SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 31
Repassei algumas folhas e, como já disse, vi que não conhecia mais a mulher que um dia amei e chamei de minha esposa. Era madrugada, eu estava cansado, mesmo assim demorei horas para dormir. Acordei depois do meio dia. Minha cabeça estava a mil. Parecia que ia explodir. Resolvi que tinha que ir nadar. Era uma quinta-feira à tarde e não deveria ter ninguém no clube. Quem nunca precisou escapar da realidade. Muitas pessoas bebem para esquecer. Para mim, que não gosto de bebida alcoólica, é o nado que me faz esquecer de tudo o que me atormenta. É dentro da piscina que eu limpo a minha mente. Não tem problemas e não tem alegrias que persistam após algumas braçadas. Foi na saída do clube que me deparei com uma das pessoas que estava no topo das que eu não queria ver. Estava perto do carro e vejo a Morgana chegando ao meu lado. Estava sozinha. Acredito que tenha me encontrado ao acaso, porque senão a Fernanda estaria com ela. Ela veio falar comigo e acabou ouvindo muito. Como diz minha mãe: “eu soltei os cachorros encima dela”. Botei para fora tudo que estava me consumindo em relação a ela já há um bom tempo. Deu para ver ela murchando enquanto eu falava. Terminei de falar e já me virei para ir embora e então ouvi ela murmurar: — Me desculpa. — Não! Desculpa não resolve... — A Fernanda te ama... ela está sofrendo muito... você foi embora de casa... — Você sabe por que eu fui embora de casa? Ela te contou o motivo?! Eu fui embora porque descobri que ela estava fodendo com o filho da puta do Anderson! Ela estava dando para o seu amante! Você sabia disso?! Ela não conseguiu esconder a cara de espanto enquanto eu falava. E pelo visto ela não sabia das aventuras da amiga infiel. Então engoliu a seco e tentou defender a Fernanda: — Eu estou com medo pela Fernanda... ela te ama... está sofrendo muito e está inconsolável... tenho até medo de ela fazer alguma bobagem... você sabe? Ela é muito novinha... — Sabe Morgana, ela é adulta. Toma suas decisões. Ela fez o que fez de livre e espontânea vontade. Sabia que estava errada e continuou fazendo... agora, ela que arque com as consequências... e antes que eu me esqueça, avise o seu amante, aquele dom Juan de merda, que ainda vou me encontrar com ele e nesse dia ele vai se arrepender de ter me conhecido. Não a deixei nem protestar. Entrei no meu carro e fui embora. Na tarde do dia seguinte começo a receber várias mensagens e ligações dos meus amigos de Maceió, perguntando onde eu estava, se tinha acontecido algo comigo e porque eu tinha saído de casa. No sábado, logo de manhã continuam as mensagens, só que agora eram dos meus amigos, parentes, vizinhos e ex colegas de colégio, faculdade e trabalho, querendo saber se eu estava bem, se realmente a Fernanda tinha me traído e se oferecendo para me ajudar. Se minha mãe estivesse acompanhando do meu lado certamente diria: “eta povinho fofoqueiro”. Logo concluí, pelos conteúdos diferentes das mensagens a partir dos lugares diferentes que vinham, que certamente a noticia da traição dela e da minha saída de casa, por causa disso, teria vazado em Criciúma, muito provavelmente pelo Fabrício ou pela Renata. E que a Fernanda estava contatando nossos amigos e colegas, tentando me achar, sem dizer o motivo da minha saída de casa e provocando a estranheza e preocupação nessas pessoas. No domingo, logo após o almoço, recebi a ligação de vídeo do Fábio. A primeira coisa que me chamou a atenção foram os vários balões dourados que estavam presos na parede do fundo. Conversamos um pouco e logo apareceu a Manú atrás dele, vestindo uma camisa vermelha, que tinha estampada na frente, na cor branca, o número 10. Ela se abaixou e mostrou o rosto para a câmera e vejo que ela está com duas linhas paralelas pintadas em cada bochecha, então ela sorriu, gritou “GO NINERS” e saiu da frente da câmera. O Fábio sorriu e me falou: — Acredita que eu vim para Rondônia, só para encontrar uma pessoa mais fanática por futebol americano do que você, e ainda vou me casar com ela? Pensei que eu tinha me livrado dessa praga e ela veio pior do que antes. Só nessa hora me lembrei que nesse dia dois de fevereiro seria o Super Bowl, que é a final da NFL (a liga de futebol americano). Os balões dourados, a camisa vermelha e o grito de guerra “Go Niners” representavam o San Francisco 49ers, que era um dos finalistas do campeonato de futebol americano. Eu havia acompanhado o campeonato todo e agora estava com tanta coisa na cabeça que me desliguei completamente do evento. O Fábio ainda me falou que precisava das minhas medidas para as roupas de padrinho do casamento. Falou que iria me mandar por e-mail um tutorial para fazer a medida e que eu teria que devolver até quinta-feira. Falou que já iriam deixar as roupas finalizadas a partir das medidas enviadas e só fariam algum ajuste necessário na véspera, quando eu já estivesse em Belém para o casamento. Perguntou se a Fernanda não iria mesmo, o que eu confirmei e ele ficou de conseguir uma madrinha para entrar comigo na igreja. Nessa hora e Manú voltou e falou: — Fábio, o Beto pode entrar com a minha irmã. A Fabíola iria adorar! Quando ela veio falar comigo eu já tinha esgotado a minha cota de madrinhas. Ela foi chegando, se sentando na frente do monitor e o Fábio foi se despedindo de mim. — Beto, você vai adorar a minha irmã. E eu vou ficar com inveja, pois vocês serão os padrinhos mais bonitos da festa. Até nisso o Fábio dá sorte... Vocês dois poderiam ser os meus padrinhos... Ele deve ter falado algo ou feito algum gesto, pois ela virou o rosto e mostrou a língua para ele. Pela primeira vez eu vi a Manú de perfil. O rosto era lindo e perfeito. Parecia que tinha sido esculpido por algum daqueles escultores maravilhosos da renascença. Eu dei risada e perguntei: — Quer dizer que você torce pelo San Francisco? — E vamos arrasar o Kansas City hoje! (a equipe do Kansas City Chiefs era o outro finalista). E você? Torce para qual time? O Fábio disse que você também gosta da NFL. — Eu não tenho um time preferido. Eu gosto do jogo, dos touchdowns, dos tackles e das estratégias. Acho tudo maravilhoso. Eu conheci o futebol americano já na adolescência e por isso não adotei nenhum time... mas estou quase começando a torcer pelos 49ers. Rsrsrs. — Torce mesmo. Eu tenho parentes em San Francisco. Já assisti a alguns jogos no antigo estádio. O novo estádio eu não conheço. Quem sabe algum dia ainda vamos juntos assistir um jogo lá. — Eu já estive em São Francisco também. Lá é a principal filial da Empresa alemã que eu trabalhava. Quando estive lá até me levaram para ver um jogo de basquete do Golden State Warriors. Nessa mesma viagem fui para um congresso em Los Angles. Pena que não consegui ver um jogo dos “Lakers”, que são meu time preferido na NBA (que é a liga de basquete americana). Depois disso, ela perguntou como eu estava, me deu mais algumas orientações, perguntou da Fernanda e falou que queria conversar com ela para ter um outro ponto de vista. E ainda falou que, pela experiência dela, eu deveria conversar com a Fernanda e resolver isso de uma vez. Ainda pela sua experiência, poderíamos até voltar. Eu vi o quanto ela estava elétrica, pois estava aguardando visitas, que iriam assistir ao jogo, junto com eles pela TV. E também não estava gostando da direção que a conversa estava tomando e acabei falando que poderíamos conversar em outra hora. Antes de desligar ela me passou os contatos de uma advogada, a Dra. Maria Elisa, ela falou que já tinha conversado com essa advogada e que ela poderia me atender na quarta-feira e era só eu entrar em contato com essa advogada e confirmar a consulta. Confirmei com a Manú que iria à consulta da quarta-feira, com a advogada, e ela disse que depois me ligaria para saber se tudo tinha dado certo. Nos despedimos, desejei um bom jogo para ela e liguei para a minha mãe. Desde que saí de casa nunca passei mais de uma semana sem ligar para os meus pais, para ver como eles estavam, para receber noticias dos parentes e tudo mais. Nesse dia, minha mãe fez um monte de questionamentos com relação à Fernanda. Falando para que eu a perdoasse, que ela era muito novinha, moça de família e tudo mais. Minha mãe sempre foi muito favorável à Fernanda e desde o começo do namoro ela sempre apoiou o relacionamento. Ao contrário da Millene, esposa do meu irmão, que era alguém que ela não gostava de jeito nenhum e não fazia questão de esconder isso de ninguém, a Fernanda era amada pela minha mãe. Eu sempre procurei relacionar essa preferência à afinidade pessoal mesmo ou pelos ciúmes que ela teria do filho preferido. Eu cogitava isso, porque a outra opção, que seria relacionada a alguma forma de racismo, jogaria por terra o último resquício de respeito que eu tinha por minha mãe. Ainda nesse dia vi que a Fernanda havia me mandado três e-mails durante a semana. No primeiro deles, logo no dia seguinte à minha saída de casa, ela se desculpava, pedia perdão e tudo mais. No segundo, dois dias depois, ela fez um resumo de toda a nossa vida juntos e se desculpou novamente, afirmando que estava errada e que nunca mais faria aquilo. No terceiro e-mail, acredito que escrito após a minha conversa com a Morgana, ela se vitimizava, dava várias desculpas e pedia para que eu voltasse para casa. Nas mensagens dava para ver como a vagabunda escrevia bem, não é a toa que quase gabaritou a redação do ENEM. Quem lesse aquilo e não tivesse vivido na pele aquela traição até daria razão para ela. Na quarta-feira fui conversar com a advogada. A Dra. Maria Elisa era uma morena escura bem bonita, muito simpática e atenciosa. Expliquei tudo, ela me ouviu, me orientou falando coisas bem próximas ao que a Renata e a Manú já haviam dito. O que me marcou foi ela ter dito que traição não era crime, que o processo teria que ter a manifestação da outra parte e também sobre o caso de pensão para os processo que envolviam infidelidade. Deixei alguns documentos com ela e fiquei devendo outros. Combinamos que da próxima vez que desembarcasse eu traria os documentos que faltavam e finalizaríamos a petição para o divórcio. Nesse mesmo dia, à noite, a Manú me ligou. Conversamos por horas. Sacaneei muito com ela por seu time ter perdido o campeonato. Ela estava revoltada e reclamou muito, dizendo que até agora não acreditava como o time dela entrou no último período do jogo (o jogo é dividido em quatro quartos) ganhando de 20 a 10 e acabaram perdendo por 31 a 20. No mais, não falamos nada de importante, só jogamos conversa fora, como se fossemos dois velhos amigos. Eu já esperava essa provação, e ela veio no dia em que fui voltar para o trabalho. Assim que cheguei para embarcar a Fernanda estava lá, me esperando. Conversamos muito seriamente por uns quinze minutos. Ela chorou e se fez de vítima várias vezes. Falei que não era burro para acreditar nas desculpas esfarrapadas que ela estava dando. Ela pediu perdão, disse que havia se arrependido, que aquilo tudo havia sido um erro e que ela queria que aquilo nunca tivesse acontecido. E no final eu disse que tudo aquilo tinha acontecido, que eu já tinha ido à advogada e entraria com o pedido de divórcio nos próximos dias. Deixei-a aos prantos. Tentei meter a cara no trabalho, mas parece que tinham combinado e todo mundo vinha me perguntar o que tinha acontecido para eu ter saído de casa. Eu só tinha um pouco de sossego nas aulas do curso que estava fazendo de socorrista / brigadista / salva vidas, o qual estava finalizando a parte teórica e depois só teria uma parte prática, de uma semana, no continente, que estava prevista para o período de 9 a 13 de março. E também nas aulas de boxe. Desde outubro, entre os novos funcionários, tínhamos recebido a Júlia, uma técnica em administração que também era lutadora de MMA. Ela já tinha até participado de algumas lutas em circuitos menores. Todos a chamavam de “Namajunas”, pois ela era branquinha e cortava o cabelo bem baixinho, com a máquina, no estilo da americana campeã do UFC. E a Júlia acabou montando um grupinho de treino e eu não perdi tempo de entrar nesse treinamento. Os treinos eram voltados para a defesa pessoal e, além da luta no chão, treinávamos muito o boxe sem luvas e a defesa usando qualquer objeto que estivesse próximo, como um cabo de vassoura ou até uma chave (daquela de abrir portas) na mão para aumentar o impacto do soco. E como eu digo sempre, as tragédias nunca vêm sozinhas. No quinto dia, depois de embarcar, recebi a ligação do meu irmão. O Zé Renato, aos prantos, me deu a noticia de que a Rosa, a minha dinda, a mulher que praticamente me criou, havia falecido já há dois dias. Essa era a noticia que faltava para me quebrar totalmente. Eu fiquei muito mal. Chorei muito. Nesse mesmo dia, mais tarde, sabendo da notícia, a Manú me ligou. Foi ela quem me deu um pouco de conforto nesse momento tão difícil. Depois, no transcorrer da semana, ela acabou me ligando todos os dias, para perguntar como eu estava e conversávamos bastante. Eu não sou muito de ficar navegando ou bisbilhotando as redes sociais dos outros porém, em uma noite, resolvi dar uma olhada nas fotos da Manú. A conta dela do aplicativo de fotos era maravilhosa. Uma foto mais linda que outra. Tinha uma foto fechada no rosto dela, meio embaçada, que era digna de prêmio. Tinham várias fotos de viagem, sempre com ela sorrindo. Haviam algumas dela praticando esportes, pisando encima de uma bola de futebol de salão, outra com quimono de jiu-jítsu. Tinha uma foto linda dela sentada no alto de uma plataforma de saltos ornamentais e com a piscina abaixo de seus pés. Outra foto que me chamou atenção foi a dela, toda de preto e encima de uma grande motocicleta. Enfim, uma foto mais linda que outra. Curti várias dessas fotos e fiquei até com medo de ela ou o Fábio pensarem que eu estava curtindo as fotos com segundas intenções. Afinal, uma das coisas que eu sempre segui foi me afastar de mulheres comprometidas. Mulher de amigo meu então é algo sagrado. Em outro dia fui ver os canais que a Manú tinha. Ela havia me mandado dois links: um era o de uma rede social de fotos e vídeos curtos e o outro link direcionava para um canal em um site exclusivo para vídeos. Fiquei impressionado com a quantidade de seguidores: ela tinha 38 mil seguidores em um dos canais e 45 mil no outro. Lá tinham vários vídeos, esclarecendo dúvidas relacionadas ao direito, haviam publicações contando os métodos de estudo que ela usou para passar, até aquele momento já em cinco concursos públicos muito concorridos; também haviam dicas de como passar na prova de acesso à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Tinham até uns vídeos mais antigos, contando sobre um curso que ela havia feito em Paris, na França, e contando sobre vários passeios. Tinham até vídeos do seu tempo de faculdade. A Manú era linda, cativante, maravilhosa e tudo isso motivava e inspirava as pessoas de uma forma espetacular. Também deu para ver como ela evoluiu como apresentadora no decorrer dos vídeos. E ela compensava com o conteúdo interessante o seu amadorismo na hora de filmar e editar os vídeos. Falo isso porque quando eu ajudava uns amigos a gravar e editar vídeos, que tentavam a sorte com canais na internet, isso já há quase 10 anos, eu já utilizava mais técnicas e recursos do que ela usava agora. Dessa vez, quando desembarquei lá estava a Fernanda me esperando. Ela me abraçou, disse que também sentiu muito a perda da Rosa e que ficou muito preocupada comigo. Acabei não dando muito papo para ela, só agradeci a preocupação e fui embora. Desembarcamos numa segunda-feira de carnaval e, apesar do Marquinhos ter viajado novamente para o interior, para curtir as festas, eu já estava incomodado de estar na casa dele. Tinha contatado um corretor e já estava procurando um lugar para alugar. Fora que tinham muitas pessoas pedindo para que eu voltasse para a Fernanda e lhe desse uma segunda chance, principalmente a Manú, que era uma pessoa encantadora e que cada vez mais eu gostava e respeitava. Fora que a Manú me disse que há alguns dias atrás havia tido uma longa conversa telefônica com a Fernanda e havia pedido para que eu também desse uma chance e deixasse a Fernanda contar a sua história. É incrível como que nesses momentos mais difíceis da nossa vida nos prendemos à fé. Eu não tinha mais aquela inocência de que fazendo tudo certinho eu seria de alguma forma recompensado divinamente, porém em vários momentos da minha vida as coisas se encaixaram, me dando algo bom. Talvez não de imediato, entretanto com o tempo deu para ver que era como se tivesse escrito nas estrelas para isso acontecer. Até que na sexta-feira, enquanto eu estava me vestindo para visitar um apartamento que estava para alugar, o interfone toca, eu vou atender e vejo que é a Fernanda que está lá. De alguma forma ela descobriu onde eu estava hospedado. Depois de pensar muito, resolvi seguir os conselhos da Manú de deixar a Fernanda entrar e ouvi-la. Ela já chegou querendo chorar, dizendo que me amava, pedindo para eu perdoá-la. E fui logo cortando ela. — Não quero desculpas esfarrapadas. Eu quero que você me conte tudo! Quero saber os mínimos detalhes que levaram você a me trair. — Por favor, Beto. Isso não! Vai te machucar mais ainda. — Não tem como você me machucar mais. Você me humilhou! Você transou com o cara na nossa casa, na nossa cama! O que você pode falar que vá me fazer sofrer mais ainda? Vai dizer que está com vergonha do que fez? — Não é isso. É que... deixei ele fazer coisas comigo... que, não sei... que nem tinha deixado você fazer. — Olha Fernanda, minha decepção com você está no máximo. Não tem uma forma de te odiar mais. Nada que você disser vai piorar isso. Só não posso seguir em frente sem saber onde errei e o que fez você me trair daquele jeito... Pode começar pelo princípio. Você já conhecia aquele filho da puta antes daquela festa de aniversário? E ela foi contando a história dela, a qual não vou descrever, por ser muito parecida com o que estava no diário. Ela até tomou o cuidado de encerrar a história batendo com o último relato das cópias dos diários que eu tinha. Perguntei se ela tinha tido mais alguma coisa com ele depois daquele dia e ela negou. Disse que tinha criado forças e rompido relações com ele, pois me amava e tudo mais. Seu olhar era pensativo e distante e ela falou que tinha visto que ele estava obcecado por ela, mas que pensou que conseguiria administrar a situação. Fiz várias outras perguntas e ela respondeu todas. Ouvi ela dizer que estava arrependida, que ficou cega por um tempo, que não pensou nas consequências, que os pais a estavam culpando pela separação, que sua vida tinha perdido o sentido e várias outras desculpas. Refleti bastante com os relatos dela, tentando inclusive ler nas entrelinhas e ver seus sentimentos, medos e tudo mais e ao final tomei minha decisão: — Sabe Fernanda, traição para mim é imperdoável! Mas... eu conversei com muita gente e, pelas circunstâncias estou disposto a te dar uma segunda chance. Sua aparência e postura estavam bem abatidos e, como que num passe de mágica, se transformaram quanto eu falei isso e na mesma hora ela pulou encima de mim, me agradecendo e dizendo que me amava muito. Afastei-a um pouco, continuei olhando para ela bem sério e continuei a falar: — Você sabe que magoou muito! Você, Fernanda, era a pessoa que eu mais confiava nesse mundo e me apunhalou pelas costas, sem dó nem piedade. Essas são feridas que vão demorar a se curarem. Ela me olhou com cara assustada, pois viu que eu estava falando muito sério. E eu continuei falando: — Você vai ter que pastar muito para que eu confie uma fração do que confiava antes. Agora, vêm as consequências: se eu imaginar que você sequer está pensando nesse cara eu acabo tudo na hora. E dessa vez não vai ter volta mesmo! Outra coisa. Antes eu aconselhava você a se manter longe da Morgana, pois já achava ela é uma péssima influência, mesmo antes de saber da vida mundana dela. Agora eu proíbo você de se aproximar dela. Não quero nem saber se vocês estiverem na mesma sala ou na mesma turma, quero que você peça até para trocar de turma. Só não quero você perto dela. Estamos entendidos? Como ela concordou com todas as minhas condições, falei para ela voltar para casa. Disse que eu tinha muita coisa para resolver e só iria no dia seguinte. Depois que ela saiu, liguei para a advogada, pedindo para que não desse entrada no pedido de divórcio. Depois liguei para o corretor, desmarcando as visita e dizendo que não queria mais nenhuma casa ou apartamento. Por fim, liguei para a Manú e dei a noticia. Só achei estranho que ela, que aconselhou tanto para que eu voltasse para a Fernanda, parece que não ficou muito contente por termos reatado o nosso casamento. Dessa vez, por causa das aulas práticas do curso de salva vidas, acabei ficando três semanas no continente. Eu só embarcaria novamente no dia 16 de março e voltaria no dia 30. O casamento do Fábio, como já falei antes, seria no dia seis de abril. Conversei com a Fernanda sobre o casamento. Consegui passagens para ela no mesmo vôo que o meu. O Fábio ficou de tentar colocar a Fernanda para ser madrinha dele, junto comigo, e falou que só faltava a confirmação dos ajustes do vestido, porém a Fernanda disse que não precisava, que eu poderia entrar na igreja junto com a irmã da Manú. A Fernanda disse que queria ir à Belém para conhecer a Manú, pois ela foi um anjo da guarda que lhe tinha dado bons conselhos e havia ajudado em muito com a nossa reconciliação. Nos primeiros dias depois que voltei para casa a Fernanda estava toda carinhosa e querendo me agradar a toda hora. Eu, por outro lado, ainda não tinha engolido o que ela tinha feito. Só fomos transar no final de semana seguinte. Foi assim, o meu tio, irmão de minha mãe, que morava em Gramado, me mandou uma garrafa de vinho. Abri esse vinho, tomamos um gole e a Fernanda, toda solicita, a toda hora vinha completar a minha taça, até que brinquei com ela: — Você quer é me embebedar, né ... Vi que ela corou na hora. Levei minha mão até a sua nuca e puxei sua cabeça ao meu encontro. Nos beijamos com vontade. Então peguei a Fernanda no colo e a levei até o sofá. Sentia ela suspirando de excitação e meu pau estava explodindo de tão duro. Coloquei ela sentada, tirei o meu cacete para fora e enterrei fundo na sua garganta. Só as bolas ficaram de fora. Logo ela engasgou e queria começar a tossir. Eu a juntei pelos cabelos e comecei a foder a sua boca. — Vai piranha chupa esse cacete todo! Vamos vagabunda, engole tudo! A puta da Fernanda logo entrou no jogo. Ela sempre soube chupar um cacete e passou a sugar o pau todo e até as bolas, sempre fazendo carinha de puta apaixonada, enquanto passava a língua em toda a extensão dele. — Isso, chupa minhas bolas! Ela só tirou o pau da boca para falar: — Isso, me chama de puta! Me xinga de vagabunda! Enrolei os cabelos dela na mão e passei a foder a sua boca com mais força ainda, de forma que ela mal conseguia respirar. Tinha muita saliva saindo pelos cantos de sua boca e eu não me importei e continuei fodendo até gozar. Segurei a sua cabeça e gozei direto na sua garganta. Eu nunca tinha feito isso. Os jatos de esperma iam direto para a garganta da Fernanda e como ela não conseguiu engolir tudo, saíram pelo lado de sua boca, misturados com saliva. — Agora engole tudo! Depois lambe ele. Puta tem que deixar o pinto bem limpinho. Ela obedeceu e ficou fazendo carinha de puta, enquanto passava a língua em todo o meu pau. Antes de ela terminar de limpar ele já estava dando sinal de vida novamente. Comecei a beijar a Fernanda, enquanto tirava a sua roupa, depois a coloquei de joelhos em cima do sofá, com a bundinha virada para mim. Pincelei um pouco a pica na entrada da xoxota dela e depois fui empurrando para dentro e aquela bocetinha quente e melada foi agasalhando toda a minha pica. Assim que a cabeça passou, eu empurrei o resto rápido e com força. Ela deu um gritinho. Não me importei e logo comecei a fodê-la, bem devagarzinho e cadenciado. Ela ronronava de prazer enquanto eu a fodia. Algumas vezes eu socava mais forte e fundo, a fazendo gemer. Logo comecei a brincar com o cuzinho dela. Coloquei o polegar encima daquele anelzinho rosado e passei a forçar bem de leve. — Aíiiii.... você tá safado hoje... — Pois hoje esse safado vai te enrrabar bem gostoso. Ajoelhei-me atrás dela e caí de boca no seu cuzinho, chupei bastante e meti a língua, enquanto a masturbava com os dedos. Fiz isso até ela gozar. Só então a levei para o quarto e falei: — Você acabou de gozar e agora é a minha vez de gozar no seu cuzinho. Mas não se preocupe que você também vai gozar nesse processo. Deitei a Fernanda de bruços na cama, peguei o pode de lubrificante, melei bem aquele cú e passei a alargá-lo com os dedos. Quando já estava no ponto, botei uma camisinha, dei uma última lubrificada, bem generosa e enterrei o pau todo no cú da Fernanda. Fui bem devagar. Era um misto de excitação, prazer e dor por parte dela. Não me importei com suas reclamações e achei aquele cuzinho bem mais laceado, se comparado com a última vez que o comi. Depois que estava todo dentro eu fiquei um tempo beijando a nuca da Fernanda e a acalmando. Fiz isso até que percebi que ela já estava se acostumando com o cacete enterrado no cú. Então passei a chamá-la de puta, a falar que meu pau estava todo enterrado no cú dela. E comecei a foder bem devagar. Eu tirava quase tudo e colocava de novo. Depois eu dava umas três metidas de leve e na quarta enfiava com tudo e até o fim. Só o saco me impedia de botar mais. Conforme ela ia se acostumando com o meu pau eu ia aumentando o ritmo. Em pouco tempo eu já estava agarrado em seus quadris e a fodendo com muita força. A cada bombada a Fernanda gemia mais e dava para perceber suas unhas cravadas no lençol. Ela até empurrava o quadril para trás, de forma que, eu entrava com mais força e mais fundo. Ela estava sendo sodomizada e estava adorando. Como eu tinha gozado há pouco tempo atrás o chá de pica que a Fernanda levou naquele dia foi enorme. Ela gozou pelo menos duas vezes com o meu pau enterrado no cuzinho dela. Quando eu terminei, ela estava acabada, mas estava com um sorriso no rosto. Tomou um banho, deitou no sofá para assistir a um filme e apagou. Com o passar dos dias a minha relação com a Fernanda foi melhorando e ainda transamos umas três outras vezes antes que eu embarcasse novamente. Foi nessa época que teve a chagada ao Brasil daquele maldito vírus chinês, que causou uma histeria geral, tanto que a parte prática do curso de salva vidas foi reduzida pela metade e embarquei no dia 16 de março, já imaginando que o casamento do Bidu seria adiado.
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