O interrogatório informal prosseguiu, a mulher quis saber onde eu estava desde a tarde do dia 30 de dezembro até a tarde do dia 01 de janeiro.
Deduzi logo que eles haviam conseguido informações sobre a minha ausência no condomínio. Dias antes eu já havia imaginado que passaria por uma situação similar, mas não consegui nenhum álibi robusto a fim de me proteger. Inventar uma história seria uma má ideia, deduzi. Falar a verdade? Nunca, de maneira alguma poderia deixar vazar algo sobre o famigerado sequestro, ou passaria a ser a suspeita número um do sumiço daquela vaca da síndica. E jamais poderia mencionar o nome do André, meu ex-padrasto e cúmplice, ele permanecerá invisível para sempre nessa história. A solução encontrada foi omitir.
— Fiquei dando uma força para uma amiga enferma — falei sem titubear.
— Poderíamos saber quem é a sua amiga?
— Não podem, é um assunto pessoal.
— Sua negativa poderá lhe trazer complicações — disse ela. — Não tenha receio, essa informação ficará restrita aos policiais que cuidam do caso — concluiu.
— Eu estou sendo acusada de alguma coisa? — perguntei ainda ligeiramente calma.
— Ainda não, estamos só conversando amigavelmente com a intenção de descartar supostos suspeitos.
— Vocês têm algum mandado, intimação ou vão me levar presa? — questionei já um tanto impaciente.
— Fique tranquila, dona Kamila, como disse o investigador Fábio, só viemos colher as informações de praxe, qualquer detalhe ajuda a polícia.
— Suponho já ter ajudado bastante, não quero conversar mais e, se isso for adiante, pedirei a ajuda de um advogado, pois estou incomodada com esse interrogatório.
Ainda ouvindo advertências intimidatórias partindo dela, caminhei até a porta e abri.
— Recuso-me a continuar essa conversa. — Por gentileza, poderiam se retirar?
O homem de aparência bruta continuava tranquilo e disse que aquilo era mesmo apenas um papo informal. Entretanto, a mulher ficou ainda mais mal-humorada diante da minha inflexibilidade, fez ameaças de conseguir uma intimação para eu ir prestar esclarecimentos na delegacia em São Paulo.
Segurei-me ao máximo evitando mandar a vadia enfiar a tal intimação no cu.
Foi difícil, mas consegui manter o controle, a boca fechada e até fechei a porta sem bater.
***
Na manhã seguinte, após ter sonhado com o comandante, acordei me tocando e morrendo de vontade de ser fodida pelo meu marido, ele estava de folga, mas 120 km separavam a gente. Permaneci na cama preguiçosamente, e a cabeça presa aos detalhes referentes ao caso da síndica. Era o dia seguinte à visita dos policiais que investigavam o sumiço daquela vaca. Esse caso me deixava tensa boa parte do dia, no entanto, a carência por estar desde o dia 2 de janeiro sem relações sexuais me incomodava mais. A fissura por uma transa me consumia.
Os pensamentos fluíam aos montes, sorri ao imaginar se o Alan e o Henrique, ou um deles, seria capaz de fazer uma loucura: pegar a estrada só para vir transar comigo e depois retornar a Guarulhos. Esse bate-volta da minha dupla de amantes faria da sexta-feira um dia feliz demais.
A campainha soou, era a Yasmin. Ainda era cedo, mas já estava esperando por ela, ofereci-me para cuidar do seu “filho”, um vira-lata caramelo. Ela precisava ir trabalhar na loja com sua mãe enquanto seu marido e cunhado pintavam o apartamento deles.
A amiga deixou o peludo e suas tralhas e saiu rápido.
Durante toda a manhã o bagunceiro correu atrás da sua bolinha, de outros brinquedos e atrás de mim; pulando em cima e dando lambidas. Não achei ruim, já que adoro uma farra.
Mais tarde, ao fazer carinho no caramelo grandalhão de três anos, notei como o danado era bonitão, de porte robusto e cheio de saúde. Realmente eles cuidavam do Ralf como um filho.
O bichão ativo deu sossego apenas após o almoço, acomodou-se no meu sofá e tirou uma soneca. Aproveitei e fui tomar uma ducha rápida ao sentir a pele melada de suor e cheirando a cachorro.
Saí do banho enrolada na toalha e fui ver o que o travesso aprontou, pois ouvi seus latidos.
O trapalhão derrubou o pote de ração de cima do gabinete e espalhou tudo pelo chão da sala.
— Ai, ai, ai! Seu Ralf, olha só o que você fez!
O safado nem ligou, continuou brincando e pulando em mim enquanto eu estava ajoelhada no tapete pegando a ração.
Não consegui ficar zangada com o “moleque” de quatro patas e acabei entrando no jogo dele. A brincadeira ficou interessante ao sentir um focinho me cheirando a bunda. A sensação agradável tornou-se gostosa quando o peludo foi além: fiquei arrepiadinha ao sentir sua cabeça entre as minhas pernas e por dentro da toalha. Seu focinho frio percorria do meu ânus à minha boceta.
— Para, Ralf! — falei sem nenhuma convicção e também sem mexer um músculo para evitá-lo.
O tesão chegou ao absurdo quando sua língua percorreu toda a extensão do meu sexo, ficou impossível segurar os gemidinhos ao ter a ponta de sua língua passando entre meus grandes lábios. Fechei os olhos e abri ligeiramente minhas pernas curtindo aquele instante.
De repente fui surpreendida pela atitude do vira-lata, o bicho foi ágil se jogando sobre mim e tombou-me de quatro já montado com a intenção de acasalar. Gritei de susto, devido à surpresa do movimento inesperado. Suas patas dianteiras envolveram a minha cintura por cima da toalha e fui dominada sentindo seu peso sobre mim. Aguardei sem reagir esperando o início do estupro canino. O pinto duro cutucou a minha bunda nua e desprotegida enquanto ele procurava aflito a entrada da boceta.
Eu tinha duas alternativas, poderia dificultar sua ação e libertar-me com ligeiro esforço, ou poderia facilitar seu trabalho guiando o pinto em meu sexo… Não pensei muito, facilitei pra ele pegando na sua coisa ereta, guiando para dentro e me tornando cúmplice daquela loucura. Ahh! Gemi de prazer ao ser penetrada pela vara canina e receber suas estocadas rápidas.
Viajei satisfeita curtindo o início da estranha consumação. O tesão aumentava quando era preciso agarrar o pinto e guiá-lo novamente para dentro, pois meu parceiro afoito deixava escapulir. Sentia o negócio cada vez mais grosso e delirava de prazer ao tê-lo socando fundo.
Todavia, retomei de imediato a consciência do que fazia ao ouvir o som da campainha. Caralho! Deve ser a Yasmin, pensei. Deitei meu corpo e seu pau saiu de mim, levantei e arrumei a toalha no corpo enquanto o cão saiu latindo e foi arranhar a porta.
Ao atender não era a amiga, era o marido dela, o Vicente.
— O Ralf estava aprontando, né? — falou ele olhando para a ração no chão e para o pinto duro do cachorro.
— Deixei esse safado cinco minutos sozinho. Quando voltei do banho o danado tinha feito tudo isso — falei mostrando o chão bagunçado. — E esse tarado ainda quis me estuprar enquanto eu recolhia a ração — falei fingindo indignação.
— Ele se apaixonou por você. Não o culpo — disse o simpático e sorriu de forma gentil e galanteadora.
O Vicente ajudou a recolher as coisas do cachorro, e também brigou com ele por continuar tentando trepar em mim. Percebi seu olhar curioso em ver o que minha toalha tentava esconder. Notei a seguir o volume sob o jeans dele.
Após tudo recolhido…
— Tchau, bonitão, volta outro dia pra gente brincar mais — falei fazendo carinho no peludo safado.
— Viu só, Ralf, ela só chamou você de volta — disse ele zoando.
— Tá bom, você pode vir brincar também. — Tal pai, tal filho — falei apontando o volume sob suas calças e depois para o pinto do cachorro, já ligeiramente menor — rimos, dei tchau e fechei a porta.
Continua…