Contudo, Mila não percebeu a presença do padre Alberto, ele chegou sem chamar a atenção, de imediato seu olhar fixou-se nas pernas e parte do bumbum exposto pela posição descontraída da moça. A cena de sedução não intencional propiciada por ela afetou o religioso, há dias seus pensamentos estavam confusos em razão daquela jovem ter abalado sua devoção religiosa com suas frequentes insinuações carnais e terrenas. Ele reuniu forças para se afastar dela e saiu da casa sem ser notado.
Mila ficou com as chaves, ela devolveria na manhã seguinte para a dona Lourdes.
As alterações na rotina diária da garota, por causa do trabalho semanal, estudo noturno, uma ou outra baladinha com as amigas que a deixava sem dormir por longos períodos, cobrou a conta e seu corpo começou a reclamar da fadiga. Parte também era resultado do trabalho despendido na igreja e as tentativas de se aproximar do padre.
Naquela noite de sábado ela se tocou antes de dormir, seus pensamentos voaram na imensidão e seu orgasmo ao fantasiar que fazia amor com o sacerdote, não foi suficiente para amenizar a chama do desejo.
Ela adormeceu, no entanto, uma hora depois levantou, pegou a chave da casa paroquial e saiu porta afora, descalça e vestida somente com o camisetão que usava para dormir. Caminhou em direção à igreja naquela noite sem lua, de vento frio e ameaçando chover a qualquer momento.
Destrancou e abriu o portão sem fazer barulho, caminhou até a porta de entrada, colocou a chave e girou até o fim após o clique da fechadura, porém ela teve que fazer força para movimentar a maçaneta e abrir a porta definitivamente. O barulho despertou o padre Alberto, ele levantou assustado e acendeu a luz no mesmo instante em que Mila adentrou o cômodo caminhando determinada na direção dele.
— Ei, moça, o que houve, você está bem?
O olhar dela era o de um zumbi, não piscava e não expressava emoção. Ela estava sonambulando e o padre percebeu. Ficou com receio de despertá-la bruscamente, mas também estava curtindo o visual daquele anjo só de camiseta, descalça e de mamilos insinuantes sob a malha branca.
Ao tocar seu corpo no do religioso, que fora surpreendido e não sabia o que fazer, ela passou os braços pelo seu pescoço e o beijou nos lábios. Ele olhou para cima, bem acima, como se procurasse por Deus para pedir que o perdoasse por sua fraqueza… O religioso correspondeu ao beijo, ao mesmo tempo caminhou para trás sendo conduzido por ela até a cama. A jovem o fez deitar, apesar dele relutar pedindo para ela parar e ir embora, todavia, sem muita convicção. Mila subiu sobre o padre ficando ajoelhada e o deixando entre suas pernas. Sua camiseta subiu ao nível de sua cintura deixando sua bunda nua exposta. Enfiou a mão por dentro do shorts dele tirando o pinto pra fora e direcionou em seu sexo úmido de desejo.
— Perdoe-me senhor, sou um pecador e não sou essa fortaleza toda — falou o padre olhando novamente para o alto e sem esboçar reação ao ato sexual.
Nós começamos a fazer amor enquanto eu ainda sonambulava, mas acordei assim que senti a introdução em minha vagina. Ao mesmo tempo ouvi um estalo seguido de um raio fortíssimo. Acabou a energia elétrica e caiu uma chuva torrencial. Apesar do susto e surpresa da situação, pois o que estava considerando como um sonho até segundos antes, estava acontecendo na realidade. Consegui controlar minhas emoções e continuei fingindo que dormia, pois tive medo que o meu despertar o fizesse abortar aquele momento tão esperado por mim.
Continuei subindo e descendo sobre ele, copulando na penumbra do ambiente e sentindo os tremores que se confundiam com o prazer da transa e o medo dos raios e trovões contínuos.
Só saí de cima dele após o padre chegar ao orgasmo pela segunda vez. Eu já havia me acabado com tantos orgasmos múltiplos.
Continuei fingindo e caminhando como uma sonâmbula, fiz de conta que não ouvira seus chamados. Fui em direção à porta sentindo o líquido escorrer por minhas pernas. Ainda teria que encarar a chuva daquela noite fria.
Cheguei em casa ensopada e tremendo de frio, fui pelos fundos, tirei a camiseta, torci a malha e com ela tirei o excesso de água do corpo para não deixar rastros pela casa. Entrei tentando não tropeçar em nada naquela escuridão. Não que seria alguma novidade ser surpreendida pelos meus avós enquanto eu circulava nua pela casa, mas como explicaria os cabelos molhados àquela hora da madrugada?
Acordei resfriada na manhã seguinte, e ainda havia dormido demais, pois meus avós já tinham ido para a igreja. A chuva, apesar de fraca, persistia; seria um motivo a mais para ficar em casa.
Na segunda-feira, no fim da tarde, passei na igreja antes de ir para o colégio. Ao encarar o padre Alberto ele não tocou no assunto, talvez por prudência, em razão de haver mais pessoas na igreja, apesar que não seríamos ouvidos. Ou será que ele acreditou que eu sonambulei o tempo todo e não comentaria o assunto comigo? Pensei num modo de falar com ele indiretamente, disse que tinha urgência em me confessar. Ele encaminhou-me ao confessionário.
— Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
— Amém.
— Abençoe-me, padre! Eu pequei.
— Abra o seu coração.
— Padre, estou confusa, não sei se realmente pequei, estou apaixonada por alguém proibido pra mim e sonhei que fiz amor com ele. — O que eu devo fazer, padre, deixar de sonhar?
— Ninguém consegue controlar seus sonhos, então você não pode ser responsabilizada por eles. Deixe que o seu coração te guie na escuridão da noite.
— Perdoo os seus pecados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
— Entendi. Amém.
Fim
Que conto!!! Uma ninfeta adormecida cavalgando no pau de um padre!!! Adorei...e vc é uma gata!!! Votado...bjs