Mas encontro marcado pela internet, por melhor que seja, não oferece um pingo da sensação de aventura, surpresa e satisfação do contato na vida real, olho no olho, pele com pele.
E quando o contato pela internet resulta em altas doses de adrenalina... bem ali na porta ao lado?
Há muitos anos, quando os riscos de privacidade na rede eram muito menores e prevalecia a expectativa do anonimato, aproveitei um momento de solidão e entrei num bate-papo em busca de homens passivos do bairro para dar uma escapada rápida.
Um cara gostou da minha descrição e me chamou para uma conversa privada. Conversa vai, conversa vem, confiei no cara e liguei a câmera para enviar imagem do meu rosto.
Ele me reconheceu na hora. Era o morador da porta ao lado.
Refeito do susto, lembrei do cara: mais velho, alto, parrudo, estiloso mas não tão bonito. Parecia gente boa. Fora isso, até então era só um anônimo da grande metrópole que eu cumprimentava ocasionalmente na entrada ou na saída do prédio sem nem saber o nome: Nuno. Já tinha notado que ele morava com outro cara, o que me deixou inicialmente intrigado com a proposta.
- Ele está fora por algumas horas. Dá tempo da gente se encontrar aqui - disse Nuno.
- Só se for agora.
Mostrei animação, mas estava meio nervoso de fazer aquilo daquele jeito. E se ele contasse para todo mundo? Nuno também parecia que estava relativamente exposto, mas não sei se era um safadão mesmo ou se o acordo dele com o parceiro abria alguma brecha para um lance com um vizinho.
Tomei coragem e bati a porta de Nuno. Ele me atendeu só sorrisos, já me conduzindo para o quarto.
Ficamos nus e nos abraçamos. Era um corpo gostoso de envolver. Ele me agarrava com volúpia. Entre gemidos, admitiu que há tempos tinha desejo por mim (e sem nada saber da minha "atividade". Que sem vergonha!).
Ficou encantado pelo meu pau, que estava trincando de tesão, e caiu de boca.
Deixei Nuno esparramado na cama e, dominador, meti o pé na cara dele, sem nem saber se ele ia aprovar. Aprovou muito, deixando-se pisar, lambendo e chupando meu pé até deixá-lo limpinho.
Me deu uma camisinha e ficou de quatro. Que bunda.
Nunca poderia imaginar que treparia tão gostoso com o vizinho comprometido do apartamento ao lado. O cara tinha um cuzão quente e profundo e se remexia como um liquidificador.
Mudamos de posição. Ele sentou-se no meu pau e me deu uma verdadeira surra de bunda. Gozamos.
Ele deu um jeito para sumir com a camisinha, despedi-me rapidamente e voltei para casa em dois pulos, deixando as coisas como se nada tivesse acontecido.
Preso em afazeres familiares, Nuno não tinha muita oportunidade para me receber, mas em outra ocasião tivemos um repeteco ainda melhor e que me fez sair de lá com mais tesão ainda só de lembrar. Depois, quando já morava em outro endereço no mesmo bairro, ainda encontrei Nuno socialmente. Nos cumprimentamos e, num toque de mão (e de dedo) característico, ele deixou claro que estava abertíssimo a novas aventuras.
Que acabaram não rolando, mas não foi minha única experiência com vizinho.
Morando no outro prédio, passei um mês de férias em casa, indo à praia ocasionalmente, vendo DVDs e, nas horas vagas, procurando parceiros na rede. Muitos deles.
Foi minha fase mais proveitosa de putaria na internet. Procurei gente da região e me surgiu outro vizinho.
Ramon era daqueles que às vezes já estavam descendo quando eu entrava no elevador, mas não sabia nada dele além dos lábios grossos, do corpo sequinho de bailarino e do jeitinho obviamente gay.
Negociar um lance vapt-vupt foi meio tenso: expliquei a situação toda, ele foi muito compreensivo (mostrou boas maneiras e boa educação já nas letrinhas do bate-papo) e me recebeu no apartamento dele.
Era um lugar bem legal, com uma cama confortável onde Ramon liberou muito o cuzinho.
Daí em diante, diminuíram as oportunidades de encontro. Continuamos nos cumprimentando no elevador enquanto morei lá, mas nunca mais tocamos no assunto.
Ramon não quis chupar meus pés, mas, cerca de um ano antes, Heleno não perdeu tempo. Morava a umas três quadras. Era tarado por Havaianas, e eu levei as minhas prontamente para bater com elas em sua bunda e fazê-lo passar a língua entre os dedos e a superfície de borracha.
Dei o que ele gostava, mas não um parceiro muito interessante. Ainda mais, ficou me chamando por SMS para novas aventuras em horários inconvenientes, e acabei cortando o contato.
Cristiano, que eu conhecera antes de Ramon, era outro aventureiro fissurado em pés. Jovem, bonito, ninguém desconfiaria, provavelmente comprometido com uma respeitável senhora.
Marcamos na esquina perto de casa, de dia mesmo, e ele passaria de carro para me pegar. Pensei que fosse outro enrolador da internet, mas deu certo. Já no carro, mostrei o que lhe esperava: tirei os tênis e descansei os pés no painel. Isso em plena luz do dia! Em cada sinal que parávamos, ele dava um jeito de passar a mão direita nos meus pés. Cristiano estava visivelmente excitado, e me dava um tesão enorme saber o que ele gostava.
Em quinze minutos estávamos num hotel simples, onde ele pôde dar um trato completo nos meus pezões e mais alguma coisa.
Por coincidência, nesse mesmo hotel agarrei e fui agarrado pela primeira vez pelo Jackson, um típico profissional urbano solteiro, cerca de 45 anos, passivo devotado.
Marcamos num parque próximo (na confiança mesmo, pois acho que nem trocamos fotos) e partimos para o hotel onde eu pisei muito na cara dele.
Depois nos reencontramos na internet e Jackson me recebeu no apartamento dele, que também não era longe.
Em outro apartamento, minúsculo, da região morava Nonato, um magro bronzeado de caralho enorme que me recebeu para uns sarros inesquecíveis; pena que foi só daquela vez.
Ricardo também foi marcante; gordinho, morador de um prédio antigo do bairro, me proporcionou uma longa sessão de sexo kinky em sua cama enorme.
Fora esses lances individuais, fui à casa de um casal de dois homens numa rua de ladeira a dez minutos de caminhada, onde meu pau foi disputado e meus pés fizeram a delícia dos dois.
Um pouco mais para as bandas do Centro, num domingo à tarde, marquei encontro com dois amigos altos e fortes para tudo que rolasse entre quatro paredes.
Fomos para um hotel (não aquele das outras vezes). Coincidência: descobri que era o mesmo quarto para onde eu já tinha levado uma mulher anos antes.
A duas quadras desse hotel ficava o escritório de um coroa loucaço a fim de gang bang. Pela internet, deixamos claro qual seria: ele estava marcando comigo e com outros dois garotões. O coroa queria ser o centro das atenções com sua bunda pequena e frenética.
Terminamos o serviço, fizemos uma higiene básica, vestimos as roupas e deixamos o coroa lá. Chatinho foi descer o elevador com os dois garotões, mais jovens do que eu, corpos legais, não exatamente bonitos, em silêncio como se nada tivesse acontecido.
Queria eu ser teu vizinho!