Foi na porta de entrada de sua casa que eu estava, olhando-a, nua, ela me olhando igualmente, sem constrangimento...
Era manhã e eu já rodava de bicicleta pelas estradas em busca de plantas, insetos, animais... sou biólogo e, embora não exerça minha profissão em algum laboratório de alguma empresa, sou um profissional da área, posso dizer que sou pesquisador independente.
Em minhas andanças, e por ser professor de pequena vila na beira-mar por diversos anos, posso dizer que conheço muita gente mesmo, uma boa parte de meus alunos vive nas pequenas propriedades, espalhados pelo campo (diria melhor “pela floresta”), de forma que, mesmo fora de casa, nunca estou exatamente sozinho, onde paro é como se fosse minha casa, os moradores são muito amistosos, fazem questão de me convidar a tomar café (coisa de que não gosto, por isso me oferecem chá), lanchar, almoçar, até mesmo dormir por ali mesmo, passar dias por ali com eles.
Eu conheci uma senhora que vivia nas proximidades de onde eu estava, mas nunca tinha ido à sua casa, ela trabalhava sempre no povoado deixava as filhas em casa, duas garotas que eu nem sequer conhecia, apenas sabia que existiam. Pois bem, eu estava ficando com sede, seguia por uma picada na mata, quando o sol surgiu e avistei o telhado de uma cabana perdida por entre as ramagens, valia a pena ir até lá e pedir água para beber e foi o que fiz. A casa era comprida, tinha um corredor em formato de “L” que ligava a sala aos cômodos do lado traseiro, tais como dois quartos, cozinha e banheiro. A porta aberta me permitia ver o tal corredor. O piso da casa era de madeira, bem como as suas paredes. Pois bem, ao me aproximar, tive uma visão muito interessante: vindo do fundo do corredor avistei uma bela moça, jovem, pele clara, cabe-los longos e ondulados, olhos de uma coloração entre o castanho e o mel mais claro. Secava os cabelos e tinha a cabeça abaixada, motivo pelo qual não tinha notado minha presença. Ao chegar à sala foi que ergueu a cabeça, jogando os cabelos com rapidez para trás. Foi quando me percebeu. Ficou me olhando com seriedade e curiosidade, não com receio, com temor, nada, apenas curiosidade. Alguns segundos depois, dirigiu-se à minha direita e desapareceu.
O curioso disso tudo foi que ela estava completamente nua, tinha se banhado e seguia ao seu quarto para vestir-se. E foi vestida que tornou a surgir na porta da casa e me cumprimentou, sem espanto, sem constrangimento... eu, sim, estava admirado, constrangido e abobado com sua beleza! Foi daí que percebi a cor de seus olhos, que contei anteriormente, lindos e encantadores, sua boca pequena. Ela tinha um riso fácil e singelo, embora contido; me reconheceu, então, e ficamos a prosear, como se nada tivesse acontecido. Fiquei sabendo que se encontrava sozinha naquele dia, a mãe e a irmã estavam no povoado. Quis saber o que eu fazia ali naquela hora tão cedo e expliquei que pesquisava algumas plantas do lugar, foi quando ela se animou:
- Olha, professor, se quiser, eu levo o senhor a um lugar aqui pertinho onde vai ficar encantado! Tem muitas orquídeas e algumas estão floridas, cogumelos bem coloridos, o senhor vai amar!
Pois fomos mesmo lá. Havia um rio, uma clareira e uma espécie de praia curta na beira do rio. Muitas plantas, flores, animais demais... e ela, minha guia. Mostrou-me cada coisa ali como se fosse um tesouro, tinha muito carinho por tudo aquilo.
- Nossa, como está calor aqui – eu comentei. Ela prontamente disse que iria tomar banho e simplesmente começou a tirar a roupa. Eu já tinha visto seu corpo nu em sua casa, mas fiquei mais uma vez extasiado em ver sua beleza ali no meio da mata, tão à vontade, tão natural, como se fosse uma das ninfas do rio. E me incentivou:
- Pode tirar a roupa, tomar banho sem nada é muito melhor, bobinho!
Claro que aceitei o convite e fui nadar com ela. “Você vai me estudar também?”, perguntou pra mim. Sorriu e nadou pra longe. Segui-a, quando ela mergulhou e desapareceu. Tornou à tona bem atrás de mim e me abraçou por trás. “Você tem o corpo quente mesmo, precisava se banhar mais eu no rio...”. Eu me virei e ela fugiu mais uma vez, mergulhando. Mergulhei igualmente e encontrei-a nas águas, eu era pouco mais rápido que ela e segurei seu pé. Voltamos à tona agarrados, os corpos nus, automaticamente a gente se beijou. Foi um lance demorado, um beijo de tesão mesmo, ela se entregando todinha e eu desejando-a bastante.
No momento seguinte, a gente estava na areia da pequena praia, nos agarrando, as mãos percorrendo os corpos, ela deliciosa e linda, pele clara contra o verde da mata, belo contraste. Eu só pensava em dar prazer e carinho à princesa das ninfas naquele rio no meio da mata, carinhosa, calma, sonhadora, acariciando meu corpo.
- Você é mais bonito aqui do que na sala de aula. - Fiquei admirado, não lembrava daquela garota, para mim era a primeira vez que a via. – Não se preocupe, não sou sua aluna, nunca fui, é que já conheço você daqui da mata mesmo, vejo você muitas vezes saindo de bicicleta ou a pé por aí, todo gostoso, solitário, eu sempre tive muito interesse em você, cara misterioso, calado, poucos amigos... eu sei... os professores dizem que cada aluno é um amigo, mas estou falando de amigo mesmo, mais chegado, você tem ninguém e sempre quis me aproximar de você, dar carinho..., como estou fazendo hoje...
Realmente, ela era muito carinhosa, me acariciou todo o corpo, como se aquilo fosse a coisa mais importante do dia, era muito gostoso tudo o que ela fazia e meu tesão estava muito alto, eu queria deitar aquela deliciosa deusa do prazer e fazê-la delirar.