Dei sorte logo de início: um trintão simpático chegou simultaneamente comigo ao balcão e pedimos a mesma cerveja. Ele foi gentil ao pagar a minha.
Só tive tempo de perguntar seu nome (Alejandro), pois uma colega de trabalho notou minha presença e de imediato me puxou pelo braço para fofocar.
Minutos mais tarde, enquanto a gente proseava balançando o corpo no ritmo da música, percebi duas periguetes conhecidas abordando o Alejandro. As duas garotas aplicavam o golpe do “Boa Noite, Cinderela”.
Falei para minha colega, e disse que salvaria o cara dessa roubada.
— Cuidado, Mila, vai arrumar encrenca.
— Fica fria, miga, fingirei que é meu cliente.
Ao chegar no trio fui simpática com as bandidas:
— E aí, meninas, beleza? — Posso roubar meu amigo de vocês?
Não esperei resposta, pois me olharam feio. Dei um selinho no Alejandro simulando intimidade, peguei em seu braço e falei firme:
— Vem, amor, tá na nossa hora!
Ele ficou meio abobado como não entendesse nada, mas com minha insistência ele acabou tirando a bunda da cadeira.
— Vamos, amor, tamos atrasados!
Abracei sua cintura e instintivamente ele pôs o braço em meu ombro. Saí caminhando quase o arrastando. Quando estávamos distantes do bar eu expliquei a razão da minha atitude. Ele me agradeceu.
Assim como eu, ele estava a pé, mas foi fácil conseguir um táxi para continuar nossa conversa distante dali.
O Alejandro disse ser aviador, piloto da Emirates. Achei interessante o cara tímido, de papo inteligente e aparentando ser gostoso.
Como eu estava de folga o restante do fim de semana, poderia ser viável e divertido uma relação não comercial. Colei no simpático, pois suas atitudes demonstraram também estar a fim de mim.
Horas mais tarde, no interior de um motel, soltava incansável a minha voz com gritinhos e gemidos enquanto era agraciada com orgasmos divinos. A minha intuição havia acertado novamente, o tímido virou leão entre quatro paredes, além disso, era muito delicinha na cama ou nas outras dependências da suíte. Apliquei todas as minhas brincadeiras costumeiras e fui possuída em todos os meus orifícios possíveis, isso rolou até o término da madrugada, quando adormecemos exaustos e abraçados.
Acordamos no sábado após o meio-dia. Ele já havia perdido a timidez. Também pudera, foram horas de sexo em onde induzi meu parceiro de transa a fazer de tudo e um pouco mais comigo.
Alejandro, meu piloto da Emirates, pediu uma refeição e bebidas. A seguir, durante uma conversa animada e informal, assumi o papel de uma personagem e omiti informações sobre minha realidade.
A conversa fluía agradável, mas o bom mesmo era foder gostoso com o comandante garanhão. Meu tesão continuava intenso, então reativei seu membro fazendo meu melhor boquete. Após deixá-lo duro e molhadinho, engatinhei suavemente sobre a cama, ronronando como uma gata no cio, e o desafiei a repetir o anal maravilhoso que me agraciou horas antes de dormirmos. Ele sorriu orgulhoso, chegou confiante por trás de mim e fundiu nossos sexos começando a estocar suave na minha bunda.
A aceleração ganhou velocidade aos poucos, e culminou com bombadas insanas me fazendo gemer loucamente com a satisfação do gozo.
Saímos da cama somente na manhã de domingo, pouco antes das dez, após uma noite de sono revigorante e sentido o corpo completamente saciado após quase dois dias de sexo. Fomos para o banho pela última vez naquelas dependências, ainda aconteceram beijos e contato íntimo de corpos ensaboados, porém sem penetração. As carícias foram suficientes nos instantes finais.
Enquanto terminava de me recompor, ele se ofereceu para me levar até a minha residência. Só então dei a real dizendo não residir em São Paulo, morava em Campinas e meu retorno seria de imediato.
— Compromissos me aguardam, amor, tenho uma vida agitada e complicada. Sentirei saudades de você, mas infelizmente será muito difícil um novo encontro.
O comandante pirou e fez uma enorme declaração de amor. Entre outras várias coisas, disse que me amava, pediu para eu levar em consideração tudo o que vivemos ali.
— Foram os momentos mais especiais da minha vida — disse ele, e até sugeriu casamento.
Tá louco esse homem, imagine eu casada… Ainda por cima com um cara que conheço faz só dois dias, não ia prestar — pensei rindo por dentro.
Abri logo o jogo, disse que era garota de programa. Ele não se importou, disse que me amava acima de tudo e poderia me dar uma vida de conforto, apesar de não ser rico, mas ganhava bem como piloto internacional.
Enfim, não sabia mais o que dizer ou fazer, em razão do cara estar obstinado pela ideia de ficar comigo, mas de maneira alguma perdeu a simpatia e gentileza, contudo, parecia estar angustiado e sofrendo excessivamente com minha negativa.
De repente veio uma luz de como poderia resolver a situação sem que houvesse mortos ou feridos. Estava mesmo querendo dar um tempo com os programas, seria ótimo alguns meses sem correria. Também levei em consideração a química entre nós, ele era muito gostoso. E ainda tinha uma atenuante: devido ao seu trabalho de piloto internacional, com frequência ele ficava dias longe do Brasil.
Decidi e falei logo para não me arrepender da ideia: disse não estar pronta para um casamento, mas poderia morar com ele e ser sua companheira por algum tempo e ver se dava certo. Seria um teste para nós dois.
Ficamos parcialmente combinados. Os detalhes foram acertados posteriormente.
Atualmente entramos no terceiro mês da união, e foi preciso contar com muita sorte para tudo permanecer bem. Continuo morando no apartamento dele e ainda fazendo o “Test Drive” de marido.
Há lances impactantes ocorridos nesse período de união que contarei nos episódios posteriores.
Por ora é isso, beijos!
Oi Fernando! Eu havia dado um tempo na escrita em razão do trabalho e dos estudos. Nos finais de ano eu sinto uma inspiração maior para escrever, então arrumei um tempinho para fazer uma série rápida. Agradecida pelo seu carinho e atenção, bjs!
Tava sumida linda! Saudades.