Este é um de alguns casos que aconteceram comigo no ano de 2010, quando ainda morava com a minha mãe em São Caetano do Sul. Somente agora sinto-me à vontade em compartilhar com vocês.
Era uma tarde de sexta-feira em meados de um janeiro mais quente do que o normal, voltava da padaria em companhia de uma garota que se mudou para a minha rua um mês antes; conversávamos sobre sua festa de debutante que aconteceria no dia seguinte (sábado). Falei que infelizmente não iria, pois tinha um encontro com o gato com quem eu conversava minutos antes assim que ela chegou na padaria.
— Muito gato ele, né? Caras como esse, tipo lutador de UFC, mexem profundamente comigo. E a voz máscula então… Ah! Dá um calorzinho gostoso que faz eriçar cada um dos meus pelinhos — falei com a intenção de chocar, pois ela parecia tão certinha e socialmente aceita que me incomodava.
— Você pode ir com ele na minha festa, o convite permite levar um acompanhante.
— Não dá, miga, ele é casado e ia dar treta.
— Você é louca em ficar com um cara casado. Além disso, ele parece ter uns quarenta anos.
— Ele só tem 36 e disse que está se separando da mulher. — A propósito, ela viajou hoje para passar uns dias na casa dos pais, daí rolou uma oportunidade para uma festinha particular com o gato durante a ausência da sonsa, e será justamente amanhã. A gente já vinha há dias trocando umas ideias e esperando ele ficar sozinho em casa para nós darmos umas com força um fim de semana inteiro na cama do casal.
— Como assim… Você está dizendo que vai fazer sexo com ele? — com um cara que tem idade para ser seu pai?
— Eu gosto de homens experientes, e fala sério, ele é muito delicinha.
— Você deveria fazer análise, pois deve estar com problemas sérios; acha certo se envolver com um cara casado, tipo coroa e ainda por cima na casa dele? — vai se meter numa roubada com certeza.
— Eu tô ligada e tenho controle da situação, além do mais eu curto de montão esses lances proibidos. Quanto a “me meter”, é o que eu espero que ele faça, hahaha!
— Credo, isso é vulgar, Kamila.
— Vem cá, diz pra mim, eu juro que não conto pra ninguém. Até onde você já foi com um garoto?
A menina pensou, gaguejou e disse:
— Cada pergunta que você faz…
Naquele mesmo instante o pai dela apareceu de repente parando o carro e oferecendo uma carona para nós. Percebi pela cara da Betânia que ela não faria questão em que eu fosse com eles, provavelmente porque eu lhe revelei o meu lado devassa que contrastava com o seu modo inocente e pudico de ser.
Eram apenas dois quarteirões, mas fiz questão em aceitar a carona para jogar um charminho discreto e rápido em cima do coroa. Foi só de raiva mesmo, para incomodar a garota certinha. Só então fiquei sabendo que o homem era delegado em um departamento de polícia especializada na proteção a criança e ao adolescente. Peguei leve e fiquei na minha, pois imaginei que o policial fosse tão ligado às convenções sociais quanto a filha.
***
No início de noite do dia seguinte, após mentir para minha mãe dizendo que iria à festa de formatura da minha mais nova colega, e que também dormiria na casa dela, saí de casa toda produzida com um vestido de festa provocante demais para uma festa de debutante — minha mãe também fez esta observação —, um salto alto e pronta para arrasar.
Na rua eu liguei para o gato trintão da padaria vir me pegar… Droga! Ele disse que se atrasou, ainda estava fazendo a barba e ia tomar banho, pediu para que eu esperasse uns quinze ou vinte minutos.
Até parece que eu ficaria plantada na rua, ainda mais vestida como se fosse na premiação do Oscar. Fui caminhando até a casa dele, uma distância de três quadras, em quinze minutos estaria lá. Porém caminhar com aquele salto alto e no calor do verão não foi fácil. Ainda assim foi divertido, ouvi inúmeros gracejos pelo caminho enquanto desfilava com o vestido longo, de alcinha e decote provocante, além de um corte na lateral direita que exibia a minha coxa quando a perna direita ia à frente. Valeu o sacrifício.
Quando estava a uns cem metros da casa dele, cruzei com uma garota que vinha em direção contrária, também produzida para festa. Era uma piranha de nome Bárbara, minha rival e que estudava no mesmo colégio que eu. Tínhamos algumas diferenças pessoais, pois sempre coincidia de nos interessarmos pelos mesmos caras.
— Não está indo na direção errada? A festa é para o outro lado. — Falou transbordando veneno a ruiva aguada.
— Estou na direção certa, minha festa é particular — respondi devolvendo o veneno. — A propósito, você não deveria estar em um cruzeiro com os seus pais? — questionei.
— Mudei de ideia, pois também tenho uma festa particular depois da festinha de debutante.
Cheia de falsidade lhe desejei boas festas, já que ela tinha duas na mesma noite. Dei tchau e sai desfilando, não sem antes notar a garota olhando para o final da rua em direção à casa do gato da padaria e depois para mim com expressão de quem presumia o que estava acontecendo.
Dois minutos depois parei nas proximidades da casa do trintão e liguei para ele… Ficou surpreso quando disse que já estava quase defronte à residência. Pediu para que eu entrasse direto e não chamasse a atenção tocando a campainha, a porta não estava trancada. Disse que estava no banho na suíte do casal e que eu ficasse à vontade na sala.
Assim que entrei, com a minha cabeça cheia de ideias como sempre, ousadamente fui tirando peça por peça de minhas roupas e as deixando espalhadas no chão desde a porta da sala até o quarto do casal. Tirei a calcinha, minha última peça e a joguei sobre a cama. Completamente despida surpreendi o homem entrando no box e parti pra cima dele o acariciando. Ele ficou um pouco surpreso e nervoso. Falei para não se preocupar que ninguém havia me visto entrando. Acho que não era este o motivo do seu nervosismo e, sim, é que o homem não esperava por tanta ousadia e desembaraço de uma novinha. Nem liguei, não queria parecer bobinha; demonstrando desejos e toda insinuante esfreguei-me nele procurando seus lábios.
Ele me beijou com raiva, parecia não ter gostado que eu tomasse a iniciativa. Após o beijo ele agarrou meus braços virando meu corpo e prensou-me na parede de azulejos. Colou seu corpo ao meu e pude sentir seu membro em fase de ereção se alojando em minha bunda.
— Vamos deixar claro, aqui sou eu quem manda — falou tentando me impressionar com seu machismo.
Adoro esta parte do jogo, então me fiz de cadelinha obediente e submissa.
— Eu sei amor, mas não me machuca, por favor.
Saímos do box do chuveiro, ele me conduziu de forma autoritária e deitou o meu tronco no gabinete do lavatório. Foram segundos de espera ansiosa até sentir seu pau lubrificado penetrando a minha vagina umedecida de desejos. O tarado me chamou de putinha, piranha, vadia, e tampou minha boca para abafar meus gritos escandalosos proporcionados pelo tesão que sentia naquela pegada bruta.
Vários minutos depois ainda estava na mesma posição, havia gozado tudo que tinha direito, e com a infinidade de estocadas que levei em minha boceta, minhas perninhas ficaram bambas.
Porém aquilo foi só o início, nossa noite foi de muita pegada e só fizemos pequenas pausas na transa para alguns comes e bebes e higiene básica após ele melecar meu rosto e peitos com seu esperma.
Não me recordo do momento em que dormi, já estava de pileque e devo ter desmaiado em seus braços no meio da madrugada.
***
Acordei já com a luz do sol ao ouvir a voz do homem, ele estava ao telefone e pelo o que entendi ele discutia a relação com sua mulher. Abri o closet do casal para pegar algo para vestir, gostei de um blazer leve e claro do homem. Entrei na sala vestida com ele desabotoado e mais nada por baixo. Ele estava bem entretido na ligação e cheio de desculpas com a fulana, não aparentava estar em processo de separação.
Passei por detrás dele com meu figurino despojado… O cara nem notou a minha presença. Escancarei a porta dupla e dei três passos saindo da sala para a varanda, espreguicei-me recebendo os raios de sol em meu corpo seminu e gritei:
— QUE DIA LINDOOO!
Ouvi o sussurro apavorado do homem:
— Sai daí sua doida! — os vizinhos vão te ver.
A varanda ficava sobre a garagem e defronte a outra casa do outro lado da rua. Dei um tchauzinho para um homem de boné e óculos escuros que acabara de virar para o meu lado após fechar a porta de uma garagem, ele pareceu assustado, e eu também fiquei, já que reconheci o homem, era o pai da Betânia (o delegado). “Caraca, fodeu!” Pensei enquanto fechava o blazer para cobrir minhas partes expostas. Quando ia me virar e sair fora, Bárbara, a ruiva do dia anterior, saiu para a varanda sobre a garagem da mesma casa que saiu o pai da Betânia. A piriguete não se preocupou em enrolar completamente a toalha de banho em seu corpo antes de sair, deu tempo de ver nitidamente seus pelos pubianos avermelhados e que a vadia estava nua por debaixo da toalha. A piranha acenou para mim com um sorriso sarcástico em sua cara de puta como quem diz: ”peguei uma prenda maior que a sua.” Virou as costas e toda rebolativa voltou para o interior da casa.
Puta de raiva tentei reorganizar as ideias; além do meu parceiro daquela noite, também o delegado se tornara mais um membro em nosso grupinho de imorais unidos pela cumplicidade, doravante teríamos um segredo em comum, sendo o dele mais grave que o meu, posto que ele era um homem da lei. Ao mesmo tempo em que raciocinava rapidão, tentava impedir que o trintão me arrastasse para dentro da casa. Quando voltei o olhar para a rua, só vi o carro do policial indo longe e a milhão.
Voltei minha atenção para a voz da mulher que estava aos berros ao telefone querendo saber o que estava acontecendo. O marido inventou uma desculpa de que crianças tocaram a campainha e saíram correndo gritando.
Fim
Até a próxima história. Agradeço sua atenção.
Mais um conto delicioso
Elegante, louca e podre de boa. Adorava uma coisinha assim para consumir
Que delicia!! Adoro seus contos, sou de Sao Carlos, podiamos marcar uma aventura! Beijos !
linda! Betto(o admirador do que é belo)