Meu nome é Mariano. Vou relatar como a minha família foi, pouco a pouco, se deteriorando, até se tornar totalmente depravada, aos olhos da tradicional família brasileira.
Meu filho Rui José logo que entrou na adolescência já apresentou sinais homossexuais. Claro que não gostei, mas o que fazer se a natureza dele é esta mesmo. Pequei RJ (ele gosta de ser chamado assim) com três moleques no quarto. Achei uma depravação descomunal, o meu filho, educado nos melhores colégios, de quatro, tomando no cu e chupando o pau de outro colega, enquanto o terceiro aguardava sua vez, batendo punheta. Nem tive coragem de interromper aquela cena. Apenas fui para o meu quarto e chorei baixinho, com o travesseiro no rosto. Minha esposa chegou um pouco tarde do trabalho e estranhou meu comportamento. Falei que estava morrendo de dor de cabeça e procurei dormir, sem comentar nada do que vira no quarto do RJ.
O tempo foi passando, minha filha Ruth Maria (RM, como ela gostava de ser chamada, imitando o irmão gay) foi se tornando uma mulher maravilhosa. Bem comportada, ia muito bem na escola, tirando notas altas e se destacando nos esportes. Jogava futebol e era atacante, marcando gols em todos os jogos. Era o modelo da perfeição, até que um dia a máscara caiu e ela também me decepcionou.
Era um domingo festivo. RM ia participar de um campeonato estadual, jogando pelo seu clube. Marcou três gols, mas, para minha surpresa, ela foi pega no exame antidoping. Os médicos constataram que minha querida filha havia ingerido cocaína. Meu mundo caiu. Como isso podia acontecer comigo? Eu nunca usei nem cigarro e minha filha... Achei que a decepção com minha filha era maior do que com meu filho bicha. RM foi expulsa do time e abandonou o futebol. Um telefone malcriado denunciou que ela não havia largado as drogas. Era um traficante cobrando dez mil reais pela droga não paga. Ao flagrar aquela conversa esquisita, pedi explicações com minha filha:
_ Ruth, o que está acontecendo? Que eu saiba ninguém consegue consumir dez mil reais em droga...
_ Pai, não é só pagamento pela droga que ele quer; o traficante exige que eu pague pelo meu telefone celular.
_ Não entendi. Você deu seu celular para ele, como certeza para pagar droga, e agora o que de volta?
_ É que tinha um vídeo meu com meu namorado transando e...
-Ah, você quer o celular para apagar o vídeo.
Minha filha confirmou minha suspeita e disse estar preocupada com a ameaça do traficante de colocar o vídeo na internet. Pedi o endereço do traficante e, cheio de medo, fui até lá para negociar com ele. Paguei os dez mil reais e trouxe de volta o tal celular com o vídeo pornográfico.
Quando cheguei em casa, resolvi contar para minha esposa Neusa o que estava acontecendo. Entretanto, quando liguei o celular e vi as cenas de sexo de minha filha, resolvi me calar. Se Neusinha visse aquilo teria um enfarto. Rutinha, minha filha, estava visivelmente drogada, dando para várias pessoas, mulheres e homens, numa suruba fenomenal, digna dos bacanais de Calígula.
Passei o vídeo para meu notebook e, assim que minha filha chegou, entreguei o celular para ela. Imediatamente RM agradeceu o grande favor que fiz e deletou o tal vídeo do celular.
_ Papai, o senhor viu o que estava no celular?
Não respondi nada. Apenas fui para meu quarto chorar baixinho. Que decepção! Um filho veadinho e uma filha depravadíssima. O que fazer? Suicídio estava fora de cogitação. Expulsar os dois de casa, também não era lá muito legal, porque, afinal, eram meus filhos e, além disso, como eles iriam sobreviver sem emprego e seu dinheiro...
Neusinha, minha esposa, chegou tarde do trabalho, como sempre, e pensei em contar a ela tudo o que eu sabia. Ela pressentiu o meu nervosismo. Eu tremia e gaguejava. Parecia uma criança tentando justiçar um malfeito. Criei coragem e, nervoso e formal, iniciei o diálogo:
_ Neusa, eu descobri coisas horríveis, coisas que nunca pensei que fossem acontecer em nossa família, coisas tão graves que está destruindo nossa família...
Neusa ficou perplexa com minhas palavras; não conseguiu ficar em pé; sentou-se numa banqueta do quarto e começou a chorar e, soluçando como uma louca, começou a gritar:
_ Está bem, Mariano, eu confesso... eu sabia que um você ia descobrir que eu não estava mais trabalhando no hospital como enfermeira. Eu não sei como você descobriu, mas é verdade. Eu sou prostituta de luxo. Meus plantões no hospital eram, na verdade, programas como executivos de multinacionais. Minhas viagens nada tinham que ver com congressos médicos, mas eu acompanhava clientes em jatos para outro país. Um dia eu sabia que você ia descobrir como conseguimos comprar este apartamento com 4 suites e nosso carro importado.
Meu mundo caiu ao ouvir aqueles absurdo. Um filho gay, uma filha perdida e, agora, uma esposa prostituta... Ninguém merece.
Calado, esperei minha esposa se acalmar e pensei em agir dando-lhe uma porrada na cara dela e um baita pé na bunda. Pensei melhor e percebi que com Neusa fora de casa a nossa mordomia ia embora com ela. Afinal, ela comprou a casa, o carro e um punhado de coisa (pensei que fosse herança...). O meu salário nunca seria suficiente para tanto luxo: escolas particulares, convênios médicos, casa de campo, casa de praia, um carro para cada um... e como a família gastava!
Sentado na beirada da cama, comecei a avaliar minha triste situação de pai desmoralizado e de corno oficial. Olhei para minha esposa e percebi o quanto ela era linda e gostosa. Morena, alta, corpo esbelto e malhado, cabelos bem cuidados, coxas grossas, bumbum maravilhoso, seios durinhos... uma quarentona maravilhosa. Linda. Muito linda. Lembrei da nossa filha; de sua performance no vídeo de “gang-bang” com um punhado de homens e mulheres... Lembrei de nosso filho gay, dando o rabo e chupando dois... Caramba que família fodida...
Largar tudo e sair pelo mundo com o meu salário de funcionário público?
Ou ficar e tentar (pelo menos tentar) conviver com tanta depravação.
Optei pela segunda alternativa. Fiquei. E para provar que não estava decepcionado com minha querida esposa, dei-lhe um beijo de perdão e pedi uma chupetinha. Ora, se ela é prostituta, deve fazer um boquete como ninguém (eu nunca pedi boquete, nem cuzinho, pois “respeitava” minha esposa). E ela fez um melhor boquete que recebi na minha vida. Como ele caprichou. Até exagerou, chupando um pouco meu cuzinho virgem. Mas foi uma delícia... Que mulher!!! Não podia perdê-la NUNCA, NUNCA E NUNCA....Gozei como nunca e, sinceramente, perdoei minha esposa Neusa pelo deslize confessado.
Aliás, eu jamais desconfiei de sua vida dupla. Acreditei que ela era uma enfermeira bem sucedida na profissão, chefe de um setor, com especialização no exterior e bem remunerada.
E, naquele momento, eu apenas ia contar-lhe os malfeitos de nossos filhos. E, depois da confissão espontânea de Neusa, não falei nada sobre os nossos filhos. Afinal, que moral ela tinha para censurar seus filhos safadinhos.