SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 43
Voltei para minha casa em Maceió, embarquei na plataforma para trabalhar, fiquei as duas semanas trabalhando, desembarquei e já fui para o aeroporto, viajando com destino a Porto Velho novamente. Dessa vez eu iria passar as minhas duas semanas de folga com a Manú. Desde o começo combinamos que iríamos tratar a nossa relação com bastante calma e sem atropelamentos, só que quando estávamos juntos o negócio pegava fogo e quando estávamos longe a saudade era insuportável. Pousei no aeroporto de Porto Velho de madrugada e a Manú estava lá me esperando, toda arrumada, como se tivesse saído de uma audiência e fui logo perguntando: — Porque você está assim toda elegante? — Eu tô aqui porque eu te amo!!! Fui para um julgamento em Ji-Paraná. Começou ontem e se estendeu hoje pelo dia todo. Terminou tudo depois das cinco da tarde e eu só passei no hotel, juntei minhas coisas e vim te buscar Foram seis horas de viagem, eu tô morta. Já vim direto para o aeroporto e cheguei tem uns 40 minutos. — Então deixa que eu te levo para a casa. Te dou banhinho, massagem e tudo mais que você quiser ou precisar. — Você sabe bem o que eu quero! — Vamos que o seu desejo é uma ordem... Até peguei a Manú no colo e ela esperneou para que eu a pusesse no chão. Fomos para o estacionamento e ela me levou até uma das vagas de veículos oficiais em que estava o Cruze preto estacionado. Achei estranho, pois todas as outras vezes andamos com o Audi. Ela não me deixou dirigir o carro, dizendo que adorava dirigir. Mesmo assim eu perguntei a ela: — Qual é a desse carro? Você tem ele e o Audi? — O Audi é meu! Eu ganhei do meu avô Maurice no dia do casamento. Acabei dando o meu antigo carro como parte do pagamento e eles entregaram ele aqui em Porto Velho. Esse carro aqui é veículo oficial, o Cruze é do Ministério Público e eu só uso ele a trabalho. Quando vim para cá acabei deixando o meu carro em Belém e quando cheguei para trabalhar a primeira coisa que me disseram foi que não tinha motorista e nem carro para mim. Então comecei a incomodar o pessoal e depois de muita insistência me falaram que haviam uns oito cruze, todos iguais, e que eram carros antigos de desembargadores, que haviam sido trocados há pouco tempo e que iriam para leilão. Me ofereceram um deles e eu consegui um mecânico bom, ele foi comigo e escolheu o melhor de mecânica para mim. Ainda tirou umas peças de outros carros para o meu, como bancos e até pneus. Eu sei que ele montou esse aqui e é o que eu uso quando estou trabalhando. Acabou que consegui que a instituição pagasse parte dos gastos e paguei o restante do meu próprio bolso para o mecânico. O que foi pouco mais do que eu gastaria para trazer o meu carro antigo de Belém para cá. Para mim foi bom, porque eu realmente preciso do carro, pois a minha área de atuação engloba várias cidades além da capital e eu tenho que me deslocar entre elas. Daí, esse ano compraram uns HB20 e queriam me passar um deles e eu bati o pé e não aceitei, preferindo ficar com esse aqui. Eu gosto desse carro, é confortável e muitas vezes levo gente comigo. Viajei horas nele e nem senti. Quando ela terminou de contar a história já estávamos chegando ao prédio que ela morava. Eu não via a hora de tirar a saia social que ela estava usando e começamos a nos pegar assim que entramos no apartamento. Tirei sua camisa, desabotoei e fui descendo a saia enquanto fui me ajoelhando na frente dela para apreciar mais de perto a maravilha que a retirada da saia iria revelar. E foi muito mais do que eu imaginava inicialmente, pois a Manú estava usando uma calcinha caleçon, toda rendada... linda! E como aquela calcinha se valorizava naquele corpo lindo da Manú. Até hoje eu fico de pau duro quando me vem essa imagem na cabeça. Apesar de já tê-la visto nua algumas vezes, tenho certeza que uma peça bem escolhida, que não mostre tudo e deixe margem para a imaginação é algo que tem que ser valorizado. Ela riu, satisfeita com a minha reação, e movendo a cabeça e ajeitando os cabelos com as mãos sobre um dos ombros e me falou: — Vai fazer alguma coisa aí embaixo, porque senão sobe aqui para me beijar. Me levantei, fiz a minha cara de perverso e então peguei novamente a Manú no colo. Ela protestou de novo. — Calma que vou te levar até o banheiro. Eu tenho que treinar porque você é uma menina musculosa e pesada, então não quero dar vexame no dia do nosso casamento. Só não vou perguntar o seu peso, pois sei que é indelicado... peso e idade não se perguntam para uma dama... mas acredito que você deve estar com uns 67 ou 68 quilos. Ela me olhou, abriu a boca, fez um olhar desconfiado, processou o que eu havia falado e então perguntou com um sorriso de orelha a orelha: — Casamento!?!? — Você vai no colinho para dentro da nossa casa... — Eeee de onde você tirou esse peso? — Quando eu era sub-15 no judô eu era peso pesado, até 73kg, e você é um pouquinho mais leve do que os meninos com quem eu competia. — Meu amor, você é incrível, eu já ia verificar onde estava instalada a balança no seu braço... Peso pesado é... tudo grandão! E agora, qual a sua categoria? — Eu nunca mais participei de competição. A última vez que eu me pesei foi no aeroclube e deu 89 kg, então acredito que eu seria meio pesado ou médio. É que quando eu era mais novo cresci muito rápido, por isso que meus amigos me chamavam de Betão. Eu era o maior da turma... mesmo assim eu sou uns dez centímetros mais baixo que o meu irmão. Nessa conversa consegui leva a Manú até o banheiro. Entrei no box do banheiro e só então a coloquei no chão. Começamos a nos beijar novamente, passei as mãos naqueles cabelos lisos e na bundinha deliciosamente empinada e então liguei o chuveiro. A bunda da Manú era um espetáculo a parte! E o seu rosto, de inocente, já estava mudando para umas feições mais safadinhas. A virei de costas para mim, segurei em sua cinturinha fina e a empurrei para debaixo da água, enquanto beijava o seu pescoço. Logo minhas mãos subiram para matar a saudade daqueles peitos deliciosos. Minha pica dura já roçava a sua bunda, ela já estava com a respiração ofegante e passou a esfregar a bunda em mim. Aqueles peitos faziam minha boca salivar. Comecei a roçar a minha pica, que a essa altura já estava latejando, na boceta dela, que estava toda molhadinha. E com a voz firme e decidida ela me ordenou: — Me fode! Fui metendo bem devagar e a rola foi alojando com certa dificuldade, enquanto ela gemia feito uma gata no cio. Ela rebolava e ficava mandando eu meter tudo. Eu não aguentei e fiz o que ela pediu. Teria feito mesmo se ela não pedisse, enterrei a pica toda na xoxota dela e começamos o nosso sexo ardente e selvagem. Quando eu a segurei pela cinturinha fina e enfiei com toda a força que eu tinha ela deu um gemido delicioso e vi que era a permissão que eu queria para castigar aquele lombo, então comecei a foder com força. O bumbum dela tremia com a violência de cada metida. Eu socava sem dó e, enquanto a comia, minha vontade era enfiar um dedo naquele no rabinho dela, só que me contive, mas o tesão era tanto que não demorei muito para gozar. Terminamos o nosso banho e fomos para o quarto. A Manú se deitou de bruços na cama e eu me deitei ao seu lado, virado para ela e comecei a acariciar o seu rosto, cabelo e corpo enquanto ela sorria para mim. E ela disse toda dengosa: — Com esse carinho eu vou é pegar no sono... Lhe dei um sorriso maligno e levei a mão para o meio de suas pernas até alcançar o grelinho e passei a acariciá-lo. — Assim você vai me despertar... será que você têm fôlego para mais uma? — Eu nunca vou negar fogo para você. Só que estou vendo que você está cansada, então vai me dever uma logo pela amanhã... Sabe, me lembrei da primeira vez que vi uma foto sua e conversei com a Fernanda sobre você. Foi a primeira vez que notei ela tendo inveja de outra mulher. Ela me disse que você tomava bomba, que fez lipoaspiração e deveria ter o clitóris maior que o polegar dela. A Manú sorriu, enquanto eu beijava o seu ombro, e então falou: — Mais uma vitória para mim! Eu tenho um projeto de vida saudável. Procuro me alimentar bem e treino só pela saúde. Eu me mato na academia e quando ouço as pessoas falando isso me sinto vitoriosa. Com exceção do joelho, eu nunca fiz qualquer outra cirurgia e também não tomo nada, só faço uma alimentação balanceada, além de tomar umas vitaminas, suplementos e alguns shakes, que são só reposição, devido ao gasto calórico que tenho com os treinos. Inclusive tive o maior trabalho para convencer o Fábio a parar de tomar aquelas porcarias. Ele sim tomava um monte de remédios... Eu treino funcionalmente. Meu treino não é para criar músculos e mostrá-los. Você nunca vai me ver de maiô no palco participando de um campeonato de musculação ou fisiculturismo. O que eu busco é qualidade de vida... Eu tenho uma boa genética. A minha irmã, a Fabíola, por exemplo, tem um corpo legal e não malha, mas ela dança. A minha mãe também não fazia nada e tive que brigar muito para que ela fosse fazer aulas de hidroginástica. Tive até que ir com ela nos primeiros dias. Hoje ela não perde uma aula, já tem o grupinho de amigas e tudo mais. Agora começou até a fazer beach tennis. Realmente a Manú treinava pesado. Por exemplo, eu nunca vi ninguém além dela fazendo elevação pélvica com 200kg de anilhas. Logo em seguida e Manú apagou e eu dormi ao lado dela. Acordei com ela do meu lado. Ela já estava acordada e, ao me ver, foi logo falando: — Eu amo acordar ao seu lado! Vamos logo, que eu prometi te levar para tomar café com a Michele. Chegamos e encontramos a loja da Michele com as mesas todas lotadas. São 10 mesas, sendo quatro para duas pessoas cada, que ficam todas dentro da loja e mais seis mesas, de quatro lugares cada, no exterior da loja, havendo ainda seis banquetas individuais coladas no balcão de atendimento. Fomos muito bem recebidos pela Michele, que nos levou para essas banquetas, de onde deu para ver os motoboys saindo a toda hora para entrega de mercadorias. Fomos servidos com um café dos deuses. Tinha de tudo. Logo a Manú reconheceu alguém que estava na entrada da loja, pediu licença e foi conversar com essa pessoa. Depois ela passou também a bater papo com alguns clientes, que passaram a dar toda a atenção para ela. É incrível a capacidade de entreter as pessoas que a Manú possui. Fiquei admirando, pois ela estava deslumbrante. Até que teve uma hora que ela levantou o olhar, me olhou por algum tempo, sorriu mais ainda e continuou conversando. Nessa hora ouço a Michele falar: — É muito bom ver vocês sorrindo um pro outro. O amor é devastador, quando vem não sobra nada. Formata, destrói e constrói algo novo. Me virei e vi que ela estava trazendo um manjar, que era uma receita nova para degustação. Estava simplesmente divino. E ela continuou falando: — Beto, eu fui casada por 16 anos, tive três filhos e nunca vi meu marido me olhando como você estava olhando para ela agora pouco... eu torço muito por vocês. Vejo que você é uma pessoa muito boa e a Manú é espetacular... eu vejo a química entre vocês. Eu falei para ela e para o Fábio que o casamento deles não era certo, eu não via amor de verdade ali, eu só enxergava uma amizade muito grande entre os dois. E olha que de amor eu entendo! Bem, quer dizer, da falta de amor. Eu me casei com um negão, pensando que iria me dar bem, só que o bicho era preguiçoso, me tratava com indiferença, tinha o pau pequeno... me desculpe a sinceridade... e ainda era brocha, só funcionava com um azulzinho... E acredito que vocês vão vencer juntos... qual o seu signo? — Signo? — Sim, quando você nasceu? — Eu sou de janeiro, dia seis. — É capricórnio... A Manú é virgem... Até no signo vocês combinam. São dois signos rigorosos e que possuem o elemento terra. Vocês são pessoas racionais, organizadas, muito práticas e que possuem o pé no chão. Todas essas semelhanças trazem uma compatibilidade grande entre vocês. Os dois gostam de ser livres e seguir seus caminhos, que tendem a ser o mesmo. Agora vamos para os problemas: preta bem atenção... ela tem a necessidade de independência, que você pode ameaçar, por ser superprotetor. Outra coisa é que vocês tem que aprender a se divertir, principalmente para não perder o romantismo e não deixar o lado amoroso em segundo plano. — Não sei Michele, não sei se acredito nessas coisas. — Pois acredite! Agora, mais ainda, eu sei que o caso de vocês vai dar certo. Só não esqueça de deixar ela sempre em primeiro lugar e continuem sendo carinhosos um com o outro. E eu tenho certeza que a história de vocês está escrita nas estrelas! — Pode deixar comigo. Vendo a Manú ali, interagindo com as pessoas, era fácil notar que ela era realmente linda e tinha uma luz que não sei explicar. E além de inteligente, elegante, independente, linda, generosa, humilde e uma autêntica menina de família, me veio a mente um dos poucos conselhos que recebi do meu pai. Como eu já falei várias vezes, meu pai sempre foi introvertido e caladão, mas uma vez ele me falou que “os atributos físicos e a beleza de uma moça podem até chamar a atenção logo no começo do relacionamento, só que a mentalidade, a disciplina, a honra, o respeito, a responsabilidade, a sabedoria e a generosidade dela é que vão criar seus filhos, não o corpo ou a beleza, portanto, escolha bem.”. Bem, a Manú era a pessoa mais incrível que eu já conheci.
De lá voltamos para o apartamento. Assim que entramos ela correu para o quarto e voltou com um pacote e uma sacola. — Dois presentinhos para você... um é só emprestado. O outro, vamos ver se vai servir. E me entregando a sacola ela ainda falou: — Esse é um quimono para você ir ao treino de jiu-jítsu comigo hoje. Peguei emprestado com o Fábio, que só usou uma vez, num treinamento que a policia deu no ano passado. Abri a sacola e tinha um judogi (kimono de judô) azul, daqueles simples (e não de tecido trançado) e uma faixa branca. Até ri, pois depois que saí do projeto social em que eu ajudava meu professor de judô a dar aulas para alunos carente que faziam jiu-jítsu, nunca mais tinha sequer pensado em entrar novamente em um tatame. Até sentia saudades da minha época do judô, e que jiu-jítsu realmente não passava pela minha cabeça. É diferente treinar judô e jiu-jítsu. Minha intenção não é polemizar, mas no judô se machuca mais, por causa das quedas e os treinos são mais cansativos, devido as repetições. Já no jiu-jítsu os treinos são mais competitivos e é mais fácil de aprender, pois é mais fácil treinar no chão. Judô é chato de treinar, é cansativo, pois busca o resultado e tem muita vaidade. Na prática, o jiu-jítsu acaba virando estilo de vida, as pessoas podem começar mais velhas, aprendem mais rápido. Nessa época eu estava muito chateado com o judô. Eu sempre fui um estudioso desse esporte e, na minha opinião, as mudanças nas regras que foram feitas e 2010, depois em 2017 e as outras de lá para cá, acabaram com a modalidade. Eu tinha certeza que iria adorar voltar a entrar no tatame de jiu-jítsu. Eu sempre gostei da luta de solo. Quando eu era judoca, por muito tempo lutei no pesado e depois fui para o meio médio (de 73 a 81kg) e os meus grandes ídolos eram dessa categoria. Eu adorava a forma como o Flávio Canto levava a luta para o solo e na luta em pé tentava me espelhar no Tiago Camilo, que foi o judoca brasileiro mais eficiente e técnico que já vi. Nas minhas lutas eu ia para cima do adversário, com técnica, dominando a pegada, controlando a distância, assim como ele... enfim, foram bons tempos. Ela me entregou o outro pacote, dizendo que era para irmos a uma festa na sexta-feira. Abri o pacote e tinha um terno preto, que na etiqueta estava escrito “empório Armani”. Na hora olhei bem para ela e antes que falasse que não aceitaria aquilo ela foi logo se defendendo: — Não se preocupe! Quando você foi embora da última vez, garantindo que ia voltar, me lembrei dessa festa. Como minha mãe estava para voltar da França, consegui suas medidas com a empresa que fez a roupa de padrinho do meu casamento e mandei essas medidas para a minha mãe. Vai ficar lindo em você! Quanto a preço, certamente lá em Paris custa menos da metade do que cobram aqui... e ainda minha mãe tem umas conexões e sai mais barato ainda por ser para ela... aceite que é de coração... só experimenta que hoje mesmo já mandamos fazer os ajustes. — É sério Manú, você devia ter avisado dessa festa. Pelo menos eu teria trazido algo mais adequado. — Não amor! Fica tranquilo que amanhã vamos às compras... — Quer dizer que a dona Renate fez alguma coisa por mim, além de pensar em me envenenar... — Acredite, se ela te quisesse morto não estaríamos conversando agora. O problema da minha mãe é que ela é superprotetora com os filhos e briga mesmo. Antes ela te viu como algo para atrapalhar a minha união com o Fábio, então ela foi para cima de você, pelo menos para te conhecer melhor. E foi do jeito dela, totalmente direta. Minha avó, quando era viva, vivia falando para ela ser mais tranquila e se colocar no lugar das pessoas, mas não tem jeito, minha mãe é direta, curta e grossa. — Renate é um nome diferente... — Eu gosto do nome da minha mãe! Meus avós maternos colocaram nomes bíblicos nos filhos. Meus tios se chamam Rebeca, Jacob e o médico é o Michael. Já o nome da minha mãe foi uma homenagem da minha avó Emma para a tia que criou ela, quando eles foram morar nos Estados Unidos. E minha mãe era a filha que tinha mais afinidades com minha avó. Ficou do lado dela até o final... Até para estudar ela escolheu fazer faculdade em Notre Dame, pois ficava próximo de Chicago, que é onde a família da minha avó morava. Ela fez isso para ficar mais próxima e conhecer melhor os parentes. A Manú teve que dar uma saidinha e fiquei no sofá, pensando no quanto nossas vidas foram diferentes. Apesar do que eu sentia pela Manú e do que a Michele havia acabado de me falar, a Manú era de outro mundo, com família rica, com conexões e conhecidos por todos os lugares. Só aquele apartamento dela, que ela ganhou de presente, já era maior que o apartamento que eu tive em Maceió. Esse deveria ter uns 130m² num edifício novo e muito bem localizado. O carro da Manú, que ela também ganhou há pouco tempo era do modelo mais completo e custava mais que o valor que eu fiquei quando dividi com a Fernanda o dinheiro da venda do nosso apartamento. Isso tudo já me tirava o sossego. Quando ela voltou viu que eu estava pensativo e perguntou o que tinha acontecido e olhando para ela falei: — O que você quer para nós? O que você imagina do nosso futuro? Não sei, eu já fui casado... nós já fomos casados... e não terminou muito bem... eu não sei... esse nosso relacionamento vai contra tudo que eu pensei para minha vida depois do meu divórcio... eu te juro que estou com medo. Ela me olhou bem nos olhos e sorriu, então falou: — Seu bobo, eu também estou morrendo de medo, só que tem riscos que valem a pena correr. Minha avó já faleceu e ela era uma pessoa maravilhosa. Eu sinto não ter vivido mais tempo perto dela. Ela sempre foi à frente do seu tempo... ela era sartreana e dizia que somos feitos das nossas escolhas. Para ela você escolher ser uma boa pessoa e fazer o bem te trás recompensas e o meu coração já escolheu você há muito tempo, você é maravilhoso, sensível, inteligente e carinhoso. E cada vez mais eu sinto que nosso futuro é ficarmos juntos. Depois disso, ela começou a me beijar, foi tirando a minha roupa e me deixando louco, pois foi descendo e passando a língua na minha virilha, lambeu meu pau todo e foi até o saco. Depois abocanhou meu pau com toda força, e ela sugava, chupava e lambia com maestria, logo em seguida ela veio para o meu colo e, puxando a calcinha para o lado, se sentou sobre o meu cacete. E aquela boceta apertada comprimindo minha pica não permitia que seus sentidos se desviassem para mais nada, a não ser o prazer de estar sendo, literalmente, vítima de um delicioso estupro. Conforme foi descendo o corpo ela gemeu, revirou os olhos, mas aguentou o pau todinho dentro dela. Transamos a tarde toda. Começou na sala e depois fomos para o quarto. A deitei na cama e coloquei suas pernas sobre os meus ombros e nessa posição a minha pica entrou mais fundo nela. Logo ela estava pedindo mais pica, implorando sem nenhuma vergonha ou timidez. Depois a comi no banheiro, em pé, com ela de frente para mim e me abraçando com as pernas, enquanto eu entrava e saia de dentro dela. Ela não tinha controle de nada e suspirava baixinho, de olhos fechados, como se estivesse em transe. Terminamos na cozinha, com eu sentado numa cadeira e com ela me cavalgando, dançando e rebolando no ritmo de uma música, até que gozei dentro dela e ela quase caiu no chão por estar completamente exausta. Quando ela saiu de cima de mim deu para ver a quantidade enorme de esperma que saiu de dentro da xoxotinha dela. Era tanta porra que chegava a pingar no chão. Pensei que iríamos levar o resto do dia para nos recuperar, porém quando deu umas 18h15min ela já me chamou para o treino e foi trocar de roupa. E tive que ir com ela até o treino de jiu-jítsu. Chegando lá, a Manú me apresentou para o seu sensei, o Sandro, e falei para ele já tinha praticado judô na juventude mas não entrei muito em detalhes. A Manú era faixa marrom e estava com um quimono preto com um detalhe rosa no ombro e com um body por baixo. Fizemos um aquecimento puxado, com alongamentos, rolamentos, flexões, polichinelos, corridas, abdominais e saídas de quadril. Depois de uma meia hora, quando eu já sabia que meu corpo ia reclamar muito no dia seguinte pela falta de costume, fomos para a parte técnica, onde o sensei ensinou algumas posições, fizemos as repetições e depois fomos para as “rolas”, que são os movimentos de luta propriamente ditos, em que normalmente não há finalização. Até ali nada de novo dos treinos que eu já participei. E eu tava de boas, com faixa branca na cintura e zero responsabilidade, só esperando o termino do treino. Só que na hora das rolas, como eu era muito bom no “ne waza” (que são o conjunto de técnicas de judô executadas no chão), eu só estava puxando o os meus adversários para a guarda e esperando o tempo passar. Só que uns moleques que viram que eu estava com a Manú resolveram querem aparecer. O primeiro foi um grandão, que veio para cima de mim com tudo e apliquei nele uma técnica de estrangulamento, chamada “ryote jime”, (lamento pelos termos, mas fica complicado explicar como foi o golpe. É mais fácil o leitor pesquisar na internet, onde há fotos e vídeos detalhando muito bem os movimentos) que fez o moleque quase desmaiar. O pior foi o segundo, um bombadinho, faixa marrom, que quis vingar o amigo e veio muito afoito para cima de mim, levou um raspagem linda e ficou mais putinho ainda. No final do treino o sensei ainda fez umas lutinhas casadas. A Manú “tratorou” um menino, o que deu até medo, pois ela passou a guarda do rapaz como se não tivesse ninguém debaixo dela. Quando chegou a minha fez o bombadinho foi logo se voluntariando para lutar comigo. Ele veio apressado, afobado e levou um “yoko wakare” (que é um golpe de judô) e foi parar do outro lado do tatame. Mas aplicando aquele golpe eu vi que estava lento, destreinado e cansado. O bombadinho se levantou muito rápido e já voltou, tentando agarrar as minhas pernas e levou um golpe chamado “tawara gaeshi”, que é uma técnica de arremesso, em que joguei ele de costas no tatame e já fui por cima, aplicando uma chave de braço chamada “ude garami” e o sensei terminou a luta, apesar do protesto do bombadinho. No final do treino a Manú veio me abraçar e falou: — Você arrasou! Você vai virar um herói aqui, pois acho que todo mundo aqui queria fazer o que você fez com o arrogante do Enilson! Eu só ri, meu tímido e falei: — Acho que levei sorte... Depois o sensei veio falar comigo: — Olha Beto, nunca que você só fez um judozinho quando era criança. — Não é isso sensei, eu aprendi a me defender! O senhor já viu a força que a Manú tem? Rimos muito, nos despedimos e fomos embora. Ainda nessa noite, vi a pistola que a Manú levava na bolsa. Era uma pistola Sig Sauer 9mm e ela me contou que a comprou de um funcionário do tribunal e também me mostrou que tinha um revolver 38, com cano de duas polegadas. Me falou que comprou o revolver assim que passou no concurso de promotora, por orientação do próprio chefe dela. Falei para ela que eu também tinha porte de arma e uma pistolinha .380 e que, quando ela fosse para Criciúma, teria que levar a pistola dela para o clube de tiro, pois faria um sucesso enorme lá com os outros atiradores. Nesse dia conheci uma das camisolas sexys que a Manú havia ganhado das amigas. A camisolinha toda transparente ficou um espetáculo. Não existe melhor afrodisíaco que aquela mulher e ainda partimos para o quarto tempo naquela noite. Chupei a Manú toda, dos pés à cabeça. Me deliciei com a sua xoxotinha e na forma como a Manú rebolava no ritmo em que eu bolinava o seu grelinho, já totalmente entregue a prazer, fazendo caras e bocas e gemendo baixinho. Acabei finalizando a noite fodendo ela de quatro e gozando encima daquela bunda de outro mundo. No dia seguinte saímos para as compras. Comprei sapato, cinto, camisa social, uma gravata e até meias. Eram itens que eu realmente iria precisar outras vezes, pois deixei praticamente todas as roupas que tinha quando saí do apartamento que tinha com a Fernanda, para nunca mais voltar. Na sexta-feira fomos para a festa. Era o aniversário da esposa do Governador do Estado e fomos junto com o Fábio e a Carol. Até brinquei com eles, dizendo que estavam muito elegantes (a ruivinha estava em um vestido vermelho que a deixava deliciosamente encantadora) e quem diria que três Criciumenses pobres, nascidos e criados bairro Paraíso, estariam um dia naquela festa chique e cheia de gente importante. Eu já imaginava que teria que me acostumar, pois quando saíssemos a Manú seria sempre a atração das festas e o centro das conversas. E ela estava linda, com um vestido longo, azul escuro e cheio de pedras e com alças finas. Eu sempre fui meio caseiro e nunca tive muitas necessidades em sair para festas, só que a Manú adorava sair de casa, amava dançar e conhecer novas pessoas. Então, para ficar com ela, eu teria que me acostumar a essas necessidades da pessoa que eu amava. Apesar de naquele dia termos ido dormir bem tarde, no sábado acordamos bem cedo para pegar a estrada. A Manú planejou que iríamos até a cidade de Guajará-mirim, na fronteira com a Bolívia. Só não gostei quando ela apareceu vestindo uma jaqueta, calça de couro e com um capacete na mão. Nessa hora descobri que iríamos de moto. Fui sob muito protesto e já imaginando uma forma de fazer a Manú se livrar daquela moto. Podem até me criticar, mas eu trabalhei vários anos bem na frente do pronto socorro de Criciúma e já vi muita gente morrer, perder membros e até ficar incapacitado devido a acidentes envolvendo motocicletas. E olha que a moto da Manú era linda. Era uma moto Ducati esportiva (modelo diavel), parecendo aquelas de corrida, toda preta e com os aros vermelhos. E não fomos sozinhos no passeio. Fomos num grupo de oito motos. Fomos tranquilos, apreciando a paisagem, chegamos a Guajará-mirim e fomos direto para a travessia de barco, pois todos queriam fazer compras na Bolívia. A cidade do outro lado da fronteira, Guayaramerín, era uma espécie de Cidade Del Leste de produtos importados. Acabei aproveitando a oportunidade e o preço mais baixo e comprei uma câmera Canon Mirrorless para mim. Eu estava mesmo precisando para os projetos do trabalho e também queria muito fazer uns ensaios fotográficos com a Manú. E valeu a pena. Dormimos na cidade e voltamos no dia seguinte, bem mais devagar ainda e fizemos várias paradas. Chegamos ao apartamento da Manú a tempo de assistir o jogo da NFL entre o time de San Francisco e o Seattle Seahawks e pena que o time da Manú perdeu. Passei a semana seguinte lá e só nos desgrudávamos quando ela ia trabalhar. Era incrível como a gente conversava e se entendia como se fossemos os melhores amigos e nos pegávamos a toda hora, igual a dois tarados. Também estudamos muito. Na semana seguinte ela faria a prova do concurso da Procuradoria da República, que era o sonho profissional dela. Procurei ajudá-la ao máximo e até aprendi alguma coisa de direito. Para mim, que sou da área de exatas, que segue o pensamento cartesiano, usando a dedução pura e partindo de verdades, mesmo que essas verdades sejam simples, para chegar nas conclusões. E às vezes o pensamento da área de humanas, no caso o direito, às vezes se torna algo muito complicado (complicado até de explicar), pois possui uma visão holística e considera que em cada parte está representado o todo e que o todo é mais que a simples soma das partes, e toda a subjetividade que possui a matéria. E para mim, como leigo, direito deveria ser sinônimo de justiça, o que na maioria das vezes não é. Fui embora no sábado, pois faria a banca de provas teóricas da ANAC no domingo. Se aprovado eu iria poder começar as aulas práticas no aeroclube e finalmente tentar tirar o meu brevê de piloto de aeronaves.
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Obetão está se mostrando um dos melhores escritores dessa casa. O conto é envolvente e estou adorando o namoro da Beto com a Manu. Só falta voltar com a Nanda na trama. Aguardando a sequencia deste conto meu amigo
Que conto perfeito. Apesar de estar em uma série o capítulo é d+. Foi muito bem escrito, com uma narração competente e de qualidade, que nos coloca no meio da trama. Parabéns e que venham os próximos capítulos.
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