Além das Aparências: Encontrando o Próprio Caminho. Capítulo Cinquenta e Dois.

Começando, às 00:08.

Essa semana foi uma correria só. Mal tive tempo de respirar entre a faculdade, clientes e o cansaço. De manhã, preciso estar de pé cedo para meu horário no salão e manicure. Quero me arrumar direitinho antes de ir visitar meus familiares. Sinto muita falta do tempero da comida da minha avó, daquele jeitinho que só ela sabe preparar.

Sabe, diário: às vezes, sinto que preciso desabafar com alguém, estou falando da minha irmã Hellen…, mas tenho medo do julgamento dela, sei lá, carregar esse segredo é pesado demais para mim, e isso me entristece.

Outra “coisa” eu queria falar: tenho refletido sobre algumas coisas, e é difícil admitir, entende? Mas estou viciada em sexo, bebida e maconha… eles preenchem meu tempo diariamente e me auxiliam a me desligar de tudo. Sei o perigo que é entrar em outros vícios, então me seguro para não ir além. É como se uma parte da minha pessoa quisesse mais e outra parte estivesse sempre pisando no freio. Isso é muito doido, diário…

Sobre ontem, sexta-feira, o movimento foi fraquíssimo; meu único cliente do dia foi o Teodoro, nosso primeiro encontro. Ele é um quarentão bonito que marcou ainda na quarta-feira, mas acabou remarcando para o horário de almoço de ontem, às 14h.

Téo, como gostava de ser chamado, tem 43 anos, casado, pai de três filhos e, antes do encontro no hotel, mandou uma foto por e-mail. No retrato, ele aparece com um cavanhaque bem feito e a barba rala, que até deram um certo charme. Prefiro quando o cliente envia a foto, assim fico mais tranquila.

Depois que cheguei da faculdade, fiz tudo com calma: almocei, descansei, tomei um banho demorado, passei hidratante no corpo todo para deixar a pele cheirosa e macia… A roupa para encontrá-lo foi especial: escolhi um conjunto de lingerie vermelho, um vestido preto curto, de decote drapeado e alças finas, com amarração na lateral que moldava bem meu corpo. Amo esse vestido, comprei em outubro do ano passado. Combinei com uma sandália branca de tiras finas cruzadas na frente, de salto baixo, e finalizei com uma bolsa marrom média, com alça de couro no ombro.

Estava satisfeita com o visual ao me olhar no espelho… acho que ele também ficou. O local do Teodoro ficava na Alameda Jaú, é um hotel, bem perto daqui, então fui de táxi e cheguei em menos de dez minutos. Combinamos de nos encontrarmos no bar do hotel e, quando o vi, vestido de social, o cliente era até mais interessante do que na foto que mandou. Ele é um pouco mais baixo que eu, mas não fez diferença depois; a primeira coisa que reparei foi o brilho nos olhos dele ao me ver. Assim que me aproximei, Teodoro se levantou, me deu um beijo no meu rosto e, sem perder tempo, já me abraçou, apertando minha bunda, distribuindo elogios… Dois garçons e um copeiro testemunharam a cena.

Teodoro estava bebendo Heineken e fumava cigarro. Ele me ofereceu alguma bebida, preferi ficar só no suco de laranja.

Conversamos por uns dez minutos, num clima bem descontraído, diário… depois, ele pediu uma garrafa de espumante e duas taças para levarmos ao quarto. Quando subimos pelo elevador, as mãos do coroa já estavam passeando em mim, das coxas, para os quadris até os seios, sem se preocupar em ser discreto. O beijo dele tinha o gosto de cerveja, e admito que isso deu um toque mais excitante ao clima. Saindo do elevador, fui à frente, rebolando meu traseiro, e ele, no embalo de olhar, quase tropeçou e caiu, o que nos arrancou risadas. O cliente estava levemente embriagado, rs…

No quarto, Teodoro não perdeu tempo: abriu a garrafa e nos serviu, brindamos o encontro e… sentamos na beira da cama com as taças em mãos, continuamos conversando. O cliente era bem divertido, risonho e charmoso, a conversa fluiu bem. Essa parte do encontro já valeu a pena ter ido.

Diário…foi o Teodoro quem tomou a iniciativa. Nossos beijos foram ficando mais intensos e ousados, nossas mãos invadindo o corpo do outro, e o “fogo” foi tomando conta. Subimos na cama e tiramos a roupa do outro bem devagar. A cada beijo, uma peça caía na cama ou no chão, até ficarmos completamente sem nada.

Téo era todo peludo, parecia um urso, o que deixou tudo ainda mais interessante. Notei o pênis dele, apesar de grosso, não era grandão… acredite, cheirei o membro antes de chupar, estava limpo e até perfumado. Essa parte foi bem deliciosa… o cliente estava deitado quando comecei a mamá-lo, dedicando cada movimento, e gostei muito de como ele respondia — gemendo alto, sussurrando palavras safadas, o que me incentivava a continuar e a fazer ainda mais gostoso. Fiz caras e bocas só para atiçá-lo, ele amou. Depois, chupei suas bolas enquanto o masturbava, mas foi rapidinho, ao ser a vez dele me lamber.

Teodoro foi completo, me chupou inteira, começou pelo pescoço, desceu para os seios, depois atravessou a minha barriga, passou pelo umbigo, chegando na “menininha”, lá, o homem ficou um tempão provando meu “mel”. Brincou no meu clitóris. Ele não me fez gozar, mas fez questão de elogiar meu corpo. Obrigada, amor…

Pronto para a próxima etapa…O coroa desceu da cama, pegou o preservativo em cima da mesinha, voltou colocando o preservativo no “menino”. Começamos no clássico “papai e mamãe”, abri não só as pernas, mas os lábios da boceta para ele penetrar. O encaixe, a penetração, foram perfeitas, assim como os beijos, e as chupadas nos meus seios eram molhados. Téo penetrou num ritmo gostoso, minhas mãos não pararam de percorrer seu corpo, ora ficavam nos seus braços, ora na sua nuca, ora nos ombros. Eu o arranhei nas costas. Ele adorou cada segundo comigo, isso para mim é ótimo…

Depois, passei para o controle, ficando eu por cima, de frente, e cavalgando-o, conseguia sentir o membro do coroa todo lá dentro, mas logo diminuí o ritmo, fiquei cansada. A gente ficou revezando, ora eu, ora ele, nos movimentos. Téo segurava firme em dois lugares do meu corpo, nos meus quadris e nos seios, gozei primeiro e berrei, rebolando, curtindo meu orgasmo… Dois minutos depois, aí foi a vez dele. Téo gozou dentro de mim, porém no preservativo. Continuei por cima do cliente, sentindo seu “menino” vibrar, e, então, me deitei ao seu lado, satisfeita, suada e exausta, não só eu, ele também. O cliente elogiou meu desempenho na cama, me fazendo sentir e acreditar que valeu ter gasto cada centavo comigo.

Sabe, diário… a empolgação me domina enquanto escrevo agora no bloco de notas do notebook, digo, sobre o encontro com Teodoro… de verdade, é sério… gostei de cada detalhe: desde o jeito como o coroa me tocava até o prazer que seu pênis me deu.

Durante o tempo que estávamos ali, deitados após a primeira foda, fiquei imaginando o pau dele dentro do meu cu… é engraçado, antes eu nem pensaria nisso com tanta naturalidade. Parece que o tempo como garota de programa me transformou em outra pessoa, a minha vergonha simplesmente sumiu; agora, acho que nasci para ser puta, perdi a conta com quantos homens e mulheres transei. A maioria homens. E outra, diário… ser julgada já nem me importa mais, entreguei tudo para Deus.

Mas voltando… em seguida…Teodoro me beijou, ele beijava super gostoso, senti o tesão aumentar entre nós… não resisti e decidi dar mais um presente a ele, entregando-me em um oral ainda mais gostoso que o primeiro.

O cliente permaneceu deitado e, eu de quatro no centro das suas pernas peludinhas. Limpei o seu “menino” melado com um lenço umedecido e me dediquei, chupando-o, soltando todo meu lado sensual, como se estivesse interpretando uma cena pornô só para ele. O cara me elogiou repetidamente, gemia a cada masturbação ou chupão. Ficávamos nos olhando. Téo, recebeu tanto carinho e não resistiu, o gozo veio como uma explosão de um vulcão, espalhando sêmen pelos meus lábios e parte esquerda do rosto, atingindo meu nariz. Desta vez, girei a língua em volta dos lábios e engoli um pouquinho do seu “leite” … confesso… estava curiosa para sentir o sabor… Em suma: ficamos deitados e relaxados na cama, em silêncio, olhando para o teto.

Após ficarmos um tempo deitados, com minha cabeça encostada no ombro esquerdo dele, enquanto o coroa tocava nos meus seios. Levantei e fui me lavar no banheiro, alguns minutos depois, Teodoro invadiu… tomamos banho juntos, entre beijos e muita pegação. O pau do coroa voltou a ficar animadíssimo, pronto para outra, decidimos não transamos lá, acabamos voltando para a cama, onde pediu o meu “botão”. Como fazia parte do nosso combinado, liberei e fizemos alguns minutos de sexo anal.

Primeiro, peguei o frasco de gel na minha bolsa, subi na cama, fiquei de quatro e pedi que passasse o gel na região todinha, e depois colocasse o preservativo no “menino”. Feito isso, seguimos para o paraíso…

No começo, Téo foi um cavalheiro, me fodia de uma forma leve e gostosa, não colocava tudo. Incentivei-o a ir mais rápido, logo seu ritmo aumentou até meu corpo chacoalhar e deslizar pela cama a cada golpe. Conforme o tempo passava, amigo diário, Téo ficou mais agressivo, eu sei, ele ficou empolgado, perdeu o controle, sussurrando: “que o meu cu era gostoso… que eu era muito gostosa”. Aliás, já me disseram isso muitas vezes. Ah… esqueci de falar que suas mãos ficaram agarradas nos meus quadris, nos seios e nos ombros, fora os puxões no meu cabelo. Também não quis pedir para ele maneirar e cortar o tesão do cliente, tive que aguentar uns dois, três minutos até o coroa diminuir o ritmo das estocadas.

Para finalizar, diário, mudamos a posição: continuamos no anal, mas fiquei de costas, sentada sobre ele. Às vezes, olhava para trás e via o tesão e o suor estampado em seu rosto, cavalgando-o até que chegasse ao último orgasmo.

O programa durou cerca de uma hora e meia, foi um dos melhores desse ano. Gostei do cliente, experiente, atencioso, pau gostoso, beija bem, teve atitude, perdeu o controle no anal, mas no geral, me tratou como gente, e não como uma boneca inflável, o que tornou a experiência ainda mais agradável.

Ao final, Téo me beijou antes de tomar banho às pressas, alegando ter uma reunião de negócios na sua empresa. Quando voltou secando o corpo e o cabelo, vestiu-se, se arrumou, pagou pelo serviço, acrescentou cem reais ao cachê e saiu apressado, deixando-me sozinha na suíte.

Depois que Teodoro saiu da suíte, aproveitei o lugar por mais algum tempo, tomei banho e pedi um lanche na recepção no nome dele, comi tranquilamente ouvindo músicas pelo MP3. Quando terminei de comer, escovei os dentes, me vesti, me maquiei e desci.

Peguei um táxi e fui direto para o Shopping Ibirapuera. Com o dinheiro do programa, comprei algumas roupas e lingeries… depois voltei para cá. Agora de noite… Téo enviou uma mensagem no meu celular agradecendo a mim pela visita, pela companhia e pelo sexo.

Então… acho que é isso, agora quero dormir, tchau… bom final de semana, beijos, Fernanda.