Pagando por Cumplicidade e Silêncio

Observação: esse conto é anterior ao “Minha Lua de Mel com Papai”. Desculpe minha falha!

Quinta-feira, véspera do feriado da Proclamação da República. Durante o almoço pensava num jeito de driblar a mamãe para poder dormir fora, pois não iria de carro para Ribeirão Preto, conforme a mentira contada por mim. Na verdade, pegaria um voo para Salvador às cinco da manhã em Cumbica. Porém, a mamãe insistiu em deixar-me na casa da minha suposta amiga na manhã do feriado.
Nos minutos seguintes, empenhei-me em bolar algum artifício para sair horas antes dela retornar para casa.

Liguei para minha mãe no fim da tarde, ainda em seu horário de trabalho, falei sobre uma mudança de planos dos familiares da amiga; eles anteciparam a viagem e me pegariam em casa em quinze minutos. A dona Helena não gostou nadinha dessa mudança, ouvi um monte de recomendações antes de desligar.
Livrei-me dela, mas não poderia dormir na casa de alguma das minhas amigas, ou minha mãe acabaria sabendo. Restou-me aceitar o convite do Dr. Osvaldo, havia explicado para ele o meu plano, com a intenção do meu cúmplice deixar sua amiga ciente, caso a mamãe ligasse para ela.
O homem elogiou minha estratégia, mas zoou dizendo:
— Pretendo morrer seu amigo, você não é fácil, garota. Hahaha!
Estava dando muito trabalho para o Dr. Osvaldo, mas o quarentão parecia estar adorando a situação, adorando até demais.
— Darei mais um perdido na Adriana essa noite para poder ficar com você, minha linda.
— Mas nós só vamos dormir, viu? Preciso acordar de madrugada para pegar o voo.

Fui da minha casa para o shopping e fiquei esperando o doutor encerrar seu trabalho e vir me pegar.
Aguardei mais de uma hora. De lá, fomos direto para sua residência.
Não seria possível pernoitar na casa do Dr. Osvaldo sem pagar um pedágio, percebi no trajeto de carro e após adentrar a residência. O homem é eficiente na matéria do assédio. Cedi logo e começamos a perversão após ele sair do banho. Demos beijos e amassos e atendi seu pedido chupando seu pau. Na verdade, eu o devorei… Até receber seu leite na minha boca.
Nos minutos seguintes ele retribui me fazendo dar gritinhos de prazer ao enlouquecer enquanto o quarentão fazia uma brincadeira deliciosa com língua e dedos na minha periquita.
Iniciamos as preliminares assim, e a noite mal tinha começado
Meu parceiro deslizou o corpo sobre mim e nos pegamos em um papai e mamãe. Ele disse curtir, eu respondi amar a posição. Sentir o peso do corpo de um homem sobre o meu, reduzindo minhas chances de fuga, é tão bom quanto sentir o beijo na boca na hora da consumação do ato, torna grandão meu prazer. Mas ter cruzado minhas pernas sobre o corpo másculo, o prendendo e mexendo em compasso na hora em que a magia eclodiu, foi impagável. Quando a química acontece a foda fica gostosa demais.

Após nossa pegação, permaneci nua e esparramada na cama do homem. Não foi essa a melhor transa da minha vidinha curta, mas gozei muito curtindo cada momento da pegada do doutor. Faltou apenas uma pitada de adrenalina para apimentar o instante.

O doutor tomou outra ducha rápida e se aprontou para sair.
— Você trabalha noite e dia?
— Às vezes sim. Vou numa reunião sobre bens herdados de uma família. Meus clientes só tinham este horário.
— Tá bom, eu te libero, mas volte antes das quatro da manhã, tenho um voo a fazer! — falei fingindo ser a patroa. Gargalhamos juntos.
— Tô com fome, tem comida aí?
— Pede uma pizza — falou ao colocar $50 sobre a cama.
O doutor saiu após deixar o ímã de geladeira com o fone da pizzaria sobre o dinheiro.
Fiz o pedido e liguei a TV enquanto aguardava.

A campainha tocou vários minutos depois… A pizza, pensei. Ainda estava nua na cama, minha roupa jogada em algum canto. Foi mais fácil pegar a camisa social usada anteriormente pelo homem. Vesti rapidão e fui atender o entregador.
Puta que pariu! Não era o entregador, era o Moacir, irmão da Adriana (namorada do doutor).
Foi impossível disfarçar o constrangimento causado pelo encontro inesperado, ele deve ter se divertido com minha cara abobalhada e de espanto. Sentamos no sofá para conversarmos sobre o assunto. O Moacir não confirmou, mas eu deduzi, ele veio com a intenção de sondar se o cunhado estava com outra mulher. Evidente que foi a mando da irmã, pois o homem deu alguns bolos nela nos últimos dias.

O traste não perdeu a oportunidade, fui chantageada veladamente e obrigada a fazer promessas, as quais provavelmente cumpriria, mesmo a contragosto, ou ia dar ruim.
Que porra! Essa viagem está me saindo muito cara, pensei.
Em troca do seu silêncio aceitei ter um encontro com o cara na primeira oportunidade após meu retorno.
Caminhei rumo à porta o dispensando:
— Agora vai, por favor! A gente marca quando eu voltar de viagem.
Ouvi novamente o som da campainha — espero que dessa vez seja a minha pizza — murmurei com medo de uma nova surpresa desagradável.
Bateu um alívio ao ver o motoboy. Fui até o portão.
Apesar do olhar especulativo do entregador, tanto para mim quanto para o Moacir, com no mínimo o dobro da minha idade, só precisei dar três reais de caixinha e vê-lo partir. Não seria vítima de mais um chantagista me obrigando a abrir as pernas em troca de silêncio.
Perguntei para o Moacir, ainda ao meu lado quando o motoboy se foi:
— Você viu o olhar tarado do cara?
— Eu consigo entender, quando você passou pela porta, a luz por trás desenhou com perfeição a silhueta do seu corpo. Deu para perceber que está nua por baixo dessa camisa branca.
— Vocês homens não perdem uma oportunidade, né?
— Só quando vale a pena. Também amei essa visão tão sensual quando cheguei. Você é um tesão e tanto, Nicole, olhe o que faz comigo.
O safado baixou o olhar para sua região genital. O volume sob suas calças denunciaram um membro rígido.
Fiz uma carinha de safada ao soltar um “Uau!”. Foi só para zoar. Dei tchau e disse para ele ir, já era tarde e eu precisaria acordar de madrugada. Entrei caminhando devagar, carregando a pizza e sendo provavelmente observada.
Parei no vão da porta, virei o corpo devagarinho enquanto era iluminada pela luz vinda do interior da sala, e joguei um beijo maroto para o homem ainda parado no portão. Fechei e tranquei a porta.

Peguei mais uma taça de vinho para aliviar a tensão, e devorei alguns pedaços de pizza.

Por ora, é isso, beijos!

Foto 1 do Conto erotico: Pagando por Cumplicidade e Silêncio

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Ficha do conto

Foto Perfil kmilinha
kmilinhaeseudiario

Nome do conto:
Pagando por Cumplicidade e Silêncio

Codigo do conto:
210833

Categoria:
Coroas

Data da Publicação:
12/02/2024

Quant.de Votos:
4

Quant.de Fotos:
2