou tudo e as duas ficaram conversando enquanto eu servia uma cerveja pro Jorge. Ele era um cara legal, bastante simpático. As duas sentaram no sofá de mãos dadas falando sem parar. Jorge era de poucas palavras. Ator segundo ele, trabalhando como coadjuvante em uma peça do Naum. Cláudia foi mostrar alguma coisa para Valéria e nos deixaram sozinhos na sala.
- Valéria ficou encantada com Cláudia. - me confidenciou ele - Desde a festa não fala em outra coisa.
- Cláudia também. - eu não sabia o quanto ele sabia e estava com certo receio.
- Acho que Val ficou apaixonada! - disse rindo.
- Talvez!
- Ela nunca falou com tanto entusiasmo de uma transa como a que vocês tiveram!
Ok! Ele sabia de tudo.
- É...! – não sabia o que dizer nesses casos. Uma imensa sensação de desconforto me assombrava.
- Pena que não pude ir à festa! Estava trabalhando.
As duas voltaram rindo muito.
- O que houve? - perguntei.
- Podemos saber qual a piada? - perguntou ele.
- Nada não! - disse Val - Vá ver só que vista!
Cláudia o levou para varanda e Val veio até o sofá onde eu estava e me deu um beijo.
- Fiquei com saudades de vocês! - disse pegando minha mão.
- Nós também. - falei meio sem jeito.
- Jorge queria muito conhecer vocês. Você não se importa?
- Em absoluto, porque iria?
- Não sei!
Os dois voltaram de mãos dadas.
- Espetacular isto aqui! - disse Jorge entusiasmado - Muito bonito.
Cláudia parecia uma criança e foi à cozinha buscar uns salgadinhos.
- Ela é uma gracinha cara! - disse Jorge.
- Também acho! - falei.
- Vocês têm um relacionamento parecido com o nosso não é? - me perguntou.
- Talvez! Somos bem afinados.
Cláudia voltou com dois pratinhos com biscoitos.
- Querem conhecer o resto do apartamento?
- Claro! - responderam ao mesmo tempo.
No estúdio, Valéria ficou impressionada. Lá pelas tantas sentou no meu colo, de frente para mim.
- Estou com saudade de você!
- Jorge não se importa se nos pegar assim?
- Não! E você se importaria em pegar os dois assim?
- Não sei, nunca aconteceu, por quê?
- Cláudia me contou que você gostaria de vê-la transando com outro cara!
- O que é isso um complô? – perguntei meio desconcertado.
- Não, só estamos querendo tornar esta tua fantasia real. - disse me abraçando - Porque você acha que eu vim aqui hoje com o Jorge? Quero transar com vocês de novo!
Comecei a suar.
- Neste momento Jorge está seduzindo Cláudia lá no quarto! Vamos ver?
E levantou me puxando pela mão. Ela me conhecia para saber que eu não iria falar nada. Entramos no quarto devagar e os dois estavam se beijando na varanda. Ela já com o vestido levantado, deixando-nos ver sua calcinha preta, de pernas abertas, toda encostada nele, que por sua vez, alisava as nádegas dela. Fiquei atordoado, até porque não tenho porque negar, fiquei excitado. Valéria encostou-se em mim de costas e automaticamente abracei-a. Ela tomou todo o cuidado para encostar sua bundinha no meu bom-companheiro. Cláudia se esfregava em Jorge, se movimentando para cima e para baixo. Valéria virou o rosto para mim e disse baixinho:
- Ela é uma gracinha! - e procurou meus lábios.
Quando a beijei, um beijo formal, quase obrigatório, esfregou sua bundinha em meu bom companheiro, o que o fez mais ereto, mas nossas línguas não ficaram por muito tempo unidas, ela interrompeu:
- Vamos ver os dois!
Jorge levara Cláudia para a cama, onde ela ficou de quatro, com a bundinha levantada. Atrás dela ele alisava e beijava sua bundinha, para delírio dela. Tirou-lhe a calcinha e por um momento contemplou aquela maravilha. Foi quando Cláudia olhou para a porta e me viu com Valéria. Pensei ver certa hesitação em seus olhos, mas Jorge havia se despido e encostava seu membro nela, enquanto tirava seu vestido. Nus sobre a cama, ele começou a penetrá-la por trás. Eu não queria ver aquilo, estava além de mim, mas Valéria ajoelhou-se à minha frente. Abriu minha calça e alisou meu pau antes de colocá-lo na boca. Eu me apoiava no marco da porta. De repente, nossos olhares se cruzaram, o meu e o de Cláudia. Ela não estava feliz, mas seus lábios me mandaram um beijo, antes de Jorge vira-la e a beijar. Ela o abraçou com as pernas enquanto ele a penetrava.
Minhas pernas fraquejavam com a chupada de Valéria e a visão de Cláudia e Jorge, mas meu coração estava pequeno. Algo ali estava se perdendo e talvez para sempre. Mas será que algo começara mesmo? As coxas de Cláudia eram excitantes, em qualquer situação. Valéria percebendo meu estado levantou-se e me puxando pela mão, levou-me até a cama. Sentei-me ao lado dos dois, meio estático e enquanto ela terminava de tirar minha roupa, a mão de Cláudia procurou pelo meu bom-companheiro e o segurou. Jorge chupava seus peitinhos quando ela pediu:
- Eu quero os dois!
Valéria que agia como Mestre-de-Cerimônias foi quem afastou Jorge, que a agarrou e beijou. Cláudia virou-se e ficou novamente de quatro sobre a cama. Eu estava sentado à sua frente na própria cama e ela passou a me chupar. Jorge a comia por trás e Valéria, que rapidamente se despira, deitou por baixo, chupando seus peitinhos.
Eu queria ir embora dali, mas não queria deixa-la à mercê dos dois. Não sei como aconteceu, mas de repente ela estava deitada em cima de mim, eu dentro dela. Nossos olhos se encontraram e eu, num fio de voz, consegui dizer:
- Eu quero você só para mim!
Ela não entendeu e enquanto Jorge tentava meter em seu cuzinho, sentindo-se excitada de estar transando com dois homens a penetrá-la, teve que perguntar:
- Não está gostando?
Minha resposta foi curta, sincera e talvez por isso mesmo dramática demais:
- Não!
- Então eu vou fazer com que seja bom!
Ela não entendeu nada, mesmo tendo ouvido. Não adiantava ela rebolar mais, porque algo havia se rompido ali. A presença do outro cara me fez ver o quanto louco nós éramos, e o quão maluco era tudo. Fiquei com ciúmes de Valéria e de Jorge, e de qualquer outro que já tivesse se aproximado de Cláudia. Foi o pior gozo da minha vida. Doeu muito, mas no coração. Descobri que eu estava apaixonado por ela, e que o sexo não era o mais importante. Mas ela era o oposto. Talvez até estivesse apaixonada por mim, mas colocava o sexo acima de tudo e qualquer tipo de sexo.
Não consegui me despedi de Valéria e Jorge. Eles foram embora e tentamos ter uma conversa clara. Éramos francos um com o outro, mas essa conversa se mostrava muito difícil.
O fim está próximo
Não conseguia falar e tive que deixar passar algum tempo. Nesse meio tempo me esquivei de Cláudia o mais que pude. Arrumei vários trabalhos, reuniões, o diabo. Tudo para não estar disponível. Viajei a São Paulo para tentar pegar um trabalho que eu sabia ser impossível, apenas para dar um tempo para minha cabeça. Ela começou a perceber que havia algo estranho e me deu o devido espaço para respirar. Quase duas semanas depois de toda a sacanagem que rolou lá em casa, consegui colocar algumas coisas em ordem e chamei-a para uma conversa.
Sentia-me cheio de razão ao começar, mas ela me interrompeu logo:
- Você é engraçado! – falou séria – Enquanto era com outra mulher estava tudo bem, mas foi só entrar outro homem e você fica desse jeito. Pensei que você gostasse de me ver transar com outro cara.
- Não gostei! – respondi gaguejando.
- Pois é! Não gostei de transar com aquelas mulheres, mas fiz por sua causa, porque você gostava. Gostei de transar com ele. Gostei que você nos visse transando, porque eu não aguentava ver você transando com aquelas donas na minha frente.
- Mas você nunca disse nada!
- Achei que não precisava que você perceberia ou que você desceria desse seu egoísmo.
Realmente nunca imaginara que ela não estava a fim desse tipo de coisa, tal o entusiasmo com que ela se jogava nas situações.
- Eu amo você e fiz tudo em nome desse amor, até transar com o namorado da Valéria na tua frente, mas estou vendo que isso te abalou.
- E muito! – completei.
- Pois é, acho que só há um jeito...
Eu já sabia disso. Iríamos terminar nosso relacionamento por causa dessa falha de comunicação, como tantos outros relacionamentos se acabam.
- Precisamos começar tudo de novo! Só nós.
Não contava com essa proposta. Achava que depois de tudo era iria sair pela porta uma última vez e nunca mais a veria. Eu preferia que fosse como ela estava propondo. Claro que eu preferia. Apesar de todas as minhas dúvidas no início e infantis, por sinal, ela era uma mulher e tanto e apenas ela bastava. Colocou sua mão na minha e nos beijamos. Primeiro apenas um beijo nos lábios, mas em seguida um beijo cinematográfico, de língua, que só acabou no dia seguinte quando acordamos nus e no tapete da sala.
O Casamento
Três meses depois nos casamos. Uma cerimônia simples, onde estavam apenas as testemunhas, dois casais amigos, que não sabiam da nossa vida devassa. Saímos do cartório e fomos os seis almoçar. Conversamos, brincamos e depois do almoço nos despedimos. Eles voltavam a seus afazeres e nós... bem, nós havíamos planejado começar nossa lua de mel imediatamente. As malas já estavam no carro, mas antes de pegarmos a estrada, iríamos parar em um motel.
O Futuro
Bem, o futuro a Deus pertence e sabe-se lá o que vai acontecer conosco. Em todo o caso, fico torcendo para que seja o melhor.
Nosso entrosamento sempre foi bom e sem interferências externas, pode ser melhor ainda.
Cláudia está grávida, e isso está mudando completamente a cabeça dela. Da minha parte, estou mais do que contente, pois sempre quis ter um filho e agora isso vai acontecer. Mas o melhor de tudo é ter certeza de que o filho é meu.
série muito boa....parabéns
tesão demais