Eu acabei decidindo não procurar mais a Lia. Apesar de ela aparentemente ter mudado bastante em suas atitudes e do sexo ter sido ótimo, eu ainda tinha aquela pulga atrás da orelha sobre a participação dela no caso da Amália. E ainda tinha aquele fato novo, dela ter falado que delas conversaram no mesmo dia que eu e a Amália tínhamos transado e também que a Amália tinha contado disso para várias amigas no dia seguinte.
Foi na semana seguinte que as coisas começaram a dar muito errado.
Na quinta-feira a Diana veio, aos prantos, falar para a minha mãe, que o seu marido tinha conseguido um bom emprego no Mato Grosso e que na semana seguinte eles já iriam embora.
Eu fiquei muito mal com a noticia. Não com a noticia em si, mas mais pela forma que a Diana estava reagindo a tudo aquilo. Eu não consegui conversar direito com ela mais nenhuma vez. Pois ela sempre começava a chorar desesperadamente.
Cheguei a ponto de conversar com os meus pais e com a própria Diana, expondo o fato dela estar seguindo aquele traste para longe, para algo sem garantia alguma de que daria certo e ainda deixando toda a família (pelo menos a mãe dela, que eu conhecia) e Criciúma. Só que não teve jeito e eles acabaram indo embora.
Aqueles 14 meses em que convivi com a Diana foram maravilhosos. Não só pelo fato da gente ter feito muito sexo. Mais principalmente pela sabedoria, pela alegria e pela bondade que ela demonstrava constantemente. Hoje vejo que ela foi uma das pessoas que mais ajudou a que eu me transformasse nesse homem que sou hoje.
E eu tenho essa tristeza de não tê-la ajudado mais, principalmente nessa hora mais complicada de sua vida. Foi complicado, pois o conhecimento e os recursos que eu tinha aos 16 anos eram quase nada. Penso que se isso tivesse acontecido hoje eu poderia ter ajudado muito essa mulher. E hoje, sempre que ajudo alguém, penso que pode ter surgido alguma boa alma que também tenha ajudado a Diana lá no passado.
Só não vou falar aqui o que ela me disse na nossa despedida, porque senão vou abrir o berreiro. Não tenho a menor dúvida que a Diana era uma mulher maravilhosa.
Eu não consegui chorar muito pela perda da Diana pois, como dizem, coisas ruins não vêem sozinhas e uns 10 dias depois, em plena reta final para a entrega do imposto de renda, que era a época que ele mais trabalhava, meu pai acabou enfartando.
Essa história do meu pai aconteceu assim: em um dia em que ele chegou do trabalho muito tarde. Nesse dia eu já tinha até chegado da minha aula quando ele chagou em casa. Ele comentou com minha mãe que tinha tido uma indisposição e ao contar o que tinha sentido eu já percebi a cara de preocupação da minha mãe, que foi logo ligando para marcar uma consulta médica para ele no dia seguinte. Recordo-me que ela conseguiu a consulta para o período da tarde, só não me recordo o horário.
No dia seguinte minha mãe me ligou por volta das 15h. Na hora que ela pediu para que eu ficasse calmo, e assim eu já sabia que alguma coisa grave tinha acontecido. Ela me contou que meu pai tinha passado mal, foi levado para o pronto socorro e de lá foi encaminhando na mesma hora para o Hospital São José, onde estava internado.
Meu mundo caiu nessa hora. E foi muito difícil para todo mundo.
Meu pai acabou ficando internado quase uma semana nesse hospital, onde esperaram que ele estabilizasse e também que conseguissem um leito no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina, que é o hospital de referência no Estado, só que esse hospital fica no município de São José, a quase 200 km de Criciúma.
Ele foi transferido para esse Instituto de Cardiologia, onde tentaram de todas as formas evitar um tratamento mais invasivo, só que não teve jeito. Fizeram até cateterismo nele mas no final meu pai acabou tendo que fazer uma cirurgia cardíaca chamada como cirurgia de ponte de safena.
Minha mãe e o tio Zezinho o acompanharam durante todo o processo e eu acabei ficando em casa. Eles foram para São José e se revezavam acompanhando o meu pai. E foi muito agonizante não estar presente para acompanhar meu pai. Não me saia da cabeça uma história que uma pessoa me contou, de que conhecia alguém que não tinha resistido sequer a esse procedimento do cateterismo.
Nessas horas de dificuldade é que descobrimos quem são nossos verdadeiros amigos. Eu recebi muita força do Fabrício e principalmente do Bidu e da minha prima Laura.
Minha mãe ficava muito preocupada de eu ficar sozinho, então o Fábio dormiu lá em casa umas quatro noites e até a Laura passou mais de uma semana comigo, apesar da minha mãe não gostar que ficássemos juntos. Inclusive a Laura estava comigo na noite que minha mãe ligou dizendo que os médicos haviam prometido que meu pai receberia alta hospitalar e autorização para viajar na manhã do dia seguinte.
E foi o que aconteceu e meu pai retornou para a casa depois de 20 dias internado. Chegou muito abatido e com aquela cicatriz enorme no peito. Eu me assustei mesmo com o estado da minha mãe, parecia que ela tinha perdido uns cinco quilos e estava com umas olheiras enormes. Na hora eu fiquei imaginando a barra que ela enfrentou para ter sentido tanto, mesmo sendo auxiliar de enfermagem e estar acostumada com o ambiente hospitalar.
As ordens médicas para o meu pai eram bem claras: repousar por mais uns 15 dias e depois começar a fazer alguma atividade física; controlar a alimentação; tomar os remédios na hora certa e, principalmente, parar de fumar.
O fumo era o grande vício do meu pai. O ódio que eu tenho até hoje de cigarro se deve a ele. Meu pai fumava mais de dois maços por dia. Ele não bebia e não tinha outros vícios, só que fumava a toda hora. E quando eu chegava perto dele era um cheiro de fumaça que me embrulhava e estomago.
Como minha mãe não dirigia, ainda tivemos a ajuda dos meus tios para levar meu pai para as consultas e exames. Foi nessa época que meu tio Zezinho me ensinou a dirigir, alegando que no caso de uma emergência muito grande eu mesmo poderia usar o carro para socorrer alguém.
Depois desse baque todo veio a primeira consequência, que foi o problema financeiro.
Nós éramos classe média beeeemmm baixa. Meu pai, como já falei anteriormente, era contador e tinha um escritório, só que era um escritório muito pequeno e atendia as pessoas da comunidade e alguns profissionais liberais. E com a doença ele perdeu praticamente todos os clientes e também perdeu o evento mais lucrativo do ano, que era a época do imposto de renda. E, segundo os médicos, ele deveria esperar mais uns três meses para voltar a trabalhar.
Minha mãe também recebia por dias trabalhados e passou praticamente um mês sem trabalhar.
Fora que eles não tinham quase nenhuma poupança e de bens só tinham a casa que morávamos, que é daquelas financiadas a perder de vista e também tinham um carrinho Volkswagen Gol, que não valia quase nada.
Fora isso eles ainda ajudavam financeiramente meu irmão, que morava em São Paulo.
Foram tempos difíceis. Não chegamos a passar nenhuma necessidade, mas decidimos que não teríamos mais ninguém trabalhando em casa. Minha mãe passou a tirar uns plantões extras e eu passei a dar todo o meu salário para eles. E ainda, nos primeiros meses, cheguei até a usar quase toda a minha poupança para pagar dívidas, consultas e remédios.
Foi nesse momento que eu acabei desistindo totalmente de cursar medicina. Eu já estava bem inclinado para ir para algum dos cursos voltados às ciências da computação e todo esse problema com o meu pai acabaram sendo o empurrãozinho que falta para desistir desse sonho da minha época de criança.
Foi também nessa época que eu me dei conta da merda que o meu envolvimento com a Diana poderia ter dado e prometi a mim mesmo que não me envolveria novamente com mulheres comprometidas.
No final das contas acabou dando tudo certo. Em meados de setembro o meu pai voltou a trabalhar e aos poucos foi reconquistando a sua antiga clientela.
E apesar do susto todo e das dificuldades que passamos, esse episódio serviu para mostrar aos meus pais que eu não era mais aquele menino briguento e sonhador. Mostrou que eu tinha amadurecido muito (e amadureci mais ainda com tudo o que aconteceu) e que podiam confiar em mim para qualquer coisa.
Por sorte, depois dessa loucura toda, a nossa vida acabou voltando aos eixos e o restante do ano foi bem tranquilo. Terminamos o ano letivo no começo de dezembro e pude ter minhas merecidas e longas férias escolares.
Também, logo no começo de dezembro, meu pai foi convidado, por um de seus clientes, para uma pescaria no pantanal a custo zero para ele. Eles foram em um ônibus adaptado como trailer, em um grupo de oito amigos, para passar 12 dias pescando. Minha mãe só aceitou que ele fosse e acabou ficando mais tranquila porque o meu tio Zezinho acabou indo também.
Mais ou menos no meio do mês a minha prima Laura me convidou para acompanhá-la em uma festa que estava tendo no Centro de Eventos da cidade. Era uma festa grande e tradicional, com muitas atrações, comidas e shows. Minha prima estava muito empolgada, por ter terminado o ensino médio e ter ido muito bem no ENEM, já tendo certeza que entraria no curso de fisioterapia, no Campus Araranguá, da Universidade Federal de Santa Catarina, que fica a menos de 40km de Criciúma.
Acabei aceitando o convite e fomos festejar/comemorar. Fomos só nós dois, pois meu primo Lucas só entraria de férias na semana seguinte. E o Bidu, meu fiel escudeiro, já tinha viajado para passar as festas de final de ano em Recife. Minha mãe acabou entrando de plantão, passaria a noite no hospital, e só poderia ir nessa festa no outro dia.
Chegando lá e acabamos encontrando com um grupinho de amigos da minha prima. As meninas começaram a conversar, dois rapazes começaram a xavecar a Laura, que é uma menina muito bonita e estava super bem produzida, e eu acabei ficando meio deslocado.
Nessa hora a Clara parou do meu lado e foi falando:
— Eu gosto dessa música! Vamos dançar?
Eu me virei, olhei para ela e só então percebi que ela estava falando comigo.
— Betão, você sabe dançar?
— Claro que sei! Vamos lá.
A Clara era uma morena bem escura, que usava um corte de cabelo bem volumoso e encaracolado, dando a impressão de que tinha mais que seus 1,60m. Nesse dia ela estava usando lentes de contato, para deixar seus olhos mais claros. Ela estudava com a Laura, elas se falavam, só que não eram super amigas. Eu já tinha trocado anteriormente poucas palavras com ela e sabia que ela era uns dois anos mais velha que a minha prima.
Quem estava tocando no palco era uma dupla sertaneja mais romântica e a pista estava bem lotada. Acabamos indo dançar mais para o lado do palco. Aproveitei para puxar assunto com ela:
— E aí, qual a sensação de estar livre da escola? Você fez vestibular para que?
— Acabei nem fazendo. Eu quero trabalhar na área de turismo! Minha irmã, que mora na Bahia, já trabalha nessa área e eu vou para lá em janeiro.
— Legal! Turismo dá muito dinheiro e tem muito o que evoluir aqui no Brasil.
— Isso é verdade... nossa Betão, você dança muito bem! Tá de parabéns!
Acabamos ficando ali ao lado do palco, meio no escurinho e depois de umas quatro músicas ela me deu um selinho, nos olhamos e em seguida nos beijamos para valer. E continuamos dançando.
— Você é grandão e tá muito gostoso... pena que é tão novinho...
— Não sou tão mais novo que você.
— É sim! Se a Laura ficar sabendo que nos beijamos ela me mata!
— Você me beijou em público. Acha que ninguém viu?
— Nós estamos no escurinho. O pessoal só vê o nosso contorno.
— Tá bom! Se você acredita nisso...
— E você tá tão tenro, que eu queria te dar uma boa lambida, uma mordida...
Olhei bem para ela e joguei a rede:
— Não tem ninguém lá em casa...
— Você é bem safadinho, né! Quem te vê todo quietinho pensa que você é bobo. E tem outro problema, você é bem novinho pra essas coisas.
— Que coisas são essas? Você tá me subestimando.
— Tá bom! É que eu sou virgem e quero continuar virgem até meu casamento! Eu até libero lá atrás quando o cara é mais experiente, só que você é cabacinho e não vai ser algo legal para nenhum de nós.
— Quem disse que eu sou inexperiente?
Ela me olhou com uma cara de espantada:
— Sério que você anda comento o cú dos seus amiguinhos!?!
— Você tá doida Clara! Eu não gosto de homem e nem de veado! Você tá me estranhando!
— Hahahá! É sério que você já enrrabou uma mulher? Foram quantas vezes?
— Já sim! E foram muitas vezes!
— Quem foi??? Foi a Laura!!!
— Você tá doida. Claro que não foi a Laura, ela é minha prima! E eu não posso falar quem foi!
— É que ela arrasta um bonde por você. Acho que se vocês não fossem primos ela já tinha te agarrado!
— Que nada! Não tem nada a ver!
— Tá bom então! Se você não acredita... E falando em acreditar, se você tiver mentindo sobre sua experiência eu vou saber na hora!
Acabamos trocando de assunto. Mudaram também o tipo de música e voltamos para o grupinho, que já estava ocupando umas três mesas, bem na entrada do setor que montaram as barracas de comida.
Lá pela meia noite a Laura me convidou para irmos embora e a Clara nos ofereceu carona, dizendo que estava de carro. Um outro rapaz aproveitou e também pediu carona para a Clara, alegando que morava no caminho.
Fomos os quatro no carro. A Clara deixou primeiro o rapaz, depois deixou a Laura na casa dela e foi me deixar por último. Ao chegar em frente da minha casa me puxou para um beijo e agarrou no meu pau, por cima da calça.
Quando terminamos de nos beijar ela mordeu o lábio inferior e falou:
— Não sei se é a cerveja que eu tomei que tá fazendo efeito, mais tô cada vez mais querendo saber se você tem essa experiência toda, ainda mais com esse pauzão que você tem aí no meio das pernas...
Eu sorri para ela e falei:
— Só tem um jeito de você descobrir. Vem conhecer minha casa.
— Tá bom... Pelo menos um boquete você vai ganhar.
Assim que entrou em casa, começamos a nos agarrar de forma que, ao chegar ao meu quarto já estávamos nus. Joguei a Clara sobre a cama e comecei a sugar aqueles peitinhos pequeninos e super duros e a beijá-la. Quando levei minha mão para acariciar sua bocetinha ela não deixou.
— Hoje você vai dar atenção para o meu cuzinho... por falar nisso, você tá preparado?
Me levantei e peguei, encima do guarda-roupas, minha caixa de gibis antigos, que acredito que era o único lugar no meu quarto que minha mãe não mexia. E retirei de lá umas camisinhas e o pote de gel lubrificante íntimo.
Ela sorriu e falou, ao mesmo tempo em que se virava na cama, para ficar de bruços:
— Tô começando a acreditar na sua história! Agora vem e chupa meu cuzinho. Deixa ele bem meladinho, que hoje ele é seu!
Dei um tapa forte na bunda antes de me deitar atrás dela, dei uma mordidinha em sua bunda e meti a língua em seu rabo. Não demorou muito para ela começar a implorar:
— Me toca... com o dedo só no grelinho... isso seu safado gostoso.
Eu metia a minha língua de baixo para cima, passando desde a rachinha da xoxota até o cuzinho, para o qual eu dava um tratamento especial. Logo ela ficou louca e começou a pedir por pica:
— Vem Beto, me fode! Eu quero esse caralho todinho dentro de mim!
Porem eu continuei chupando e comecei a acariciar seu clitóris muito carinhosamente com meu polegar.
— Aaaiii, que gostoso! Assim não vale! Come logo o meu cuzinho!
Falando isso ela se posicionou de quatro na beira da cama e ficou me esperando. Eu coloquei a camisinha, passei uma quantidade muito generosa de lubrificante no meu pau e no cuzinho e me posicionei atrás dela.
Eu encostei o pau e comecei a pressionar. Após algumas tentativas ele começou a entrar, mas na mesma hora ela jogou a bunda para trás, fazendo ele deslizar para dentro tudo de uma vez. Ela deu um gemido e levou a mão espalmada para trás, empurrando a minha coxa. Na hora percebi que era para que eu esperasse até que ela se acostumasse. Fiquei parado até que ela falou:
— Vem, me fode igual macho!
Eu comecei e foder, a principio mais de vagar, mais depois aumentei o ritmo, até que passei a foder alucinadamente. Nessa hora a Clara cravou as unhas no lençol, mordeu meu travesseiro e só falava.
— Fode mais forte... fode mais forte... fode mais forte...
Teve uma hora que o tranco foi tão forte que ela acabou caindo para frente, totalmente deitada de bruços. Nisso eu montei nela e continuei a foder. Ela era muito experiente e no começo brincava comigo, fazendo seus músculos se contraírem e o meu pau ser apertado por aquele cuzinho guloso. Que tesão! Eram mil sensações que eu sentia.
Eu não parei de foder em nenhum instante. Continuei metendo forte e cadenciado e logo ela perdeu o controle e começou a gemer:
— Aiii que delícia! Meu macho fodedor... Seu pauzudo gostoso... aiiii...
Ela gozou e eu continuei metendo. Aquele cu era uma delícia. Ela queria rola e era isso que eu estava dando para ela. Assim que ela se recuperou já levou uma das mãos para sua bocetinha e começou a se masturbar enquanto eu ainda descia a lenha nela. Não sei qual de nós dois estava mais suado.
Ela, com os dedinhos, se masturbava alucinadamente e tentava abafar seus gemidos com a cara enfiada no travesseiro. E eu estava arregaçando aquele cuzinho guloso. Socava forte e fundo naquele rabo gostoso. Eu já não aguentava mais segurar o gozo e quando ela começou a gozar pela segunda vez eu também gozei e caí exausto sobre ela.
Não sei quem estava mais ofegante. Nessa hora me veio à mente que eu tinha esquecido de uma das regrinhas essenciais que a Diana tinha me ensinado e fui perguntando:
— Clara... está tudo bem com você?
— Assim que eu conseguir sentir alguma coisa eu respondo.
Meu pinto ainda estava engatado no cuzinho dela e ainda respirávamos ruidosamente, comigo deitado sobre o corpo dela. Só quando o meu pau amoleceu a ponto de ser expulso daquele cuzinho gostoso, que eu me ajoelhei na cama, e pude constatar o estrago que eu tinha feito naquele rabo. O cuzinho da Clara estava todo arrombado e vermelho. Ali não tinha mais nenhuma prega! Daí deitei-me ao seu lado e ela veio logo me beijar.
— Poxa Beto, foi muito gostoso! Você me surpreendeu... muito... Eu até perdi as contas de quantas vezes eu gozei.
Ainda ficamos ali por algum tempo, namoramos mais um pouco, comi de novo o cuzinho dela, só que dessa vez de ladinho, fodendo ela enquanto eu brincava com seu clitóris. No final ela ainda ganhou uma bela chupada. Depois ela se sentou na minha cara e ficou esfregando a bocetinha na minha boca. Ela esfregava e rebolava tanto que era até difícil de respirar. Fomos assim até ela gozar escandalosamente gritando: “— Puta que o pariu Betão... eu vou gozaaaarrrr... ahhh... essa sua lingua é uma delíciaaaaa... seu puto gostoso!” — Depois tomamos banho juntos, trocamos mais beijos e carinhos e ela foi embora lá pelas cinco horas da madrugada, com um sorriso no rosto que ia de orelha a orelha.
Na semana seguinte meu primo Lucas chegou para as férias e me trouxe eu presente que eu adorei. Ele ganhou e me deu um conjunto completo de apostilas de um cursinho pré-vestibular muito famoso. Eu fiquei muito empolgado com as duas caixas que continham as mais de 30 apostilas que ganhei.
Na antevéspera do natal fomos todos almoçar na casa do tio Zezinho, e comer uns peixes assados na brasa, que eles haviam pescado no pantanal.
Praticamente a família toda foi festejar. Só não foi melhor porque na primeira oportunidade que fiquei sozinho com a Laura ela foi logo me acusando:
— Eu sei o que você e a Clara fizeram!
Eu gelei na hora. Não tinha nem o que falar. Acho que qualquer coisa que eu falasse só iria me complicar mais ainda. Logo em seguida ela completou:
— Pois saiba que ela tá espalhando para todo mundo que foi a melhor transa que ela já teve e...
Nessa hora dois dos meus priminhos, filhos do tio Ângelo, vieram me pedir um copo de refrigerante e a Laura parou de falar. Assim que eles saíram ela continuou:
— Espero que vocês tenham se protegido, porque eu sei que tipo de sexo ela gosta!
Ela me deu até um soco no peito e eu continuei com minha cara de paisagem e, por sorte meu tio me chamou para perto da churrasqueira e pude sair de perto da minha prima furiosa.
Eu tinha feito quatro cursos de churrasqueiro com um cozinheiro premiadíssimo e acabei dando várias dicas para o pessoal, enquanto ainda estavam preparando tudo. E no final eu é que fique encarregado de finalizar o assado dos peixes. Nesse dia meu pai até me deixou tomar um pouco de vinho, que era uma das tradições da família. Meus pais nunca foram de beber, só que uma taça de vinho em ocasiões especiais era algo sagrado.
Aquela chamada da Laura me fez sentir como se eu fosse um garotinho que levou um puxão de orelha. Acho que já comentei com vocês que eu e meus primos: a Laura, o Lucas e a Rose, praticamente fomos criados juntos. Só que a Rose se mudou para o sitio, com a família quando eu tinha uns 10 anos. E a Laura, que além de ser a primeira menina que eu gostei, logo quando os hormônios despertaram em mim o gosto pelo sexo oposto, também tinha aquela responsabilidade natural e sempre cuidou de mim e do Lucas.
E apesar da Clara ter espalhado aos quatro ventos da minha performance, nunca mais transamos. Só fiquei com a fama. Ela viajou e quando a encontrei novamente ela estava namorando um cara mais velho e nunca mais tivemos a chance de repetir a dose.
A partir desse dia passei a ser um dos churrasqueiros oficiais das festividades da família. Minha família, por parte de pai, tem a tradição de fazer um churrasco de fim de ano em que nunca participam menos de 100 pessoas, entre familiares, amigos e agregados. Em alguns anos até alguns parentes de minha mãe chegaram a participar das festividades.
Eu já cozinhava em casa e devido às restrições alimentares do meu pai, que é intolerante à lactose e ao glúten, e possui alergia a amendoim e a frutos do mar, normalmente eu já fazia uma alimentação diferente para ele, pois tinha que higienizar até os utensílios de cozinha antes de preparar o seu alimento.
Já à noite, quando já estávamos no despedindo, a Laura me abraçou forte e depois me deu uma longa encarada e falou, enquanto arrumava a gola da minha camisa.
— Desculpa Beto, eu sei que você já é um homem... eu me preocupo porque quero o seu bem!
— Eu sei disso... Sinto o mesmo por você.
Nunca mais nós tocamos no assunto.
Meu terceiro ano do ensino médio foi muito corrido. Eu optei por não fazer cursinho pré-vestibular e estudar em casa, usando as apostilas que ganhei do meu primo Lucas. Fiz um calendário de estudos e praticamente devorei as apostilas. Eu sabia que era um ano decisivo para o meu futuro e me dediquei, parei de ir a festas, e evitei tudo que me distraísse. O pior foi que passei o ano todo na seca.
Acho que o único evento que merece ser mencionado foi que eu encontrei a Amália, em uma festa junina, que eu fui com o pessoal do judô.
Fomos comemorar, pois a nossa academia foi campeã regional por equipes. Me recordo claramente que não colaborei muito para essa conquista, pois fui derrotado logo na primeira luta do torneio. São coisas que acontecem no judô. Foi o primeiro torneio aberto que eu participei, não estava treinando muito, e logo nessa primeira luta acabei pegando um faixa preta bem mais experiente e bem mais baixo que eu e acabei me enrolando e não desenvolvi a minha luta. Empatamos e fomos para a decisão dos árbitros, que deram a vitória para ele (se fosse com as regras de hoje teríamos ido para o “golden score” e lutado até alguém conseguir uma pontuação). Na minha carreira já ganhei alguns torneios, fui para o pódio em vários outros e também já fui derrotado nas primeiras lutas em alguns outros torneios.
Voltando para a festa junina, me encontrei com o pessoal já no local da festa, pois eu fui para lá após a minha aula de inglês. Eu nem queria ir, só fui convencido pela insistência da Marcela. Acho que ela estava a fim de mim. Ela era mais velha, tinha 22 anos, e havia chegado para treinar na academia no início do ano e tinha vencido todos os torneios que participamos desde então. Além de faixa preta, alta, forte e com um rabo maravilhoso, ela era professora de educação física e desde que chegou na academia, sempre escolhia treinar comigo. Teve um treino de chão em que ela ficou por cima e ficou uns três minutos esfregando a xoxota na minha coxa. Acho que ela só se decepcionou quando descobriu a minha idade, vendo a lista de inscrição para esse último torneio que falei há pouco. Mesmo assim ela insistiu para que eu fosse à comemoração, dizendo que também iria para lá depois que saísse do trabalho.
Sentei-me à mesa com o pessoal e logo em seguida a Amália se sentou em uma mesa quase de frente para a nossa, junto com um rapaz e ficaram se agarrando. Do parceiro dela, me recordo bem do bigodinho bem ralinho e que ele ficava com as chaves do carro em uma mão e com a outra alisando a coxa da Amália.
Como eu não queria ficar vendo aquela cena lamentável e estava com fome, fui procurar algo para comer. Era a festa das filas! Haviam filas em todas as barracas de comidas. Escolhi a fila do pastel. Com menos de um minuto naquela fila alguém tocou no meu ombro. Eu me virei e dei de cara com a Amália atrás de mim, me encarando. Assim que a notei me virei novamente, dando as costas para ela e pensando: “Era só o que me faltava”. Logo o bigodinho chegou e ouvi ela falando: “— Amor, esse aí da frente é o Beto, de quem eu te falei”.
Senti ele me dando uma ombrada nas costas e me empurrando para frente. Não falei nada, só me virei de frente para ele, dei dois passos em sua direção e olhei para baixo (o topo da cabeça dele devia ser da altura do meu queixo), e então abri os braços do lado do corpo e dei o meu sorriso mais debochado, como que chamando ele para me empurrar de novo. Ele não quis pagar para ver, agarrou na mão da Amália e saiu apressado de lá.
Aquilo me fez perder a fome. Voltei para a mesa, peguei a minha mochila e me despedi do pessoal, dizendo que surgiu um imprevisto e eu tinha que ir embora. Nem esperei a Marcela chegar. Na realidade acho que só a ví mais uma vez naquele ano, eu estava estudando cada vez mais e estava deixando todo o restante de lado.
No final do ano, em meios às comemorações pela nossa formatura e entrada na faculdade, tivemos a entrega dos certificados de conclusão do ensino médio em um evento ecumênico na Prefeitura. Posicionaram os formandos em cadeiras ao lado do palco e, foi nessa hora que eu vi a Amália no auditório, junto com os familiares e amigos dos formandos. Já era a segunda vez que eu a via naquele ano.
A peguei várias vezes olhando para o lado dos formando e rindo. Só não fiquei encucado porque sabia que ela já foi da minha turma e conhecia mais da metade dos formandos. Ao final, no meio dos cumprimentos, sou capaz de jurar que ela estava olhando para mim e sorrindo. E por outras duas vezes vi que ela estava bem próxima de mim. Em todas essas vezes fiz como se não a conhecesse e me afastei.
Depois da cerimônia, saí com o Bidu, nos sentamos em um banco em frente da Prefeitura e ficamos conversando. Logo em seguida a Amália passou na nossa frente, juntamente com duas outras meninas e se sentaram em um banco frontal ao nosso (distância frontal de uns três metros), só que afastado lateralmente um cinco metros do nosso banco.
Depois de algum tempo o Fábio me falou:
— Eu já achei muito estranho a Amália estar no auditório. E agora ela não para de olhar para o nosso lado e sorrir.
Eu, que desde que elas se sentaram não tinha olhado nenhum vez para o lado delas, me contentando a olhar para frente ou para o Bidu, respondi:
— Vamos embora que a última coisa que eu quero nessa vida é que ela venha querer ser minha amiguinha. Não sei se tudo já está escrito nas estrelas, mais vou evitar ela com tudo o que estiver ao meu alcance.
E fomos embora comemorar a nossa formatura com nossos amigos, em uma hamburgueria.
Bem, se eu fosse dividir essa minha história em partes, esse seria o marco final da 1ª parte da história, que foi até a minha formatura no ensino médio. Espero que tenham gostado. Se tudo de certo eu volto, pois tem muita coisa ainda pela frente.