16/12/2002,segunda-feira – 00:48h.
— Tu tens algum jogo Guga? – Clarisse queria que eles mudassem, deixassem as conversas e que fizessem algo diferente.
— Tem um baralho lá no quarto pai... – Marilia se levantou e foi buscar.
— Vamos jogar vinte e um! – Angélica lembrou que costumavam jogar aquele jogo quando acampavam – O Guga sabe, Clarisse também e vocês?
Joana sabia e ensinaram para Marília. Começaram o jogo que se prolongou até quase meia noite.
— Gente... To morrendo de sono! – Joana se levantou e foi para a cozinha beber água e foi logo se deitar.
— Ta mesmo na hora de procurar ninho... – Angélica arrumou o baralho - Vocês não querem que eu faça um suco ou um, chocolate?
Não, ninguém queria, estavam ainda de estomago cheio.
— Pai? E onde vai dormir todo mundo? – Marília lembrou.
A casa até que era bem confortável e espaçosa, mas tinha apenas dois quartos e um, o das garotas, estava lotado.
Gustavo falou que dormiria na sala e Angélica no seu quarto.
— Mas?... – Clarisse olhou para a mãe – Porque vocês não dormem no quarto?
— É mesmo pai... Aqui na sala tu não vais dormir bem e... – olhou para Angélica e deu um risinho maroto – A tia não vai te deixar dormir nesse sofá quente, não é mesmo tia?
— Não gente... Já chega de confusão por hoje... – se levantou e foi para o quarto buscar um lençol.
Na sala Clarisse pediu para que Marília fosse falar com o pai.
— Deixa filha, se ele já disse que prefere dormir na sala? – mas estava louca para que ele aceitasse – Mas?...
Marília entendeu que ela queria dormir com o pai e se levantou.
— Péra'í... Deixa que eu sei como convencer esse teimoso...
Gustavo também queria dormir com Angélica, mas estava com medo que a filha sentisse ciúmes, e era o que menos ele queria era oferecer uma desculpa para que as coisas deixassem de ser como estavam.
— Pai!... – Marília entrou – Deixa de ser bobo paizinho... Dorme com a tia...
— E você? – olhou para ela – Não quero que você se sinta mal...
Ela se abraçou a ele e se beijaram.
— Tu és meu viu? – segurou o cacete por cima da bermuda – Mesmo que tu trepes com ela, tu continuas sendo meu...
Ele puxou a filha e se deitaram na cama.
— Não ia mesmo dar pra gente ficar juntos hoje... – Marília sentou em cima dele – E minha xoxota ainda ta dolorida... – riu, riram juntos – Depois... É só hoje, mas amanhã eu vou dormir contigo... Sem ninguém alem de nos dois,viu?
Ele meteu a mão por baixo da blusa folgada e fez carinho nos seios durinhos, Marília fechou os olhos e gemeu baixinho.
— Ta bom pai... – saiu de cima dele e ficou de joelhos ao pé da cama – Deixa só eu sentir o gostinho dele, deixa?
Gustavo deu um risinho e ela tirou o cacete e lambeu a glande, ele estremeceu e fechou os olhos e ela engoliu o membro duro e deu umas chupadas, se espantou ao sentir que o pai estava gozando, um gozo rápido, quase que logo depois de botar dentro da boca. Mas não deixou escapar nem uma gota, bebeu tudo.
— Tu tava quase gozando né seu safadinho? – deitou novamente em cima dele e ajeitou o corpo – Sabia que estou ficando viciada na tua gala?
Se beijaram e ele sentiu o sabor agridoce no hálito da filha.
— Amanhã vou querer tudinho dentro de mim...
Se levantou, se levantaram e ela foi para a sala dizer que tudo estava resolvido.
— O que tu fez pra ele mudar de idéia? – Clarisse acompanhou Marília que foi para o banheiro escovar os dentes e lavar o rosto.
— Só uma chupadinha no piru do papai... – riu e trancou a porta – E tu, vai dormir aonde?
Clarisse se espantou.
— Tu chupou a rola dele? – sentou no vazo pra fazer xixi – E ele...
— Gozou... – Marilia cortou.
— Na tua boca?
— Claro? Ou tu... – olhou para a amiga e sorriu – Tu nunca chupou uma pica na vida?
Clarisse falou que nunca tinha ficado com ninguém até aquela tarde e nunca pegou num cacete de verdade.
— Nem do tio Pedro?
— Mas essa não vale, né? – riu e limpou a vagina com papel higiênico – E que gosto tem... Deve de ser ruim pacas!
Marília parou e olhou para ela.
— Não... Não é ruim, pelo menos não a do papai... – riu e se aproximou da colega – Olha, sente!
Colou a boca na dela e se beijaram, Clarisse sentiu um sabor esquisito.
— Tu já chupou o piru de mais alguém?
— Não... Também era cabaço... Foi teu padrinho que me ensinou tudo... Ainda tô aprendendo! – sorriu, empurrou o rosto da amiga e escovou os dentes - Porque tu não dorme com eles?
— Tu ta doida Marília?
— Ora! Assim vocês terminam logo o que começaram... E... A gente...
Ouviram batidas na porta, calaram e sairam. Angélica entrou.
— O que tu ias dizendo lá no banheiro? – Clarisse entrou no quarto para pegar uma calcinha limpa.
— Assim fica logo todo mundo no mesmo barco sem frescura...
Ficaram conversando baixinho para não acordar Joana.
Angélica entrou no quarto e puxou a porta, Gustavo já estava deitado lendo a bendita revista de importações.
— Oi garota... – ele se virou para ela – Vem cá!
Angélica estava parada encostada na porta sem saber o que fazer, apesar de tudo o que vinha acontecendo entre eles, essa seria a primeira noite que dormiriam a noite toda na mesma cama.
— Não sei se é certo Guga... – andou para a cama – As garotas...
— Deixa de besteira Angel? A única que poderia ficar com a pulga atrás da orelha era Clarinha... – sentou na cama e se encostou no espaldar de madeira trabalhada – E se você quiser, a gente não faz nada...
Ela riu, nunca iriam passar a noite inteira numa cama sem que acontecesse o que sempre desejavam. Balançou a cabeça e tirou a camisa de meia, ficou de joelhos na cama e se encostou nele.
— E tu vais agüentar dormir do meu lado sem nem uma metidinha?
Os dois sabiam que aquilo tudo não passava de teatro, e que se desejavam como ninguém deseja outro.
Se abraçaram e se beijaram.
— Tava com saudades... – Angélica suspirou.
As mãos começaram a passear nos corpos, os desejos acesos e a vontade de estarem juntos era a tônica que lhes bastou para esquecerem os medos e receios. Angélica sentia a buceta melada e quente.
— Vem... Mete logo que to pegando fogo...
Arrancaram calcinha e cueca com avidez, não queriam nada que lhes tapasse e impedisse o desejo, Gustavo deitou em cima dela, Angélica escancarou as pernas e sentiu o mastro rijo invadindo a xoxota.
— Ah! – suspirou tremula – Adoro quando tu enfia de vez... Isso... Ai... Porra... Porra.. To gozando... Merda! To gozando sacana... Isso... Empurra...Vai seu puto... Mete essa rola assim... Assim... Isso seu porra, me fode... Fode seu porra...
Parecia estar enlouquecida e gemia alto, e gritava e metia as unhas nas costas dele e Gustavo socava, metia com força sentindo que a glande tocava em algo no fundo da vagina.
— Ai meu Deus... Ai meu Deus... Tu... Tu me rasga toda... Ui! To gozando... To gozando... Isso... Ai... Ai... Isso... Assim...
E ele explodiu em uma enxurrada de gozo que encheu todas as dobras e espaços da vagina sedenta e carregada de desejos.
Não viram quando Clarisse abriu a porta e estancou amedrontada vendo e ouvindo a mãe pedir tudo aquilo, nunca tinha ouvido ou visto ela fazer algo igual com o pai. E ficou ali parada com a mão dentro da calcinha, passando o dedo tremulo na abertura dolorida, mas empapada. E nem se deram conta de que ela estava deitada quase colada neles.
— Mãe... – esperou que ela terminasse e que o padrinho saísse de cima dela – Posso dormir aqui?
Foi ele quem escutou e percebeu que ela estava na cama com eles.
— Clarinha? – olhou espantado para ela – O que tu estais fazendo aqui?
Angélica deu um pulo e sentou na cama tentando encobrir a nudez com um travesseiro, por entre suas pernas escorria o fio de gosma saindo de dentro dela.
— Filha?! – olhou para a porta fechada – Tu não vais dormir com as meninas?
Gustavo ainda respirava agoniado pelo gozo imenso que tinha tido há pouco, sentia o sexo dolorido pela atividade intensa e anormal daquele dia.
Clarisse olhou para a mãe e não conseguia vê-la com os mesmos olhos de antes, não era uma estranha, era sua mãe. Mas também era outra pessoa, uma mulher que até então desconhecia e aquilo que escutou reverberava dentro da cabeça; os pedidos, os gemidos, o ranger da cama e a visão de ter visto outro homem entre suas pernas, estocando e fodendo a buceta que sempre imaginou ser só do pai ainda não tinha encaixado, era estranho, muito mais estranho que o que sentiu ao ouvi-la contando de como os dois tinham reatado o caso e que, justo nesse reinicio, ela tinha participado mesmo sem participar.
— Posso dormir com vocês?
Gustavo continuava estático, o pênis amolecido pendeu para o lado e ficou como deitado e descansando na perna. Escutou como se fossem murmúrios distantes, o espírito pareceu flutuar sobre os três em uma sensação de estaqueamento contemplativo alfinetando o corpo inerte: “Dormir com vocês” chocou bem dentro do cérebro e ele pareceu reviver, o espírito estremeceu e mergulhou para dentro dele e ele deixou escapulir o ar quente queimando a goela como se sorvendo, desesperado, tufões de ar ao emergir das profundezas negras de um lago agitado.
— Gustavo?! – Angélica ouviu o ar agonizante, o tremor da cama e a boca escancarada como de quem sofria – Que tu tens?
Clarisse também ouviu e olhou o padrinho respirando agoniado.
— Guga? – se levantou – Tu ta sentindo alguma coisa?
Não! Ele não sentia nada, apenas o espanto de que a vida sempre se apresenta de maneira estranha e que os quadros, como se fossem parte de um filme sem fim, lhe pareceram imutáveis.
— Não... – ele sussurrou.
As duas se entreolharam, os semblantes carregados e sem expressão visível.
— Tu... Tu viu? – Angélica suspirou.
Clarisse continuou encarando a mãe, a mulher que não conhecia e que se entregou ao homem sem arreios e sem limites, apenas via desejos, vontades fortes e quereres insanos.
— Tu viu filha?
Ela ainda olhava fixa, Angélica viu uma garota cheia dedúvidas balançando a cabeça dizendo que sim.