Querido diário,
Após alguns dias sem escrever, devido à falta de tempo, a faculdade, além do medo de ser flagrada falando sobre a minha outra vida, estou de volta. Mas um pouco desanimada! A causa disso, diário? Meu primeiro gringo, e a experiência não foi nada agradável.
Marcamos ontem à tarde o programa, era um mexicano de baixa estatura, um homem idoso, mal-educado e grosso. Ficou nervosinho, porque seu tempo acabou e não gozou, além do desrespeito comigo e tudo o que havíamos combinado.
Diário, vou direito ao assunto, não estou com paciência para detalhes, alguém pode entrar no quarto e me flagrar, preciso de um computador só para mim, cautela sempre.
Depois de me preparar meticulosamente, vestir uma roupa sedutora e ficar um tempão maquiando. Saí do apartamento da Jujú. Peguei um táxi na frente do prédio e fui direto encontrar o mexicano no Hotel Cardoso. Ah, seu nome era: Alonzo.
Diário, nessa última semana, não tenho dado sorte com clientes. Será um sinal? Para que eu abandone essa vida? Apesar de todas as minhas inseguranças e medo, tomara que eu esteja no caminho certo para tomar o controle da minha vida e me tornar financeiramente independente. Parece pesadelo, essa escolha de ter virado puta. Se tivesse um pai, ou alguém que me auxiliasse nessa trajetória, não estaria deitando com homens estranhos para ganhar a vida.
Tenho que colocar essa merda na cabeça: Fernanda, você depende deles, dos clientes, dos cachês, tem que pagar as mensalidades atrasadas da faculdade, e o dinheiro emprestado com as meninas. Estou chateada, mas vai passar. Não devo reclamar: faturo em média quatrocentos reais diários. Ganho, muito, muito mais que a minha mãe no supermercado.
Todos os dias, venho aprendendo a ser mais ousada e destemida, sempre em busca de novas experiências. Trabalhar como acompanhante de luxo, não está sendo fácil, é quase um pesadelo diário, mas o dinheiro que faturo, não me faz desistir, bola para frente, Fernanda...
Ao chegar no saguão do hotel, ele me reconheceu, porque falei a ele com qual roupa iria. Ele estava sentado no sofá do hotel apreciando um bom uísque gelado. Alonzo era baixinho, não mais que 1,60 centímetros, seus olhos eram verdes escuros, biótipo magro, trajava terno, calça, sapatos sofisticados, além do relógio de grife no pulso esquerdo.
O homem não foi sutil na minha chegada, diário, quando apresentei a ele, mal falou comigo. Alonzo tinha um jeito seco, rude, fora o sotaque espanhol que não dava para entender muita coisa. Será que os mexicanos homens são todos assim? Ele tinha dentes amarelados! O que não foi nada agradável olhá-los. Se não fosse pelas dívidas, teria virado de costas e ido embora mesmo tomando prejuízo.
Ao encarar aquele homem estranho, decidi ser profissional e encarar a situação. Pelo menos ele gostou de mim e da roupa que vestia. Era um vestido justo, curto, da cor preta e par de saltos altos. Os adquiri (comprei) na semana passada! O vestido exibia minhas pernas e parte das minhas coxas.
Após uma rápida conversa, resolvemos subir acompanhados pelo som dos meus sapatos riscando o chão do saguão. Subimos sozinhos até décimo andar, no elevador, ele passou as mãos na minha bunda, seios e quadris, falou umas coisas que não dava para entender. Respondia a ele apenas, sim, sim, sim, rs...
— Olhando para aquele cenário, tive o ingrediente perfeito para quebrar a barreira da rudeza do mexicano e explorar seus desejos.
Assim que chegamos no quarto, e que quarto, diário. Cama grande, sofá de quatro lugares. A decoração era linda! Pedi licença a ele e fui ao banheiro. Lá, olhei-me no espelho, arrumei os cabelos. Em seguida tirei o vestido, mas fiquei com os sapatos. Escovei os dentes. Retoquei a maquiagem e apliquei batom. Antes que eu esqueça: o dinheiro do programa estava em um envelope branco sob a pia, eram dólares, trezentos dólares. A gente havia combinado 250 dólares! Que legal, àquilo me deixou animada, diário, peguei a grana e coloquei na bolsa.
Evitei em demorar no banheiro. Saí vestida de lingerie e sapatos. Alonzo estava de costas para mim, ele preparava duas doses de tequila com limão. Quando o mexicano me viu trajada sensualmente, sorriu rapidamente, em seguida deu a mim um dos copos. Primeira vez que tomei tequila, tem gosto forte. Dei duas bebericadas olhando-o. Tirando o copo dos lábios, deixei o copo sob a mesinha, ao lado do abajur!
— Então, decidi começar o show!
Sugeri ao cliente que sentasse na poltrona. Alonzo sentou segurando o copo. Ousada, sentei em seu colo de lado pegando o copo das mãos dele, beberiquei um pouco da sua tequila, mas não engoli, aproximei minha boca da dele e passei para a boca dele. Ele gostou trocamos muitos beijos. Não demorou tanto tempo para eu sentir o pau do Alonzo endurecer na minha bunda. Rebolei para provocá-lo! Daí lembrava dos seus dentes amarelados, fiquei com nojo de repetir a ação de jogar bebida na boca dele. Para não olhar seus dentes, virei de costas, continuei esfregando a bunda nele mais explicitamente. Ele tocou em mim toda! Alonzo; falava algumas coisas em espanhol que não dava para entender. Ele me chamada de: “Muchacha hermosa”. Isso, eu não vou esquecer, rs.
— Não havia espaço para erros naquele atendimento. Fui audaciosa em minhas ações, o cliente não ficou para trás. Ele me envolveu em um jogo de sedução e desejo, explorando meu corpo com vigor e paixão.
A cama espaçosa se tornou o palco perfeito para as sacanagens que a mente humana podia imaginar. Evitava-o de olhar, devido aos dentes amarelos. Fui despindo suas roupas com calma, quando tirei sua camisa, o cliente possuía tatuagens estranhas: cobras, águias e escorpiões. Não sei, mas aposto e acho que o mexicano era um traficante e já foi preso...
Mesmo assim continuei não podia parar. A putaria avançava, o cliente rude se transformou em um amante ardente. Por ter recebido trezentos dólares! Estava determinada em satisfazer cada desejo dele, utilizando-se das minhas habilidades e sensualidade, para lhe proporcionar uma experiência intensa e prazerosa.
Quando tirei suas calças, chupei seu pênis, mas adianto, diário, que não foi agradável, o pênis cheirava a urina, pedi que lavasse, ele não quis lavar, então tirei um preservativo da minha bolsa e quando seu pau ficou endurecido devido minhas masturbações, coloquei o preservativo no seu “menino” e chupá-lo. A minha sorte que durou pouco tempo, nem dois minutos de boquete e ele já quis me chupar.
Começou a tirar meus sapatos, beijou meus pés e foi subindo, quando tirou minha calcinha, “caiu” de boca na minha “menininha”, e ficou lá um tempão lambiscando ela. Chupou, meteu a língua, brincou no meu clitóris. — Não vou mentir; senti até um certo tesão!
— No oral dele, ele dizia para mim: “Humm, coño caliente. ”
Não precisei pedir pelo preservativo, ele mesmo o colocou no seu “menino”. E na primeira posição, mandou ficar de quatro. O obedeci. Fiquei de quatro com os joelhos bem separados do outro, com o bumbum arrebitado! Ele brincou um pouquinho, abriu minhas nádegas com os dedos das duas mãos, cheirou meu ânus e a vagina, as dedilhou, lambeu três vezes meu ânus e pôr último cuspiu. Ali, eu sabia onde começaria.
Alonzo posicionou atrás de mim, tomei um sustinho quando a cabeça do pênis entrou no meu ânus, mas seu pênis não estava duro o suficiente. Ele tirou, começou a batê-lo na minha bunda. Fiquei paradinha, nem olhava para, olhava para frente aguardando ser penetrada. Aí, Alonzo, começou a se masturbar, ainda estou com o som da borracha do preservativo na mente com ele não masturbação. Seu pênis deu uma falhada monstra, diário, rs, rs, rs...!
Mas, para o meu azar, o pau do gringo endureceu, porém, o mexicano penetrou na minha “menina”. Metia com força. Metia com volúpia, dando tapas na minha bunda e quadris. Ele deixou minha pele marcada, avermelhada. Não reclamei! Entre sussurros e gemidos, pude experimentar um homem excelente sexualmente falando, porém, de um grande mistério!
Alonzo falava pouco, mas o pouco que falou, quase não dava para entender. Ele me chamava de: “Señorita Lara”. E antes que eu esqueça, o pênis do mexicano era (pequenino e tortinho para a direita), com a glande rosadinha e pequena. O famoso (vara-curta), rs.
Me fodeu alguns minutos, daí trocamos de posição, fomos de ladinho, mais alguns minutinhos de foda e beijinhos, enfim, o mexicano gozou e me largou sozinha na cama para descartar o preservativo no banheiro.
Foi tão rápido a transa, fiquei deitada de pernas abertas me masturbando sozinha até gozar. Alonzo demorou para voltar, ficou lá mais de dez minutos. Enquanto não voltava, acendi um cigarro e bebi uísque com gelo. Fiquei reparando na decoração da suíte. Sempre faço isso! Peguei o lençol da cama, enrolei no meu corpo, fui até a sacada ver o horizonte da cidade de São Paulo, pensando:
— “QUE CARALHO ESTOU FAZENDO DA MINHA VIDA?
— “DEUS, EU VIREI PUTA? ” — É, diário, essa sou eu!
Quando o Alonzo resolveu do banheiro, fui para urinar, aproveitei e tomei um banho. Quando retornei, ele fumava charuto pelado na sacada. Me ofereceu! Como nunca havia fumado, aceitei passar pela experiência. Alonzo explicou que não podia tragar a fumaça. Gostei da experiência. Tinha sabor de ervas, legal!
Ficamos conversando um tempo sobre alguns assuntos sentados no sofá. Ele perguntou sobre a minha vida. Inventei uma história porque não gosto de falar da minha vida pessoal, ainda mais para estranhos. Perguntei como era morar no México e a profissão dele? Ele foi falando, disse era advogado, o que não me convenceu, e que o tráfico de drogas e dos quartéis domina aquele país. Puta merda...
O papo estava bom, mas faltando vinte minutos para finalizar o encontro, pediu para chupá-lo. O obedeci. O mexicano continuou sentado no sofá, eu me ajoelhei no carpete, comecei a massagear seu pênis, depois brinquei nos testículos, chupei suas bolas, ele gostou, voltei a chupá-lo o pênis antes da penetração!
Desta vez, eu coloquei outro preservativo no seu “menino”, e montei no colo de Alonzo, de frente. Enfim, diário, voltamos a transar e transamos no vaginal nos encarando, apoiando minhas mãos em seus ombros, cavalgando, rebolando gostoso. Toda vez que ele ia me beijar, eu dava os meus seios para ele lamber. O mexicano gostou dos meus seios, os chupou com gosto. Daí do nada resolveu penetrar no meu ânus! Ele gostava de variar entre o sexo convencional, tirando do ânus e colocando na boceta, seu pauzinho não me prejudicou em nada, mal o sentia, rs.
Diário — Por que todo gringo curti uma bunda brasileira?
E assim, um programa que já começou com rudeza, depois, ficou até bom, piorou porque o tempo dele de (uma hora) havia acabado, e ele não havia gozado. O meu relógio de pulso despertou. Avisei a ele duas vezes enquanto transávamos! Mas o mexicano continuou querendo me foder. O final se transformou em um encontro que terminou em discussões.
Emburrei o cara e não o deixei mais me tocar. Ele ameaçou me agredir com socos. Disse que iria chamar a polícia. Ele recuou, ficou com receio! Corri no banheiro, peguei minha bolsa e o vestido, e saí do banheiro. Voltei no quarto, peguei meus sapatos, a calcinha eu esqueci em cima da cama, e ele lá parado com ódio de mim, me xingando em espanhol.
O homem não se aproximou, ficou sentado, bebendo. Ele falou umas coisas em espanhol que não dava para entender, provavelmente me xingando. — Saí do quarto descabelada, carregando meus sapatos e a bolsa nas mãos. Não tomei o elevador! Desci choramingando três andares pela escada de incêndio. Daí parei para me arrumar e não sair do hotel daquele jeito. Diário, nunca mais quero ver a cara daquele fulano!
— Às vezes a audácia pode resultar em momentos difíceis. Não entro mais no Hotel Cardoso, vai que encontro aquele merda de mexicano.
Tinha mais coisas para escrever, mas daqui a pouco a Helen chegará da escola e não quero ser flagrada. Ela é muito curiosa! Tenho que comprar um notebook. Porque compartilhar esse computador com três pessoas, não dá, ainda mais escrevendo esse tipo de coisa...
Querido Diário, obrigada por ser meu confidente nessa jornada. Até outro dia!
Com amor e sem violência,
Fernanda.
Otimo conto, pena que não podemos dizer o mesmo do cliente, espero que depois deste tenha acabado a mare de clientes ruins.
Otimo conto, mas com certeza não deve ter sido uma das melhores experiências.
Fernandinha, ler teus contos é estimulante e pedagógico sob vários aspectos e saiba que ganhou um leitor incondicional! Votado
Desagradável esse gringo...muito arrogante
Ummm gostei votei