Conversa vai, conversa vem…
— Já faz três anos que me juntei com uma natalense.
— Nossa, tá durando esse casamento — falei zoando. — Qual a idade dela?
— Trinta oito, dez a menos que sua mãe.
— Você gosta de novinha, né safado? — rimos.
— Tiveram filhos?
— De jeito nenhum, não levo jeito pra isso. — Mas ela tem uma filha — disse ele.
— De quantos anos?
— Fez dezoito pouco antes do Natal.
— Ah! Já tá grandinha, não é mais uma “aborrecente”, né?
— Verdade, ela tinha quinze na época da união, e realmente deu trabalho.
— Entendi. — Eu tinha pouquinho mais de quinze quando você se juntou com a mamãe. — Eu te dei muito trabalho, né?
— Ôh! Você não era fácil, dona Kamila, as diversas palmadas que levou no bumbum foram merecidas — disse ele e rimos demais.
Comentou sobre sua companheira e a enteada estarem passando parte das férias em Natal-RN, na casa dos pais dela. Ele não pode ir.
Também contei um pouquinho sobre o que andei fazendo e minha atual união estável. O assunto ficou mais sério quando expliquei porque estava de roupa fitness, então falei sobre o terror que foi meu dia.
O André sugeriu irmos na delegacia, argumentou que os policiais poderiam pegar o grupinho antes deles sumirem.
— Não pretendo ficar de braços cruzados esperando a ação da polícia; posso estar morta antes deles pegarem a vadia e o trio de noias — disse isso e pedi para conversarmos mais tarde a respeito dessa parada. Pedi para dormir na casa dele naquela noite.
— Eu já ia te convidar, Mila, tô morrendo de saudades de você — falou sussurrando.
— Eu também estou, seu safado!
Uma hora e pouco depois, de banho tomado e nua no seu leito conjugal, chupei o seu pau do jeitinho que ele sempre adorou, engolindo tudinho bem devagar e tirando com os lábios bem apertados.
Quando pediu para eu parar, pois não queria gozar ainda, fiquei de quatro na cama e o recebi por trás, coladinho em mim.
— Esse corpo sedutor de pele tão macia me enlouquece, Mila — sussurrou próximo à minha orelha.
Estava muito gostoso sentir suas mãos amassando meus seios, e o arrepio provocado pelo seu hálito morno em minha nuca, foi a deixa para eu pegar no seu pau duro e quente inserindo a glande dentro de mim. Suspirei profundamente quando ele empurrou de mansinho até o fundo… Ahh!
— Que saudade dessa boceta apertadinha, que delícia — disse ele. — Vai ser difícil segurar a onda sem capinha, meu anjinho!
— Pode deixar ele aí dentro, André, por favor, só me fode bem gostoso como você fazia antes.
Delirei gozando com suas bombadas e suas mãos segurando meus peitos como se ele cavalgasse uma égua. Nossa sintonia havia evoluído, não era mais um brinquedo em suas mãos. Por eu estar mais madura, a troca foi proporcional.
Enquanto nós estávamos nos entregando um ao outro, mais intimamente do que jamais fizemos no passado, agradeci aos céus por continuar viva. A sensação era de estar mais linda, extremamente feminina, corpo ardente e super excitada. O homem me fez sentir cada carícia e cada prazer, como se fossem o máximo que os amantes podem e conseguem entregar durante uma cópula.
O gozo simultâneo veio tornar aquele instante especialíssimo. Continuamos nos movendo em sincronia saboreando cada segundo daquela satisfação plena. Ao final, continuamos unidos, parados e praticamente anestesiados.
Durante a pausa, conversamos sobre assuntos passados:
— Eu devo ter feito mais amor com você do que com sua mãe — disse o sem vergonha.
— Eu acredito, pois você me comia quase todos os dias, seu tarado — risadas.
De repente falei especificamente a respeito de uma diarista que trabalhava em nossa casa e flagrou nossa transa proibida. E mesmo após ela receber dinheiro do André para ficar calada, a fulana continuou me chantageando semanas depois. Mas após eu ter contado para ele, poucos dias passaram e a mulher sumiu de nossa casa abandonando o emprego. Mamãe foi até sua residência e vizinhos disseram terem visto a diarista indo embora às pressas. Alegou que estava indo para a Bahia, de mala e cuia.
— Por quê esse assunto agora, Mila, já que você nunca quis saber do desfecho dele?
— É que estou com um probleminha parecido, mas depois falaremos disso, ainda estou morrendo de saudades desse pau gostoso — falei acariciando e engolindo novamente seu membro, até ficar durão.
Continuamos a transar e só paramos depois de satisfeitos.
Voltamos a conversar sério, inclusive sobre valores, e tudo ficou acertado. O André ainda tinha contato com seus amigos policiais e iria conversar com eles para darem uma força. Quem sabe eles agindo com jeitinho e ligeira pressão, poderiam convencer a síndica a se mudar para bem longe de SP. Assim, teria um pouco de sossego e poderia seguir a minha vida em paz, pensei esperançosa.
Pouco depois, adormeci abraçadinha a ele.
Quando amanheceu o dia eu pedi ao meu ex-padrasto, se poderia ficar mais um dia em sua casa. Senti medo de ficar sozinha no apê do Alejandro. O piloto retornaria somente na tarde do dia seguinte.
Ele achou ótimo, falou:
— Vamos fazer uma festinha de réveillon só a dois.
— Poxa, nem tenho roupa de festa aqui comigo — falei fazendo biquinho.
— Mas quem disse que a festa é com roupa? — disse o safado.
À noite, comemos, bebemos e voltamos a fazer amor com a mesma intensidade da noite anterior. Brincadeiras novas, tipo o beijo grego, foram incluídas no cardápio que já era repleto de sacanagens.
No dia seguinte nos despedimos felizes pela satisfação mútua, mas era quase um adeus, pois combinamos de evitarmos ter contato por um longo período.
O reencontro com o meu padrasto-amante, fortaleceu nossos laços de cumplicidade. Era uma década de segredos vividos em um passado em comum bastante delicado.
Voltei para o condomínio próximo do horário habitual que o Alejandro costumava chegar.
Conversamos muito, mas não contei nadinha do sequestro e menti que estava no hospital acompanhando uma amiga. Depois acertamos que eu ficaria alguns dias a mais em Campinas — além dos costumeiros dois dias que normalmente ficava todo mês —, aleguei estar precisando resolver assuntos particulares. Ele sabia muito pouco do meu passado, contei apenas o suficiente para ele saber que é complicado e só eu poderia resolver minhas paradas. Ele disse que entendia e isso não iria atrapalhar em nada nossa relação. “Gente do céu! Vou acabar amando esse homem, de tão fofo e compreensivo que ele é.” Pensei sorrindo por dentro.
Dois dias depois, quando o Alejandro estava saindo de madrugada para ir trabalhar, eu fui com ele. O homem foi para o aeroporto, eu peguei o caminho da rodoviária.
Continua…
Nossa que conto
Tbm quero!