Uma hora antes:
O Alejandro retornou de viagem trazendo mais presentes para mim, e o homem estava com o tesão a milhão. Antes de colocarmos a conversa em dia, colocamos o sexo praticando tão gostoso quanto fizemos em nossa primeira vez. Tem sido assim desde o início da nossa união.
Já conhecendo suas preferências, entreguei-me aos seus desejos chupando seu pau, e depois fiquei arreganhadinha tipo um franguinho assado. Ele dobrou ainda mais as minhas pernas, introduziu gostoso e me fez gemer sem pudor ao dar suas estocadas vigorosas e incansáveis.
— Ahh! Meu comandante, você faz tão gostoso — falei com sinceridade, pois com ele não tem foda ruim.
Eu não sou adúltera por ser mal amada, sou safada e insaciável, reconheço, mas sei proporcionar prazer ao meu parceiro o tornando um corno feliz.
Durante o intervalo para uma bebida ele perguntou:
— E o tal de Henrique, fez todos os reparos?
— Fez, sim, amor, está tudo funcionando bem.
Falei a seguir quanto havia cobrado o marido de aluguel.
— Ficou barato, darei uma gratificação pra ele — disse o Alejandro.
— Dê, sim, amor, pois não tenho do que reclamar do serviço — falei morrendo de vontade de rir. Eu não presto, rs.
Minutos depois bateu um terror quando estávamos no banheiro, ele abriu o cesto para depositar suas roupas sujas e levantou na mão o meu shortinho usado no parque naquele dia. A mesma roupa usei no momento de perversão com o Alan.
— O que é isso, Kamila?
Gelei ao pensar: Fodeu! Será que o Alan sujou de porra o meu shortinho?
Quando ele descolou e mostrou um adesivo que estava grudado, foi como se um peso enorme saísse das minhas costas.
— Você vai votar nesse idiota fascista? — disse ele bem tranquilo, apesar das palavras fortes.
Estávamos próximo das eleições para prefeito e vereador, o adesivo redondinho azul e amarelo era de um vereador de extrema-direita.
— Magina, amor, nem voto em Guarulhos, foi algum idiota que grudou isso em mim lá no parque.
Na brincadeira ele grudou o adesivo na minha testa. Revidei grudando na bunda dele.
Nossa farra continuou no chuveiro, com carícias de corpos ensaboados por sabonete líquido. No auge do tesão, curvei o corpo e apoiei as mãos na parede de azulejos, recebi seu membro por trás dando gritinhos de satisfação.
Imaginei-me estar horas antes nas escadas, sendo possuída pelo Alan nesta mesma posição.
— Ahh… Amor! Que tesão, que gostoso!
Caralho! Quase me traí chamando o comandante de Alan. Mas consegui manter o foco e entreguei-me por inteira para satisfazer o meu “marido” e principalmente a mim mesma.
Durante seus períodos de descanso, sempre em torno de um dia e meio, busco não cansar o homem com passeios, pois ele já viaja demais. Canso ele na cama, ao passarmos uma parte considerável do tempo praticando atividades de alto impacto, ou seja, fodendo muito.
Procuro retribuir da melhor maneira possível às suas carícias, antecipando seus desejos e tornando-me submissa ou ativa, dependendo do momento. O sexo praticado por nós é ótimo, mesmo sem o gostinho adicional do pecado.
Às vezes fico ponderando e me sentindo uma vadia, até bate um arrependimento por quebrar esse elo de confiança depositado em mim pelo meu companheiro Alejandro. A traição aconteceu mais de uma vez neste breve período de convivência matrimonial.
Mas mesmo me reconhecendo como uma devassa, não significa que prometo, a mim mesma, tomar juízo e ser fiel. Pelo contrário, só fico mais atenta para não deixar marcas da minha infidelidade, a fim de impedir que desgraças aconteçam. No entanto, continuo alerta para novas oportunidades de praticar prazeres carnais proibidos que alimentam esse meu egoísmo insaciável e ansioso em sentir prazer.
Um psicanalista, certa vez ao final da minha adolescência, conseguiu mergulhar nessa minha psiquê e entendeu o funcionamento. Assim, minhas sessões de análise com o doutor passaram a ser sessões de sexo, por sermos dois atormentados em eterna ebulição.
***
Aliciando o Sub 20
No dia seguinte (quinta-feira) fui ao mercadinho da esquina comprar pão de queijo, pão francês e frios para tomar café com meu marido. Havia um funcionário novo atendendo o balcão, um gatinho pardo, delicinha e com cara de adolescente.
— Oi! — Você vem sempre aqui? — falei fazendo minha carinha de safada e piscando os dois olhos como um passarinho.
— Bom dia, Kamila! — falou a dona do mercadinho surgindo detrás de uma prateleira.
— Bom dia, Rê.
— Atende ela, Daniel!
— Não é Daniel Alves, né? — disse fazendo farra.
— Ele sorriu encabulado e disse não.
— Mas você gosta de bater uma bolinha, não gosta?
Ele respondeu que gostava. Minha risada foi simultânea à risada de sua patroa, que entendeu as segundas intenções da minha pergunta. O menino voltou a ficar sem graça.
Enquanto ele me atendia, falei que gostaria de vê-lo jogando no meu time.
— E você joga bola, menina? — perguntou a mulher.
— Não jogo. — No momento, só estou levando bolas nas costas — falei e ri com ela. O menino estava boiando, parecia não ter malícia e nem prática de balcão, pois fez pequenas confusões durante o atendimento.
A Rê brincou dizendo que ele ainda estava com sono.
— Você pode ir tirar uma soneca lá em casa, Daniel, só não sei se vou deixar você dormir.
— Hoje você está impossível, Kamila, toma juízo, menina! — falou a dona.
Quando cheguei pertinho dele para aproximar meu cartão da maquininha, meu tesão pelo carinha havia deixado meus mamilos intumescidos e nítidos através da blusinha rosa. Demorei propositalmente ao perceber seu interesse em meus seios, em seguida dei uma piscadinha marota para ele, dei tchau para a Rê e fui embora pensando em convocar o menino para o meu time de jogadores.
Por ora é isso, beijos!
Um gol de bicicleta! Parabéns, é o segundo conto seu que leio. Meu pau ficou duro. No papel, o jogo nunca é perigoso demais.
Tesão