Hipocrisia, 16

Pedido de casamento
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01/01/2003, quarta-feira – 03:19h.

Gustavo esperou um tempo antes de voltar para oconvívio dos amigos, Renatinha viu quando ele apareceu e correu a seu encontro.

— A Clarisse ta doidinha te procurando... – respirou – Aonde tu tava?

— Tava tirando um cochilo na área – mentiu – Onde ela está?

Renatinha apontou para as mesas onde também estavam Marília, Joana e Fernanda.

— Pai?! – Marília se levantou – Onde tu tava siô?

— Ora onde? Tava na área onde você me deixou a ver navios! – riu e se abraçou com a filha – E como vai nossa acidentada?

— Foi nada não tio... – tentou se levantar, mas a dor a fez voltar – Torci o pé na fresta do jardim... Mas tia Angélica falou que não deve ter quebrado, ta inchado e dolorido...

Gustavo se ajoelhou do lado dela e tentou segurar o tornozelo, ela reclamou de dores.

— Botei gelo pai... – Marília também se ajoelhou – A tia disse que era bom não enfaixar...

Gustavo ficou preocupado, estava muito inflamado, mas não quis alarmar inutilmente a garota. Levantou e saiu procurando Marlene que tinha se formado em enfermaria, mas não exercia a profissão. Ela estava conversando com Angélica e Pedro sentados na borda da piscina.

— Onde diabos tu tava metido Guga! – Pedro se virou – Tava todo mundo pensando que tu tinhas fugido!

— Tava fazendo o que o diabo gosta! – riu e sentou do lado do amigo – Marlene! Dá uma olhada no tornozelo da Fernanda.

Angélica falou que achava ter sido só um entorse, mas ele insistiu e a amiga foi ver.

— Sim! – Pedro se virou pra ele – Tu não tava nem com uma das três... E quem foi dessa vez?

Gustavo olhou para os dois e sorriu.

— Tava cochilando cara! – empurrou o amigo – Será que vocês só pensam nisso?

Marlene voltou e também achou ser só uma torção, mas achava melhor tirar uma radiografia para se tranqüilizarem. Saiu procurando Joel.

— Olha cara! Vê lá o que tu estais fazendo com Clarisse! – Pedro encarou o amigo – Não vai sacanear minha filha!

Gustavo ficou olhando para ele, Angélica não falou nada.

— Pedro! – respirou fundo – Tu não acredita que eu goste realmente de tua filha, não é?

— Não é isso o que ele está falando Guga... – Angélica interferiu – A gente tava conversando sobre isso com a Marlene... Porra amor! Ela é muito novinha, quase da idade de tua filha e... – parou e olhou para o marido – Fala tu Pedro!

Pedro ia começar falar quando a filha chegou e sentou no colo de Gustavo, estranhou o silencio.

— O que foi? Estou atrapalhando alguma coisa?

Gustavo suspirou e abraçou a garota.

— Não Clarinha... Você nunca atrapalha nada... – olhou para os amigos – Não para mim...

— Então porque vocês calaram quando eu cheguei?

Angélica não queria conversar aquele assunto na frente da filha.

— A gente tava falando sobre Fernanda...

— Não! – Gustavo cortou – Não gente! – olhou para Clarisse – A gente estava falando sobre você... – olhou para Pedro e Angélica e sorriu – Sobre eu e você, que tenho idade de ser seu pai e que... Que não vão deixar você casar comigo!

Pedro sentiu um baque, Angélica olhou abobalhada para Gustavo sem entender onde ele queria chegar e Clarisse parecia não ter entendidoo que ele tinha falado.

— Como é meu sogro? Você me dá a mão de sua filha para casamento?

— Guga?! – Clarisse deu um gritinho.

— Deixa de brincadeira Gustavo! – Angélica saiu do estremecimento depois de ouvir o pedido.

Pedro olhava ora para Gustavo, ora para Clarisse e ora para a mulher sem entender ou saber o que responder.

— Não estou brincando Angélica – fez carinho na costa de Clarisse – Conversei com Marilda e ela não se opõe... E você minha molequinha, aceita casar comigo?

— Guga! – colou a boca na dele e beijou – Puxa! Se aceito? – olhou para o pai – Pai! Ele quer casar comigo!

— Tu estás falando sério mesmo Guga? – Pedro não acreditava.

Gustavo riu da feição abobalhada que o amigo fez.

— Como nunca falei em minha vida Pedro – passou o braço pelo ombro do amigo – Tu aceitas que eu me case com tua filha?

Angélica desconfiou que ele não estava brincando.

— Porque isso Guga? – segurou a mão do marido – Pó que assim tão de repente?

— Não foi assim tão de repente... Você mesma já sugeriu isso, lembra? – mas estava preocupado com o amigo – Então Pedro?

— Não sei Guga... Tu viu Clarinha nascer, tu és padrinho dela cara! – olhou para a mulher – Poxa Angélica, me ajuda!

Clarisse parecia não participar daquela conversa, o pensamento tinha voado para muitos anos atrás e recordou que ele sempre esteve presente em todos os momentos de sua vida e sempre sentiu desejos, sempre sonhou em seus sonhos infantis de um dia se casar com ele. Não poucas vezes acordou com a periquita encharcada pelos sonhos eróticos a lhe embalar o sono e encher seus sonhos.

— Sei lá Pedro? – lembrou de quando falou, de brincadeira, que ele se casasse com a filha – Se eles querem se casar?

Pedro olhou demoradamente para a esposa.

— Olha Guga... Pode ser que eu esteja errado, mas? – a filha estava apreensiva, Angélica também – Será que isso não é só pra ficar mais perto de Angélica...

Nenhum dos três acreditavam que ele tinha falado aquela baboseira.

— Pai?! – Clarisse olhou séria para o pai.

— Porra cara! Tu me conheces a quantos anos? Trinta? Trinta e Cinco... É!... Deve ser trinta e três ou trinta e quatro anos... – olhou bem dentro dos olhos do amigo – Todos esses anos e agora, só agora, descubro que tu não me conheces...

— Guga!... – Pedro se arrependeu de ter falado aquilo.

— Não! Agora tu vais me escutar!...

Angélica sabia que o amigo estava indignado de verdade e também sabia, e o conhecia muito bem, que ele conseguia dizer verdades ferinas e dolorosas.

— Olha Pedro! – Angélica cortou – O Gustavo pode ser tudo, menos pérfido... E nos sabemos que nada e ninguém impede da gente ficar juntos... Cometemos uma idiotice quando éramos novos e não vamos... Não vou cometer outra besteira e perder a amizade verdadeira...

— Ô gente? Pelo amor de deus!... – Pedro estava agoniado.

— Pai? Olha pra mim pai, olha! – esperou – Não sou mais criança não, viu? Eu sei o que eu quero e eu quero o Guga e... E sei que ele me quer...

— Deixem eu falar, pelo amor de deus!

Ficaram em silencio e esperaram que ele falasse o que queria falar, mas nada iria mudar o que tinha dito.

— Olha filhinha... Não falei com outra intenção, mas a gente sabe que... – olhou para a mulher e resolveu mudar o rumo – Se é para tua felicidade, é claro que dou tua mão pra esse depravado – tentou sorrir, ninguém lhe acompanhou – Olha cara! Vê lá o que tu vais fazer com minha filha!

* * * * * *

As meninas continuaram batendo papo, contavam o que tinham feito e com quem, o que sentiram e o que desejavam fazer.

Cecília ficou nadando e brincando na piscina até sentir frio e sair, Renatinha lhe entregou uma toalha e entraram para trocarem as roupas molhadas.

— Ceci? – Renatinha estranhou o buraquinho da xoxota da irmã – O que tu andou fazendo menina?

— O que foi? – Cecília estava enxugando o pé na cama, a perna aberta mostrava uma abertura não normal.

— Espera? – trancou a porta com chave – Se deita...

Cecília fechou as pernas e olhou para a irmã.

— Deita Ceci, deixa eu ver uma coisa?

Cecília não queria se deitar, mas Renatinha lhe empurrou e ameaçou.

— Olha aqui Cecília... Ou tu se deita ou eu chamo o papai e... Vai ser pior!

Cecília ficou encarando airmã e sentiu vontade de chorar, mas engoliu o choro e abriu as pernas. Renatinha ajoelhou e, com cuidado, abriu os grandes lábios da vagina da irmã.

— Tu andou dando pra alguém... – não era uma afirmação, só uma desconfiança - Abre mais!

Cecília escancarou aspernas e a irmã teve quase certeza de que a caçulinha dentre todas já não era mais moça. Aproximou o rosto da xoxota da irmã e cheirou, o aroma era diferente. Meteu o dedo e pescou um fio esbranquiçado, esfregou no dedo e cheirou.

— Porra Cecília? – levantou e sentou na beirada da cama – Tu fodeu com quem?

Cecília não mais conseguiureter o choro, fechou as pernas e começou soluçar, lágrimas desceram dos olhos verdes e singraram no rosto.

— Tu vai fuxicar pro papai... – falou entre soluços – Ele vai me dar uma pisa...

Renatinha olhou para a irmãe sentiu dó.

— Juro que não conto pra ninguém... – deitou do lado da irmã – Mas tu vai me dizer com quem foi, não vai?

Cecília fungou e assoou onariz na toalha úmida.

— Só se tu jurar que não conta pra ninguém!...

— Juro... Juro sim... – passou a perna sobre o corpo dela e se abraçaram – Pode confiar em mim que não conto pra ninguém...

— Olha lá Renatinha? – limpou as lágrimas que ainda escorriam dos olhos – Tu jura mesmo? – a irmã balançou a cabeça – Eu... Eu trepei com o... O tio Guga...

— Com o Guga? Como foi isso garota?

Cecília contou tintin por tintim e a irmã arregalou os olhos incrédula.

— Tu és doida Ceci? E se ele não quisesse?

— Ora! Quando ele abriu os olhos já tava tudinho dentro... – riu e passou a mão na xoxotinha.

— E... E doeu muito? – lembrou de como sentiu uma dor miserável quando perdeu a virgindade – O cacete dele é enorme! E tu agüentou tudo?

Já não havia aquele clima carregado, eram duas irmãs trocando impressões. Cecília falou que doeu muito quando sentou, mas que depois, quando ele passou ajudar, a dor sumiu e passou a gostar até que gozou.

— Puta merda! E ele? – olhou para a irmã sem acreditar que ela tivesse tido coragem para tanto – Ele gozou dentro?

Claro que tinha gozado, afinal ela mesmo viu um restinho de gala.

— Gozou e encheu minha periquita de gala... – fechou os olhos – Puxa vida! Foi esquisito quando ele gozou... Era como se ele tivesse fazendo xixi dentro de minha periquita... Mas foi bom pra cachorro...

Continuaram conversando e rindo das coisas que Cecília contava, se vestiram e saíram do quarto.

— Tu me prometeu Renatinha!– Cecília segurou o braço da irmã – Olha lá?

— Prometi e jurei... Não vou contar pras ninguém... – parou e olhou para a irmã – Não posso falar nem pra Marília?

Cecília ficou séria.

— Mas aí ela pode falar pro tio e... – fez uma careta sapeca – Ta! Mas só pra Marília, viu?

* * * * * *

Aos poucos aquele clima pesado foi sendo substituído por uma alegria contagiante e Clarisse mergulhou na piscina e puxou a mãe que puxou o marido que puxou Gustavo. Começaram brincar de batalha marítima e, por três vezes, Gustavo e Clarisse ganharam.

Saíram com frio e foram se aquecer na churrasqueira, Pedro e Gustavo tomaram doses de uísque e as mulheres preferiram cerveja. Gustavo estava conversando baixinho com Angélica.

— E tu tens coragem? - Angélica sussurrou.

Gustavo sorriu e subiu numa cadeira.

— Atenção gente! Olha aí a patota da piscina! Ê gente! – gritou alto.

Angélica se abraçou com o marido e com a filha que não sabiam o que o maluco ia fazer, pensavam que ia propor uma brincadeira com o grupo.

Todos cercaram a mesa.

— Vem cá Marília! – chamou e colocaram uma cadeira para ela subir – Vem também Clarisse!

Só faltaram Milton e Mirtesque dormiam há horas.

— Bem gente!... Marília e eu temos um comunicado a fazer!

Marília olhou para ele sementender e ele sussurrou no seu ouvido. Todos se calaram como se tentando ouvir o que ele dizia para a filha.

— Verdade pai?! – deu um gritinho, abraçou e beijou o rosto com um beijo estralado, virou para Clarisse e também deu um beijo.

Pedro sentiu um friozinho correndo na espinha, desconfiou o que o amigo ia fazer. Sussurrou no ouvido da mulher que confirmou com um sorriso.

— Deixa que eu falo pai!...– subiu na mesa e Gustavo ficou com medo que ela caísse e segurou sua perna – Gente! Gente! Tenho um comunicado pra todo mundo! O papai... – se virou pra elee jogou um beijo – Esse gato gostoso aqui vai... Vai casar!... - murmúrio geral – E a escolhida e sortuda é!... – olhou para Angélica, todos viraram a cabeça e olharam para o casal abraçados.

Marília queria fazer suspense, apesar de que a maioria já desconfiava que era a tal escolhida, mas quando ela olhou fixa para Angélica todos pensaram ser a mãe e não a filha. Pedro notou.

— Êpa! Péra'í pessoal! Essa daqui é minha! – olhou para Marília – Quem vai perder a liberdade á a doida de minha filha...

Nem Joana sabia daquilo e também ficou espantada. Sabia que tinha um rolo ali, mas não imaginavam que tão sério assim.

— Parabéns Clarinha!... – Marilia e Clarisse se abraçaram – Pai? – olhou para o lado, ele já tinha descido da cadeira e recebia as felicitações de todos.

As duas também desceram e abriram caminho até ele.

— Puxa pai? – Marília se jogou em seus braços – To muito feliz, viu!

— Eu também filha, eu também... – Clarisse também se abraçou nele – Agora minha família está refeita... Tenho uma filha e uma mulher...

Gustavo beijou a boca de Clarisse enquanto o pessoal dava tapinhas em suas costas e Marília, de brincadeira, empurrou o rosto da amiga e também beijou o pai e ficaram trocando de boca e rindo divertidos.

— Tu estais ferrado Guga...– Clarisse sussurrou no seu ouvido – Tu tens duas mulheres que vão te lascar de tanto foder...


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Ficha do conto

Foto Perfil anjo
anjo

Nome do conto:
Hipocrisia, 16

Codigo do conto:
9213

Categoria:
Incesto

Data da Publicação:
22/03/2010

Quant.de Votos:
3

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