Samuel era um jovem frequentador do Jardim das Delícias dos tempos de glória. Branco, alto, não mais de 23 anos, era um rapaz bonito e cheio de presença que chegava de moto por volta de meio-dia. Ele, tal como tantos outros que usavam o espaço do estacionamento simplesmente para traçar um rango, dar um tempinho na hora do almoço, e mijar no gramado fingindo que ninguém estaria olhando...
Mas é claro que Samuel sabia que, só por estar lá, despertava a cobiça e a curiosidade dos homens que frequentavam o Jardim em busca de algo mais.
Nos meus rolezinhos no Jardim, comecei a notar a presença recorrente de Samuel, que encostava sua moto poderosa, tirava o capacete e ficava ali em pé fazendo “nada”.
Não tinha o menor trabalho para chamar atenção com o corpo gostoso na medida certa, o discreto volume dos braços e do peitoral na camisa polo justinha, a curvinha da bunda que prometia um bolo de carne firme dentro da calça, o cabelo castanho e a cara de moço inocente emoldurando olhos claros penetrantes e um nariz que sugeria um grande metedor.
Um monumento de rapaz, que não demoraria a arranjar companhia...
Em trinta segundos, um dos passivos que marcavam ponto no Jardim encostava o carro, trocava meia dúzia de palavras e chegava junto de Samuel.
Como eu também já era conhecido no pedaço e contribuía para vigiar os arredores, o paizão trabalhador da vez não se constrangia com minha presença, esticava a mão pela janela do carro e pegava o que Samuel oferecia de melhor: um enorme linguição branco.
Mesmo a uma certa distância dava para ver que era um pau de cabeça pontudinha, prepúcio sempre bem arregaçado mostrando um pescoção rosado, e base grossa que encantava os passivos.
Com o sucesso que fazia, Samuel sempre se dava bem ali mesmo (sempre encostado num carro) ou pegando carona para um lugar mais discreto. Se não fosse com coroas, era com outros motoqueiros, rapazes da atividade física, universitários de folga, e profissionais que davam perdido no trabalho e iam curtir no Jardim.
Aí rolava uma pegação mútua, mas Samuel sempre pareceu essencialmente ativo. Mas eu assistia àquilo tudo, meu sexto sentido dava o alarme, e eu me perguntava se era só aquilo mesmo. Como conferir? Cheguei junto.
Naquela fase, a polícia quase não passava por lá, e eu já estava bem à vontade, sem camisa, exibindo o corpo (que estava bem trabalhadinho). Sob o brilho intenso do sol, encontrei Samuel encostado num carro qualquer, e me aproximei com um sorriso. Pude ver melhor a gostosura do rapaz.
Ele devolveu o sorriso. Trocamos umas palavras com as apresentações de praxe, nós dois encostados no carro e olhando para as nuvens, enquanto eu metia os polegares pela barra da calça buscando o pau que já apontava para cima. Rapidamente ele também começou a ajeitar o pau por cima da calça.
O calor aumentava. Dei mais um passo para o lado, ficando pertinho de Samuel. Olhei para os lados. Ninguém veria nossa sacanagem. Estiquei o braço e enchi a mão no volume na virilha de Samuel.
Nos olhamos nos olhos. Ele fez aquela cara de “pensei que você não ia tomar a iniciativa” e nos abraçamos e beijamos. Beijo bom de cara safado. Passeei as mãos por baixo da camisa de Samuel, sentindo a firmeza natural de sua musculatura e a textura de sua pele sem pêlos. Levantei a camisa dele e ataquei seus mamilos saltados de tesão enquanto descia minhas mãos para as duas bandas de sua bunda rija e volumosa.
Samuel usou suas mãos enormes para abrir sua braguilha e a minha. Ele também já estava com o pau duraço, exibindo os 21 centímetros (ele me contou a medida depois) de sucesso que fazia. Era um pau muito bonito, cheio de veias, bom de segurar. Punhetei a ele, segurei os dois paus juntos para um esfrega-esfrega, deixei que ele me punhetasse com firmeza.
Enquanto isso, nos beijávamos mais ainda, e eu sentia sua respiração ficando mais forte. Samuel mexia no meu caralho com um movimento de ordenha. Sem me largar, ele virou as costas, abriu a calça, expôs sua bunda e encostou as mãos no carro.
Não perdi tempo: agachei-me e comecei a beijar e morder de leve aquele material delicioso que era coberto por uma leve penugem alourada, enquanto masturbava freneticamente a mim e a ele. Então Samuel manda a real:
-- Me come, safado.
-- Agora não, gostosinho. Mas deixa eu foder sua boca.
-- Só se for agora.
Naquela altura, já devia ter gente de olho em nós, mas não estávamos nem aí. Trocamos de posição: fiquei de costas para o carro e botei Samuel de joelhos na minha frente. Como mamava bem o filho da puta. Segurei sua cabeça, mexendo nos cabelos finos, e conduzi os movimentos como se socasse numa boceta. Samuel aguentava firme, como quem está acostumado a pagar um boquetão.
Até que a gostosura do rapaz, a habilidade de sua boca e sua língua, e a situação de estarmos fazendo aquilo em lugar público me fizeram gozar com força e volume. Samuel fez cara de besta, sem acreditar no que tinha acabado de fazer, e saiu mal lhe restando tempo para limpar a babinha de porra que escorria pelo canto da boca.
Ele vestiu o capacete, montou na moto, acelerou numa trovoada motorizada e saiu queimando asfalto. Aí veio a pandemia e nunca mais o vi.
(Como sempre, este relato é a interpretação literária de fatos reais vividos pelo autor. Os nomes dos personagens são inventados, e certas informações foram omitidas para preservar a identidade dos envolvidos.)