Fui para o encerramento do simpósio e em certo momento o Fábio me ligou. Não conversamos por muito tempo. Ele me falou que tinha conhecido a Manú, que tinham várias atividades juntos e frenquentavam os mesmos lugares e acabaram se aproximando. Falou que realmente o relacionamento deles foi um furação, sendo tudo muito rápido. Falou que a menina era maravilhosa, que além de linda era muito inteligente, divertida e deu diversas outras qualidades para ela. E no final falou que o negócio foi tão intenso que quando ele viu já estava tratando do detalhes do casamento com os pais dela.
Depois ele pediu várias vezes desculpa por não ter dado certo com a Carol. Esses pedidos de desculpa até me soaram como um certo arrependimento, porém resolvi não me meter no assunto.
Eu falei que gostava muito dos dois. Adoro a Carol, mas ele era mais do que um irmão para mim. Como a diferença de idade do Zé Renato para mim é muito grande, praticamente cresci junto com ele, com o Lucas e com a Laura. Poxa, considero eles os meus irmãos mesmo.
E mais uma vez eu falei que estava muito feliz pelo noivado dele, que desejava que desse tudo certo e que ele poderia contar comigo para qualquer coisa.
Ainda fiquei no bar do hotel por algumas horas, conversando com o Thomas e mais algumas pessoas que conheci no decorrer do simpósio.
Mais tarde, já no meu quarto do hotel, eu fiz uma reflexão sobre a participação no simpósio, que superou todas as minhas expectativas. Conheci muita gente, fiz vários contatos e aprendi bastante. Tinha chegado o momento de pensar no futuro. Pelos meus cronogramas, em um ano eu tinha feito no meu projeto o que estava previsto para fazer em três anos, então eu teria agora que dar um direcionamento específico, já pensado em como seria o tipo serviço que iria prestar futuramente em minha empresa.
A chegada do Marquinhos fez com que eu voltasse dos meus pensamentos. Ele chegou me convidado para ir a uma boate. Eu recusei, dizendo que meu voo de volta para Maceió seria pela manhã. Conversamos um pouco e contei para ele da proposta do Oskar. Ele me orientou a pensar bastante no assunto e falou que ele não aceitaria essa proposto. Ele me disse que só sairia da empresa quando eu abrisse a minha empresa e chamasse ele para trabalhar comigo. Não sei se ele falou sério, mas me deixou com mais assuntos para pensar.
Um dos empecilhos para abrir a minha empresa era o capital. Se a Fernanda continuasse trabalhando, nos anos seguintes, da mesma forma que trabalhou nos últimos seis meses, eu acreditava que terminaríamos de pagar o nosso apartamento em três anos. Ou seja, teríamos mais dois anos para juntar dinheiro, que seria o tempo que faltaria para ela se formar na faculdade. Eu sabia que logo depois de formada ela não ganharia muito dinheiro no início e que ainda teria que fazer dois, três ou até mais anos de especialização, mas já entraria algum dinheiro para manter a casa até que a empresa desse lucros. Não sei, era mais coisa para pensar e ainda tinham cinco anos pela frente e muita coisa ainda poderia mudar nesse intervalo de tempo.
Acabei indo dormir e nem vi quando o Marquinhos voltou. Me levantei cedo e vi que ele estava na cama, dormindo ao lado de uma morena, que tinha uma bunda enorme. Essa era a vantagem de ser solteiro. Eu estava voltando para a casa ao final do simpósio e o Marquinhos ainda iria ficar mais uma semana em Salvador, só curtindo as belezas da cidade.
Quando estava para embarcar, no aeroporto, vi uma mensagem da Fernanda dizendo que, devido aos compromissos, só poderia voltar para Maceió depois do dia 12 de dezembro.
Assim que cheguei em casa já liguei o meu laptop para fazer as reservas nos voos e também liguei para a Fernanda. Como eu só embarcaria novamente para o trabalho no dia 15, estava pensando em ir para Santa Catarina para dar um apoio à ela. A Fernanda me atendeu com voz de sono.
— Oi amor, bom dia!
— Te acordei Fernanda?
— Fui dormir bem tarde... tenho muita coisa para te contar...
— Estou ligando pois queria ver logo as passagens. Final de ano é tudo muito lotado. E tá complicado mesmo de eu ir aí te ver. Só tem vaga disponível em voo para Floripa no dia 12. Voo para Curitiba também só no dia 12. Para São Paulo têm no dia nove, mas daí eu teria que ver se teria passagem de ônibus...
— Não amor! Fica aí mesmo. Eu estou bem, tá tudo sob controle. Só compra a minha volta... De preferência dias 13 ou 14, porque eu queria te ver antes de você embarcar. Estou com saudades. E já vamos passar nosso aniversário de casamento e o natal separados...
— Tá bom. Tem vaga num voo de que sai de Florianópolis na madrugada do dia 14 e chega aqui às 23h.
— Para mim tá ótimo...
— Eu estava pensando. Você não prefere passar o natal aí com seus pais. As passagens no dia 26 estão muito baratas.
— Não Beto. Eu tenho compromisso de trabalho nos dias 20, 22 e 24. No dia 14 tá ótimo. Eu quero te ver... e tenho muita coisa para te contar e mostrar.
— Agora sou eu que estou ficando curioso. O que é que tem de bom aí?
— Aí Beto. Nem sei como começar... Eu acabei dormindo aqui na casa da minha tia... quer dizer minha casa agora... acho que nunca vou me acostumar de chamá-la assim. Mas tudo bem, Passei o dia de ontem separando móveis e roupas para doação, vendo documentos e fotos... Até recebi um empreiteiro que veio fazer o orçamento de reforma da casa...
— Vou ligar para o meu tio, para ele ir aí e fazer um orçamento também. Vamos ver no que ele pode nos ajudar. Essa parte de doação ele pode botar as coisas na caminhonete e levar.
— Ia ajudar muito... Beto, você sempre falou que minha tia tinha cara de safadinha. Então, ontem a tarde eu achei uma chave, que estava escondida na lata de arroz. Testei e ela era abriu um armário de aço no quarto da minha tia e que estava muito bem trancado.
Ela parou de falar por alguns segundos, e eu não falei nada, fiquei só escutando, até que ela voltou:
— Como é que eu falo isso? A minha tia era uma puta! No armário tinham várias roupas sensuais. Calcinhas minúsculas, lingerie transparente, roupas de couro, algemas, chicote e vários brinquedos sexuais.
— O que é que tem Fernanda. Ela gostava de apimentar a relação...
— Não é só isso Beto. Têm várias coisas. Tem fotos dela e o marido transando com vários homens... e mulheres. Tem foto da minha tia beijando mulher... tem dela na cama, transando com três homens. Tem suruba, troca de casal e tudo mais o que você possa imaginar.
— Caramba Fernanda. Será que ninguém da família sabia disso.
— Acho que não. A casa é bem distante de onde mora o restante da família... é próxima ao centro, que acho que faz parecer despercebido o movimento de pessoas. Não sei. Pelo menos eu nunca desconfiei de nada.
— Só falta ter fotos da minha madrinha no meio disso tudo.
— Eu não vi nada. Mas tem fotos desde os anos 80. Eu vi foto de 1982, sendo que o casamento dela foi em 1981. Ou seja, um ano depois. E eu nem te contei dos vídeos! No armário têm umas filmadoras e fitas antigas de vídeos, uns DVDs e até alguns cartões de memória com vídeos dos encontros... tem muita coisa... eu coloquei uma das fitas para tocar e era uma gravação de 1992, da minha tia transando com o marido e mais uma mulher.
— Sério Fernanda! No ano que eu nasci... e sua tia já curtia um trisal...
— Para Beto! Não é brincadeira. É uma coisa que eu não esperava ver...
— Eu entendo Fernanda, eu sei que você gostava muito dela... Me desculpe pela brincadeira.
Eu estava tão acostumado a tratar com pessoas mais velhas que eu, que muitas vezes esquecia que a Fernanda tinha apenas 19 aninhos (faria 20 em pouco dias). E esse era um dos motivos de eu estar enchendo a nossa árvore de natal de presentes para ela. Eu já tinha comprado um presente de natal, um pelo aniversário dela e um presente de aniversário de casamento. E ainda iria escolher algo bem especial como um pedido de desculpas por estar trabalhando nessas datas e nas festas de final de ano.
O que aconteceu mesmo foi que eu não consegui tirar férias entre dezembro e março e acabamos planejando minhas férias para julho, quando iríamos fazer a nossa primeira viagem internacional (a travessia da fronteira para o Paraguai e Argentina na lua de mel obviamente não é algo para se contabilizar). Iríamos nas férias para a Itália. Mas antes estávamos planejando passar uns dias com a família, em Santa Catarina, no final de fevereiro, aproveitando o meu período no continente e o final das férias dela.
Voltando à conversa com a Fernanda, resolvi orientá-la melhor:
— Alguém, além de você, sabe que esse material existe? Alguém mais viu!
— Talvez os amantes dela, não sei. Quando eu abri o armário estava sozinha em casa.
— Vamos fazer o seguinte: a melhor forma de preservar a memória da sua tia é queimar tudo isso. Pegue as roupas, as fotos, os brinquedos eróticos e as fitas e jogue tudo na churrasqueira do seu pai, jogue álcool por cima e coloque fogo... claro que se você quiser trazer alguma roupinha sexy ou algum brinquedinho pra gente, tudo bem...
— Deixa de ser besta Beto! Tem um pinto de borracha que é maior que uma régua de escola. Deixa eu te mostrar.
Ela desligou e fizemos uma chamada de vídeo, no qual ela me mostrou parte do material e onde ele estava. Mostrando as coisas, deu para perceber que em algumas horas ela ria e em outras se mostrava bem constrangida.
Depois disso, e nos dias seguintes, ela me informou que tinha destruído tudo sobre daquela faceta pervertida da tia, falou das doações de roupas o móveis que tinha feito e dos orçamentos das reformas que a casa precisaria. Deu tudo certo com a transferência e a documentação da casa. Só que, nessa brincadeira toda acabei usado parte do dinheiro que eu estava guardando para dar um carro de presente para a Fernanda. Era para ser presente e ela não estava sabendo, só que foi o planejamento de um presente que eu teria que postergar para o final do ano seguinte.
O que não deu muito certo foi o retorno da Fernanda. Aquele dia foi um caos aéreo, com mau tempo, aeroportos fechados e voos cancelados. Sei que em São Paulo ela foi colocada em uma outra aeronave para o Rio de Janeiro e teve que pernoitar lá e seguiu viagem só no dia seguinte. De forma que ela chegou em Maceió somente no dia 15, pousando umas duas horas após eu ter saído para embarcar na plataforma.
Eu fiquei triste, mesmo porque desde que casamos nunca ficamos tanto tempo longe um do outro, mas é a vida.
Assim, como já disse antes, passamos o aniversário dela de 20 anos, nosso segundo aniversário de casamento e o natal só nos falando por telefone. Comemoramos juntos, só que não é a mesma coisa do que estar fisicamente presente.
No dia 28 recebi um e-mail do Fábio, já me adiantando o convite para o seu casamento e me encaminhando a programação do evento. O casamento estava previsto para ocorrer no dia seis de abril na catedral da Sé, em Belém-PA, e haviam outros eventos previstos, que eram: um almoço que ocorreria na chácara da família da noiva, no dia quatro de abril; um jantar/ensaio de casamento, na Assembléia Paraense, no dia cinco de abril; e um almoço para familiares mais próximos que seria no dia do casamento. Além disso, ele me convidou para a despedida de solteiro, que seria em um hotel no dia dois de abril.
Voltei para casa e desembarquei no dia 30 de dezembro. E de longe vi a carinha feliz da Fernanda me esperando no desembarque. Ganhei um belo beijo e fomos para casa. Eu pretendia levá-la para sair, para comemorarmos.
Cheguei em casa e nem tive tempo de tomar um banho, quando vi a Fernanda já tinha tirado o vestido e partiu para cima de mim com volúpia. Poucas vezes vi a minha esposa tão tarada. Ela logo se ajoelhou na minha frente, deu um jeito de abaixar as minhas calças e abocanhou o meu pau, que já estava totalmente duro. Já fazia mais de um mês que não transávamos e eu também já estava doido de tesão. A Fernanda abocanhou o máximo que conseguiu, só parando quando a cabeça do meu cacete chegou na sua garganta.
Logo ela passou a lamber, chupar e me apunhetar. Ela tirava da boca, me olhava, fazia carinha de puta, mordia os lábios e engolia novamente o me pau. Ela só parou quando eu falei:
— Caralho, eu vou gozar!
Ela se levantou e me beijou, enquanto tirava o sutiã. Vendo aqueles peitos lindos, pensei “que ótimo investimento que eu fiz em colocar esse silicone” e dei uma mamada bem gostosa. E ela continuava com a mãozinha agarrada no meu pau. E me falou com a voz de putinha:
— Vamos para o quarto.
E ela foi me conduzindo, ainda agarrada no meu pau. E eu pensando em que mulher linda era a Fernanda, toda magrinha e cheia de curvas e seus lindos cabelos loiros e sedosos, vestida só com aquela minúscula calcinha branca.
Ela me jogou na cama e não deixou nem prosseguir com as preliminares, foi terminando de tirar a minha roupa e então tirou a sua calcinha, revelando um pequeno e aparadinho tufo de pelos dourados sobre a xoxota. Então pulou em cima de mim e já foi direcionando o meu pau para a sua bocetinha, que lentamente foi penetrada, enquanto ela gemia baixinho e fazia caras e bocas. Logo começamos a foder com força. Ela parecia um animal selvagem, enquanto pulava, gemia, tentava me arranhar e balbuciava palavras sem sentido. Não demorou muito para que eu explodisse num gozo forte e ela caísse desfalecida sobre mim, pois certamente já tinha gozado há algum tempo ou mais de uma vez ou os dois. Não sei, porque estávamos sem forças até para conversar.
Fomos jantar no Restaurante Janga Praia, que era o preferido dela. Conversamos bastante. Mostrei para ela o convite do casamento do Fábio e a mensagem que ele não nos perdoaria se não fossemos seus padrinhos. Foi aí que a Fernanda observou que o nome da noiva também era Fernanda.
— Olha, a noiva é minha xará. E que nome chique: Fernanda Manuela Chermont Blanc Malcher. O “Manú” que o Fábio chama ela deve ser de Manuela.
Logo ela tomou coragem e me contou sobre a tia. Contou novamente como tinha ficado envergonhada com tudo aquilo. Falou novamente das fotos, vídeos e tudo mais que a tia guardava no armário. Me mostrou várias fotos que tinha tirado com o celular. Eu mais uma vez falei que ela não tinha culpa de nada. Que a tia vivia do jeito que gostava e que aparentemente o marido também gostava e participava das aventuras. Falei que para algumas pessoas isso era normal, enquanto que, para outras isso era totalmente inadmissível. Eu, por exemplo, nunca teria um casamento de aparências ou sentiria tesão em ter um casamento aberto.
No dia seguinte a Fernanda ainda saiu cedo, para um compromisso rápido de trabalho. Passamos o reveilon e vimos a chegada do ano 2020 na praia, próximo de casa e no dia seguinte viajamos e fomos conhecer as Dunas de Marapé. Passamos dois dias maravilhosos lá.
Voltamos e a Fernanda ainda teve vários compromissos de trabalho nos dias seguintes. Passamos meu aniversário de 28 anos juntos e comemoramos só nós dois, indo no restaurante que ela mais gostava.
Eu continuei lendo e pesquisando para o meu projeto.
Embarquei novamente, feliz da vida, e depois de 12 dias embarcado o meu mundo caiu, pois eu descobri que a Fernanda estava me traindo.