Cheguei à cidade em um fim de tarde chuvoso, e a atmosfera de Buenos Aires só deixava tudo mais excitante. As ruas de paralelepípedo molhadas refletiam as luzes amareladas dos postes, e o cheiro de café e tango pairava no ar. Juliana me encontrou em um bar discreto em Palermo Soho, um lugar pequeno, aconchegante, com uma iluminação baixa e um jazz argentino tocando ao fundo. Quando ela entrou, vestindo um vestido vermelho justo que moldava seu corpo pequeno e malhado perfeitamente, senti um arrepio percorrer minha espinha. Aquela mulher não precisava de muito para me excitar.
Ela se aproximou com um sorriso provocante e me abraçou forte, demorando um pouco mais do que o necessário. O que era compreensível, visto o tempo que não nos via pela distância que nos separava, ela na Argentina e eu em São Paulo depois dos rumos que a vida nos levou. Seu perfume misturava-se ao aroma amadeirado do bar, e minha vontade de beijá-la ali mesmo quase me fez esquecer o ambiente ao nosso redor. Mas ficamos só no selinho.
— Que bom que você veio — sussurrou em meu ouvido, sua voz carregada de desejo.
Sentamos em um canto mais reservado, onde as luzes eram ainda mais suaves. Juliana pediu vinho, mas fiquei somente com um suco natural. O vinho sempre a fazia se soltar, como se comigo ela precisasse de algo para isso. O bar estava quente, mas não mais do que a temperatura do nosso reencontro. Ela cruzava as pernas devagar, deixando a fenda do vestido revelar um pedaço tentador de sua pele. Sua língua umedecia os lábios a cada gole, e suas mãos brincavam distraidamente com a haste da taça, quase simulando o que ela queria estar fazendo por debaixo daquele vestido, mas o lugar não era apropriado.
— Senti sua falta — falei, deslizando minha mão por sua coxa quase nua sob a mesa.
— Sei que sim. Eu também senti a sua… de várias formas — respondeu, mordendo o lábio e pressionando suas mãos contra a minha que estava em sua perna.
O clima esquentou rápido. A conversa virou um jogo de provocações, olhares intensos e promessas silenciosas. A chuva lá fora batia nas janelas, chuva fina, mas que escorria como um quadro iluminado no vidro lateral, e o ambiente só fazia nosso desejo crescer. Quando os toques furtivos já não eram suficientes, ela segurou minha mão e me puxou para fora do bar. Caminhamos pela rua molhada, sentindo a brisa noturna em nossas peles aquecidas.
Pegamos um táxi para o seu apartamento. O elevador parecia pequeno demais para conter a tensão entre nós. Entramos em seu apartamento e ela me mostrou rapidamente um pouco da sala e cozinha e seu cachorrinho preto Messi. Sentei no sofá e enquanto brincava com aquele cachorro alegre ao ver sua dona chegar, pedi um pouco de água e uma toalha para secar o cabelo que começava a pingar um pouco, da chuva irrelevante, mas que acumulada escorria pelo cabelo naquele momento. Ela vai ao quarto, jogando o salto pelo corredor e voltando com duas toalhas, uma para cada. Sentou-se ao meu lado.
— O que achou do meu cantinho?
— Estou orgulhoso de você!
— Obrigado. Não está fácil, mas com você aqui, minhas energias até se renovaram.
Um pouco mais de conversa e nós já estávamos nos beijando novamente, no que levantei para tirar a blusa que vestia, ela também se levantou e o beijo continuava. Fomos nos despindo pelo caminho até o quarto, onde ela me empurrou na cama e subiu sobre mim, suas coxas pressionando minha cintura, a luz da cidade entrava pela janela, iluminando somente partes do seu corpo nu, criando um jogo de sombras que a deixava ainda mais irresistível. Sua pele estava quente e arrepiada, seus seios pequenos, mas firmes, roçando contra o meu peito enquanto ela rebolava lentamente sobre meu pau, ainda coberto pela cueca.
Juliana deslizou para baixo, beijando meu pescoço, meu peito, até alcançar a linha do meu abdômen. Seus dedos puxaram a cueca para baixo, libertando meu pau duro e pulsante. Ela o segurou firme, passou a língua devagar da base até a ponta, mantendo o olhar fixo no meu. Meu corpo se contraiu com o arrepio. Então, sem aviso, ela engoliu tudo de uma vez, sua boca quente e molhada me levando ao delírio. O som da chuva misturava-se ao som de sua boca me chupando, alternando entre lambidas lentas e sugadas intensas.
Segurei seu cabelo, guiando seus movimentos, enquanto ela me devorava com vontade. Quando senti que não aguentaria mais, a puxei para cima e a virei de bruços, deslizando minhas mãos por suas costas e apertando sua bunda com força. Passei minha língua por sua nuca, descendo até sua lombar, sentindo seu corpo se arrepiar. Minha boca encontrou sua buceta molhada, quente e faminta. Comecei a lambê-la devagar, sugando o clitóris entre os lábios, ouvindo seus gemidos abafados contra o travesseiro.
— Ai… não para… — ela gemeu, rebolando contra minha boca e sua bunda completamente empinada em meu rosto.
Minhas mãos seguravam suas coxas, impedindo que ela se afastasse. Meus dedos deslizaram para dentro dela, explorando cada centímetro enquanto minha língua a levava ao limite. Seu corpo tremia, sua respiração era entrecortada. Então, de repente, ela se contraiu e gemeu alto, gozando intensamente, seus sucos escorrendo em minha língua.
Quando ela se virou, seu rosto estava corado, os olhos brilhando de excitação. Me puxou para cima da cama, saltando sobre meu quadril e sem pensar muito, enfiou minha rola dentro dela com rapidez, me envolvendo em seu calor pulsante. Ela começou a cavalgar com força, suas unhas cravando em meu peito. Suas coxas apertavam minha cintura, e eu não consegui mais segurar. O prazer explodiu dentro de mim enquanto ela desabava sobre meu peito, nossos corpos suados e satisfeitos.
Ficamos ali por um tempo, sentindo nossas respirações voltarem ao normal, ouvindo a chuva bater contra a janela. Juliana traçava círculos na minha pele com os dedos, sorrindo satisfeita.
— Então… quando você vem me visitar de novo? — perguntou, mordendo meu ombro de leve.
Sorri, puxando-a para um beijo lento.
— Talvez eu nunca vá embora.
Dormimos um sono gostoso, e acordamos pela manhã para transar mais uma vez. Dessa vez com mais calma, sem toda a urgência que tínhamos na noite anterior.