Meu amigo Edgar – que trabalha comigo na administradora – fez 46 anos na sexta-feira e convidou todo o pessoal do escritório para uma reunião em sua casa no dia seguinte (sábado) no final da tarde. Ele disse que não era festa, apenas comprou algumas cervejas, assaria uns espetinhos e faria caipirinha pra nós. Eu iria com certeza.
Cheguei a casa dele às 18h daquele sábado, toquei a campainha e ele apareceu no corredor falando para eu entrar que o portão estava aberto. O rock rolava solto no aparelho de som enquanto ele preparava um molho vinagrete.
— Eu pensei que estava atrasada! Cadê o pessoal?
— Eles devem estar chegando! Quer um pouco de caipirinha? Acabei de fazer!
Eu aceitei a bebida e me ofereci pra ajudar.
Já anoitecia quando terminamos de fazer o vinagrete, secamos o copo de caipirinha e nada do pessoal chegar. Ele cortava o limão pra fazer outro copão de batida, pediu para eu atender o telefone que começara a tocar... Era a Luana (sua irmã), disse que eles não viriam, pois a filha Clarinha estava gripada e com febre. Passei o fone para o Edgar, ele ficou bem chateado após desligar e desabafou:
— Não é a primeira vez que fazem isso, eles sempre arrumam uma desculpa para não virem aqui!
Ele já tinha falado que só convidou a gente lá do escritório, não viria mais ninguém. Fiquei com dó dele, mas não demonstrei, tentei animá-lo:
— Vamos fazer a festa nós dois, não vai faltar comida, bebida e rock’n roll! Bora acender a churrasqueira? Eu tô com fome!
Ele sorriu e pareceu mais animado, e fomos pra área dos fundos por fogo no carvão.
Após muito rock e bebida, eu e o Edgar estávamos bem alegres, em certo momento ele foi até seu quarto e, ao voltar, não aguentei e tive que rir, ele vestia um conjunto bem justo, calça e colete de couro negro, trazia nas mãos um corpete e uma micro saia também negros, disse que era para animar nossa festinha, pediu para eu vestir aquilo.
Eu adoro uma farra, não achei ridículo, na verdade curti muito. Peguei as roupas e fui trocar-me em seu quarto, tirei minha roupa ficando somente com a calcinha e vesti aquele traje. Meu amigo adorou quando voltei para o quintal dançando e me insinuando com aquela sainha e os seios salientes no bojo do corpete. Infelizmente notei que meu amigo havia passado do ponto, e parecia não ser apenas por bebida, tentei continuar com o clima de diversão, nossa dança agora ficou cheia de contatos de mão e corpos colados, ainda curtia aquele momento, a música, nossas roupas, todavia ele rapidamente foi se transformando em um novo cara, bem cafajeste – este Edgar ainda não conhecia – Procurei entrar no jogo, apesar de suas atitudes brutas, apeguei-me na lembrança de sua pegada gostosa na festa de bodas. Eu ainda o curtia e deixava rolar, suas mãos sabem onde acariciar meu corpo e sua boca safada procurou a minha, durante o beijo ele forçou o corpete pra baixo deixando meus seios expostos, os mesmos foram acariciados e em seguida amassados de uma forma dolorida, senti um desconforto com o modo que ele agora explorava meu corpo, as mordiscadas em meus mamilos viraram mordidas. Pedi pra ser mais carinhoso, pois estava me machucando e deixando marcas em meu corpo. Com cara de sádico pegou-me no colo indo em direção ao seu quarto, um misto de tesão e de vontade de fugir tomou conta de mim. Jogou-me na cama e não perdeu tempo, foi com as mãos em minha calcinha.
— Para Edgar, assim eu não curto!
Ele parecia alucinado e não ouvia meus protestos, rasgou um lado de minha calcinha enquanto eu persisti na minha recusa e socou o dedo em minha fendinha, novamente estava me machucando e falava um monte de barbaridades, nunca imaginei que ele fosse tão bruto e vulgar como estava sendo hoje. Seu corpo pesado deitado sobre o meu, manteve-me presa com a ajuda de uma das mãos, enquanto a outra tirava seu membro pra fora e tentava me penetrar. Curto demais adrenalina, porém não curti nada daquilo, só queria uma chance pra sair fora, ele segurou em meu pescoço fazendo ameaças e seu membro com dificuldade penetrou em minha boceta, fingi relaxar e curtir, isto o fez aliviar a pressão enquanto forçava meu sexo com estocadas, tateei com a mão no criado mudo, derrubei algumas coisas menores, mas segurei algo que parecia um cinzeiro – e era pesado – pesado o suficiente para o que eu queria. Segurando firme aquela peça, o acertei com uma pancada do lado da cabeça, ele sentiu o golpe e tombou ao meu lado, sai o mais rapidamente que pude da cama, ele tentou segurar meu tornozelo, mas estava grogue com a pancada, bebida e sabe-se lá o que mais. Consegui fugir dele, peguei a chave que estava pelo lado de dentro da porta e o tranquei no quarto. Ouvia sua voz empastada e cheia de ofensas, ele batia forte na porta tentando derrubá-la. Peguei minha bolsa e celular na sala e sai fora... “Aff, que merda! Não posso ir pra casa com esta roupa!” Pensei.
De Piriguete na calçada:
Sai pelo portão e parei na porta da garagem, tirei e joguei fora o que restou de minha calcinha rasgada que estava descendo por minha perna. Um carro parou em baixo, bem na rampa de entrada, a porta do lado do motorista se abriu e alguém veio em minha direção. Era um vizinho do Edgar que mora em uma casa um pouco abaixo, ele é cliente da administradora. Fiquei sem saber o que fazer ou dizer. Quando ele me viu, estancou sem palavras. Acredito que nem em seus fetiches, ele imaginaria ver-me vestida desse jeito, fiquei constrangida, afinal, não era uma roupa para usar em público, todavia, ele era minha única ajuda no momento, sorri para ele e perguntei-lhe se poderia ajudar-me. Respondeu com um grande sorriso olhando para mim e perguntou como poderia ser útil. Antes que eu disse-se algo, ele elogiou minha roupa e disse que lamentava que sua mulher não tivesse um 'look' assim tão sensual. Agradeci-lhe o elogio, mas expliquei que eu tinha que ir pra casa imediatamente. Ele permaneceu em silêncio por um momento, continuando a devorar-me com os olhos. Novamente fiquei sem graça, percebi que da posição que ele estava, tinha uma boa visão de minhas partes íntimas.
— Por favor, você pode me dar uma carona até minha casa? Falei quase implorando.
— Estou procurando meu cão que deu uma fugidinha, mas tudo bem, o malandro voltará sozinho quando estiver com fome!
Ele me daria a carona, falou pra eu entrar no carro. Entrei, fechei a porta e desci o vidro ao ver ele se aproximar da porta, perguntou sobre o Edgar.
Falei que ele bebeu demais, se trancou no quarto e dormiu, e que minhas roupas ficaram presas lá dentro. Ele permanecia em pé na minha frente, eu só via sua braguilha, não conseguia ver seu rosto, mas eu sabia que ele me olhava. A sua calça começou a inchar. Meus seios, apertados no corpete, praticamente transbordavam pelo decote, meus mamilos estavam duros e visíveis. Coloquei minha cabeça para fora e ele apenas deu um passo para trás. Quase enfiei a cara direto contra sua virilha. Falei que realmente tinha que ir, ele se desculpou e apressadamente entrou no seu veículo. Levou-me até minha casa, administrei suas cantadas e indiretas durante o trajeto. Quando desci do carro, estava convencida de que ele iria se masturbar. Agora era arrumar uma boa desculpa e encarar meus avós com esta roupinha de biscate. Quanto ao Edgar... Segunda-feira será dia de uma conversa muito difícil!
Beijos amigos, até a próxima!