No caso de Gervásio, era uma gostosura muito particular.
Gervásio era um sujeito nada alto, nada bonito, nada encorpado, que estacionava e saía de short e camiseta sob o pretexto de dar uma corridinha na pista. Na verdade, seu objetivo era botar de joelhos coroas e novinhos, sem distinção nem preconceito.
O rapaz com jeito de nerdinho só tinha o trabalho de levar o sujeito para a sombra de uma árvore longe dos transeuntes inocentes, ou encostar num carro numa posição discreta, e baixar o short para mostrar seu imenso atributo. Como sempre, o mamador e o mamado, com a adrenalina a mil, jogavam olhares paranoicos para todos os lados. E muitas vezes formava-se alguma plateia, mais perto ou mais longe, com um olho no espetáculo e outro na aproximação da polícia.
Como Gervásio sempre estava no Jardim das Delícias, e eu também, achei bom chegar junto e puxar uma conversa. Mas a curiosidade crescia em mim. Papo vai, papo vem, fixei o olhar no volume que se formava dentro de seu short mole. Ele notou e perguntou:
- Quanto você acha que eu tenho de pau?
Eu sabia que Gervásio fazia o maior sucesso com os passivos do jardim, mas não sabia quantos centímetros de motivo.
Como sou ativo e já tinha deixado de chupar (regularmente) há muitos anos, não dava para rolar muita coisa com o nerdinho. Mas a lembrança de Gervásio continuou em minha mente num longo período em que não o encontrei mais no jardim. Ele tinha procurado melhor espaço para suas loucuras num cinemão na mesma cidade.
Era uma sala enorme, que tinha todo o jeito de já ter feito sucesso exibindo superproduções de Hollywood em décadas passadas, que adquiriu uma pós-vida exibindo filmes héteros piratas. O cheiro era desagradável, a decoração era brega, mas a turminha de tarados que lá marcava ponto tinha todo o espaço e liberdade para se divertirem em vários ambientes.
O público era variado, mas a média de idade era elevada. A maior parte da garotada estava tentando a sorte por baixo das imensas camadas de lero-lero das redes sociais. De vez em quando surgiam dois ou três aventureiros gostosos e saudáveis, que eram disputados pelos frequentadores típicos.
Não sei como demorei a descobrir aquele cinema, mas passei a ir sempre que podia. Numa dessas, encontrei Gervásio com roupa mais social, como se tivesse voltado de algum compromisso. Nos cumprimentamos no mictório. Mais soltinho, estava doido por alguma coisa: me ofereceu o pau, sempre impressionante, e eu olhei, impressionado, como que alimentando esperanças mútuas.
Ali mesmo, em frente aos mictórios, Gervásio se pegou com um cara mais ou menos da idade dele, corpo normal, jeito de estudante de folga, e o botou de joelhos diante de meus olhos. Gervásio desabotoou a camisa e liberou seus muitos centímetros, uma coisa fora do normal que atraiu a curiosidade de mais dois ou três que rondavam a porta do banheiro. Depois de ganhar um boquete caprichado, Gervásio meteu no rabo do rapaz, em público, com a total falta de constrangimento de quem domina totalmente a situação e tem plena consciência disso.
Naquela altura, eu já estava sem camisa, chamando atenção com meu pau duraço, e o rapaz se animou a me chupar enquanto era enrabado sem dó. No meio do movimento frenético, peguei na mão de Gervásio. Gervásio correspondeu.
Por aquele dia, entre gozadas espetaculares, tudo ficou naquilo mesmo. Continuei na pista sexual, mas o cara do pauzão parecia sumido de todos os lugares.
Aí voltei ao jardim para ver como estavam as coisas. Gervásio também.
Cheguei perto e conversamos rapidamente sobre o tempo que ele tinha ficado sumido. Ele queria se divertir, é claro. Sob o sol e o vento, eu via que a passagem do tempo cobrou um preço ao nerdinho, tanto em aparência quanto em transformação de comportamento. Continuava com aquela jeba enorme, mas agora só queria cair de boca nos caralhos dos outros.
Gervásio continuava seguríssimo de seus atributos: sem solicitação, botou o pau pra fora, mole ainda, e mijou no gramado como se eu nem estivesse bem ao lado (acho que outros curiosos estavam manjando a situação e ele tinha percebido isso).
E partimos para a diversão.
Como quem não quer nada, abri meu zíper e botei meu pau para fora. Naquela tensão sexual, parecia que estava com o dobro da grossura. Gervásio se agachou e enfiou tudo na boca. Nunca imaginaria que o nerd emblemático, que pagava uma de ativão arrebentando cus aleatórios, tinha uma boca tão gostosa...
Mas ele era muito irrequieto e logo estava chupando outro sujeito num carro próximo. E depois mais outro. Só curtindo a vida sem culpa nenhuma.
Depois ainda reencontrei Gervásio num cinema menos pulguento do que o do conto anterior, onde deu para notar que ele também fazia a alegria da galera, mas aí eu já estava tendo muita atenção de um cafuçu jovem e alto que quase gozava mexendo nos meus pêlos e apalpando meus músculos duros...
Delícia de conto. Fiquei curioso. O que causou a transformação de um ativo pauzudo e exibido em um passivo guloso de pau grande?