Saí da frente da porta e deixei meu amigo Celso entrar. Ele trazia duas sacolas e entrou colocando-as no sofá. Olhou para mim com cara de cachorro que caiu da mudança e foi explicando:
- Eu chifrei a Lu e ela descobriu. Fui a um barzinho com uma franga e naquele lugar escuro, onde eu nunca imaginaria que encontraria alguém, uma amiga da minha mulher me viu e contou para ela. Fudeu. Preciso de um lugar para ficar por uns dias, até achar algo definitivo.
Era 1984 e eu estava divorciado de meu segundo casamento e comprei um apartamento de três dormitórios, no bairro da Vila Mariana, aqui em São Paulo. Como eu mesmo precisei de um amigo, quando me separei, era natural que eu oferecesse um abrigo para ele.
- Se você não se incomodar em ficar em um quarto de menino, cheio de brinquedos e coisas assim.
Eu tinha um filho de três anos, do meu segundo casamento, e havia organizado meus três dormitórios com um quarto para mim, outro para meu filho, que morava com a mãe e a cada duas semanas passava um final de semana comigo, e o outro quarto transformei em meu escritório.
O quarto do meu filho quase nunca era usado. Como eu tenho um imóvel de praia, no Guarujá, nos finais de semana que pegava meu filho eu descia a serra e ia para a beira do mar, curtir com o garoto.
Ele ficou feliz com o arranjo. Acomodou-se rapidamente no quarto e ficou satisfeito ao constatar que os armários embutidos estavam praticamente vazios. Meu filho nunca deixava roupas ali.
- Tem só um problema: eu tenho o hábito de andar pelado pela casa. Raramente uso roupas, quando estou aqui. E não pretendo mudar meus hábitos por causa da sua presença. Se não quiser me ver pelado, fique trancado no quarto. Se não se incomodar, pode usar qualquer cômodo do apartamento, mas vai ter que ver meu pau e meu saco balançando, e minha bunda rebolando.
Ele deu risada e disse:
- Não precisa ficar preocupado. Não vou tentar comer você. Eu também tenho o hábito de ficar só de cuecas o tempo todo.
E assim começamos a conviver. Fiquei um pouco preocupado com a perda da minha liberdade, mas deixei rolar. Às vezes levava alguém (homem, mulher, ou casal) para transar em minha casa. Tenho até uma rotina, nestas trepadas: rolava a transa e, depois, eu ia para a cozinha preparar alguma coisa bem rápida, sofisticada e gostosa para comer, e depois voltava para outra transa. Eu preparava tudo pelado e com um avental de “chef” por cima. Sou um ótimo cozinheiro e isso fazia parte do meu jogo de sedução que geralmente me garantia outras trepadas com aquela pessoa, mas com o Celso em casa… Torcia para que tudo desse certo para ele e que a vida dele voltasse aos eixos o mais rápido possível, para que eu recuperasse a minha independência.
Fazia umas duas semanas que ele estava em casa quando percebi que ele havia mexido na estante que eu tinha na sala de visitas e a dividia da sala de jantar. Ali eu tinha uma coleção de revistas Private (eu colecionei desde o primeiro número por mais de doze anos) e uma boa quantidade de fitas de videocassete. Fiquei um pouco preocupado pelo teor destas fitas; eu adorava e colecionava fitas de ménage masculino com bi. Tinha fitas de inversão de papéis, também, algumas fitas de sexo homo masculino e uma boa quantidade fitas hétero. Mas as fitas com bi masculino predominavam; é minha modalidade predileta de sexo.
Apesar de levemente preocupado, apertei a tecla “foda-se” e segui em frente. Se ele quisesse falar alguma coisa ia se foder; eu poria o cara para fora do apartamento em dois tempos. Quem deve favores tem que entrar no ritmo do seu credor.
Ele não falou nada e eu não mudei meu comportamento. Continuei andando pelado pela casa e ele também continuava andando só de cuecas. O meu quarto era suíte; tinha um banheiro privativo. O dele não. Desde que mudou para lá ele tinha o hábito de tomar banho com a porta aberta, mas eu não achava nada demais.
Percebi que ele começou a sair do banho pelado, também, e só vestir a cueca depois. Ele ficava cada vez mais tempo pelado e eu percebia que isso era uma mudança no comportamento dele.
Um dia estávamos na sala, ambos nus. Eu liguei a TV e não passava nada de interessante. Eu ia desligar quando ele sugeriu:
- Põe um dos filmes de putaria que tem aí. (É claro que ele tinha mexido no armário.)
- Pode por. – Respondi sem me preocupar com nada.
Ele levantou, abriu a estante e pegou um filme, como se tivesse escolhendo aleatoriamente. Ele tinha ido direto na prateleira em que estavam os filmes de ménage masculino com bi. O tipo de relacionamento sexual estava explícito na capa, onde dois caras e uma garota se exibiam totalmente nus.
- Você gosta destas coisas? – Ele perguntou como se tivesse surpreso com o conteúdo que a capa vendia. Claro que já tinha visto que aquelas fitas estavam ali, mas…
- E se eu não gostasse eu teria comprado? – Perguntei, talvez com um tom um pouco desafiador.
- Você é viado?
- Sou bi. Algo contra? – Meu tom de desafio continuava.
- Nada contra! – Ele se apressou a responder. Com um ar pacificador, então, ele continuou: - Não julgo ninguém. Posso confessar uma coisa? – Não respondi e ele ficou me encarando, esperando algum sinal que não veio. Então ele continuou: - Teve uma época que eu saia com travestis.
Continuei quieto. Ele colocou a fita e ficamos vendo. Em poucos minutos estávamos, ambos, excitados. Comecei a punhetar lentamente meu pau. Percebi que ele olhava cada vez mais insistentemente para minha mão massageando a pica e que o pau dele crescia olhando para mim. Ele também começou a se punhetar.
- Quando eu transava com travestis eu ficava vidrado nos paus deles. Os caras têm caralhos maiores que os nossos!
- E você deu para algum travesti?
- Não, cara! Eu não sou viado.
- Eu também não sou viado, Celso. Sou bissexual e sinto muito orgulho disso. A maioria dos caras tem uma enorme curiosidade em experimentar um caralho, mas não tem coragem de matar esta curiosidade.
Ele me olhou nos olhos e concordou comigo com a cabeça. Peguei a mão dele e coloquei no meu pau. Ele parecia com um pouco de medo e eu perguntei:
- Quando você transava com os travestis, nunca pegou no pau deles? Nunca chupou?
- Eu peguei nos paus deles, mas nunca chupei e nunca dei. Fiquei com medo de gostar e não parar mais.
Se conhecessem minha história, quase todas as pessoas diriam que eu sempre fui muito ousado. Perdi minha virgindade mulheres aos treze anos em um rito de passagem muito comum entre nas famílias paulistanas. Nesta idade os pais levavam os filhos a um puteiro e escolhiam prostitutas especializadas em tirar virgindade de garotos. Depois disso passei a frequentar o puteiro e meu próprio pai me levava lá, com muito orgulho. Contava para todo mundo como eu era macho. Aprendi a não ter medo de mulher e nem vergonha de tomar um fora. As putas ensinavam a gente até a passar cantadas e tirar virgindade de meninas. Diziam como vencer o medo e como tratar a sensibilidade delas. Isso me tornou um comedor.
Com homem eu fui descabaçado aos dezenove anos. Não tinha feito troca-troca quando era garoto e nunca tinha sentido vontade de transar com outro homem, antes. Mas em uma situação especial e anormal eu comi um cara. Antes de foder com ele eu fui chupado como nunca; fui chupado no pau, no saco e no cu. Descobri que sentia tesão no cu. Comi o cara num dia. No dia seguinte fui lá querendo trepar com ele de novo, mas dessa vez eu queria experimentar a pica dele. Fui eu quem chupou, imitando as delícias que ele tinha feito comigo, no dia anterior e parecia que eu fazia aquilo há séculos. Chupei o pau, o saco e o cu do cara. Mas evitei chupar muito o cu porque queria o pau, naquele dia. Voltei para a pica e ele pediu para me comer, logo depois. Fiquei de frango assado e ele me preparou tão bem que eu nem senti dor; apenas um pequeno incômodo no começo. E o prazer…
Vou contar uma coisa a quem me lê e ainda não experimentou: o cara que dá uma vez, para alguém que saiba comer, nunca mais para. Alguns até deixam de sentir tesão por mulheres. Eu não. Comecei a sentir tesão por homens, também, mas continuei sentindo tesão por mulheres. Nunca me apaixonei por homens, embora tenha tido alguns relacionamentos prolongados, com alguns caras.
Voltando à nossa história.
O Celso parece ter se soltado com a lembrança de ter pego nos paus dos travestis. Ele estava na beirada do sofá. Levantei-me e fui para o outro lado, ficando com o pau na altura de seu rosto. Com cuidado eu puxei seu rosto na direção da minha pica e ele demorou um pouco para abrir a boca e eu fiquei passando meu pau na cara dele. Passava na face, no olho, no nariz e demorava na boca. Meu pau estava melado, já e, em uma das vezes que o passei na boca dele, pedi que ele desse só um beijinho. Ele deu e, imediatamente depois, sem que eu tivesse que pedir ele abocanhou o meu pau com uma vontade que eu nem imaginaria. Chupava com gosto. Massageava meu saco. De vez em quando tirava o pau da boca e chupava meu saco. Parecia que tinha feito aquilo um milhão de vezes, mas um homem daquela idade já tinha sido chupado o suficiente para saber como fazê-lo.
Só tinha um problema: ele chupava como mulher. Tinha que aprender muita coisa, já que pouquíssimas mulheres sabem chupar como um homem. Pouquíssimas mulheres, aliás, sabem dar prazer como um homem a outro homem. Por isso, mesmo os héteros assumidos, quando descobrem como outro homem trepa gostoso, acaba ficando viciado em outro homem.
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A melhor parte ainda está por vir.
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Descobri seus contos agora, por acaso, e confesso que não consigo parar de ler... Aliás, escreves muito bem, como todo bom jornalista! Sem contar que você é um macho gostoso pra caralho... Ah, se eu pudesse... Abs,
Adorei e um dos conto q mais me excita lendo os sobre gays .votado
Chupar um pau é uma arte que só nós sabemos como faze-lo...
Porra, cara, da muito tesão teus contos...
Muito bom
cara parabéns pelo seu conto e sua sinceridade é isso mesmo,chupar só um homem sabe chupar melhor que mulher e quando dá então........
Muito Bom
deilicia de conto adorei
realmente muito interessante, já passei por uma situação dessas e concordo em tudo o que vc falou ai. sexo não tem sexo, tem que saber fazer
Interesssante