SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 45
Depois de mais duas semanas de trabalho na plataforma, desembarquei em Maceió no dia 14 de dezembro. Cheguei ao meu apartamento e só tomei um banho, troquei de roupas e parti novamente para o aeroporto. Esse voo eu não poderia perder, pois havia combinado de encontrar a Manú na conexão, em Brasília, e de lá até Florianópolis estávamos com passagem comprada, em poltronas um ao lado do outro. E deu tudo certo! Às cinco horas da manhã eu avistei de longe a Manú, junto com o pessoal da conexão, chegando na sala para o embarque no nosso voo. Eu já estava lá há quase uma hora. Ela estava deliciosa, vestindo uma calça jeans skinny, bem justinha e que se moldava deliciosamente ao seu corpo, uma botinha de salto médio e uma blusa de marga comprida de um azul bem vivo. Seus trajes davam destaque para a sua postura majestosa, com a cinturinha fina, o abdômen sarado e, claro que também para aqueles peitos perfeitos, cujos biquinhos estavam duros e marcando o tecido. E por cima de tudo ela usava um casaquinho preto, de tecido bem fininho, e que era mais longo e cobria quase toda a bunda. Aqueles olhos verdes e o sorriso lindo, vindo para o meu lado, jogaram meu sono para bem longe e fomos conversando e namorando até a capital de todos os Catarinenses. Chegamos em Floripa, fomos para um hotel, nos hospedamos, só trocamos de roupa e já fomos passear pela cidade. Levei a Manú na Ponte Hercílio Luz, na Fortaleza de São José da Ponta Grossa, no Mirante do Morro da Cruz e em mais três praias. Só fomos para Criciúma na noite do dia seguinte (dia 16). Ficamos na casa de meus pais, mas até cheguei a dar uma pesquisada em hotéis na cidade pois, caso minha mãe viesse com qualquer implicância para o lado da Manú eu me mandaria de lá. Acho que já contei para vocês que a minha ex-esposa, a Fernanda, era o amor da vida da minha mãe e que ela tratava muito mal a Millene (a esposa do meu irmão), a ponto de eu sair falando alto com todo mundo de lá e pedir um posicionamento do meu pai e do Zé Renato sobre isso. Só que meus pais nos receberam muito bem. A minha mãe abraçou a Manú e foi logo dizendo: — Como você é linda! É mais bonita pessoalmente do que pelas fotos! Que pele perfeita você tem... e esse cabelo é lindo! Você tem que me contar o seu segredo. Quase que eu digo para aminha mãe que é a genética (pensando na Renate e já imaginando como a Manú continuaria linda no futuro). Entretanto, a Manú andava sempre com uns quatro ou cinco produtos, eram dois protetores solar, hidratante e sei lá mais o que. Acabei deixando as duas conversarem sozinhas. A Manú é divertida, carismática e em poucos minutos de conversa já percebi que a minha mãe acabou gostando dela (meus pais já sabia de toda a história, pois da última vez que fui lá já havia conversado bastante com eles). O interessante e engraçado foi que eles colocaram a Manú para dormir no quarto do Zé Renato até ele chegar com a família dele. Só para relembrar, lá na casa dos meus pais são três quartos, com acesso por um único corredor reto. Você entra no corredor e são quatro portas a esquerda. A primeira é a da suíte dos meus velhos, depois vem a porta do banheiro, a porta seguinte é a do quarto do meu irmão e a última porta é a do meu quarto. Como a festa seria no dia 19 e a família o Zé Renato estava vindo de carro e só chegariam na tarde do dia 18, a minha mãe colocou a Manú para dormir lá no antigo quarto dele. Bem, fiquei imaginando como faríamos para acomodar todos nas noites dos dias 18 para 19 e 19 para 20. No dia 20 eu e a Manú embarcaríamos para passar o natal em Belém. Fomos dormir, cada um em seu quarto e em menos de 10 minutos a Manú já invadiu o quarto que eu estava e trancou a porta. Pela luz do abajur dava para ver a beleza de seu rosto que, apesar da carinha de menina, a expressão era de quem estava fazendo arte. Mesmo assim, o seu olhar era penetrante. Ela estava usando um baby doll verde água e com um robe por cima. E ver aquela mulher linda e alta na minha frente, com seus cabelos negros, lisos e compridos, que iam até quase o bumbum, era algo delicioso. A silueta dela era um convite para a luxúria e os seios, sim, os seios são um negócio a parte: médios e firmes, parecendo que foram feitos especialmente para mim. Ela sorriu com aquela boca carnuda, lindamente desenhada e deu para ver os dentes banquinhos e alinhados e, então ela colocou o dendo indicador sobre os lábios, pedindo silêncio e foi se aproximando de mim. Só aquela visão já me deixou de pau duro e, à medida que ela foi se aproximando, os seus lindos olhos verdes começaram a brilhar cada vez mais. Logo o perfume dela já tinha tomado conta do quarto todo e eu estava entregue e totalmente louco por aquela mulher. Ela só me deu um beijo e já foi agarrando o meu pau. — Hummm, tá como eu gosto. Hoje você me paga. Eu é que vou te torturar... E dizendo isso já foi puxando a minha cueca para baixo e aproximando o rosto da minha virilha. Pegou meu cacete pela base, deu um beijo na cabecinha e depois foi enfiando na boca. Que tortura deliciosa! Depois ela o tirou da boca e começou a alternar entre lamber e chupar. Quando chupava a língua ia desde o saco até a glande e roçava a abertura da uretra. Então ela começou a tentar engolir todo o meu pau. Enfiava até a garganta e depois retirava. Ela fez isso por seis vezes e depois partiu para uma punheta, enquanto chupava a cabeça e passava a língua pelo prepúcio, freio e glande. Eu devo ter gemido muito, pois ela botou a outra mão na minha boca. Não tinha mais volta, eu iria gozar e ela notou e aumentou a velocidade das mãos e da boca. Eu a agarrei pela nuca e passei a jogar o quadril para cima até que explodi dentro da boca dela. Era incrível como ela evoluiu no quesito boquete desde que a conheci. Ela era criativa e sabia exatamente como me torturar. E para o meu espanto ela não tirou o meu pau da boca. Continuou com ele na boca, engoliu tudo que saiu lá de dentro e depois me mostrou que havia engolido todo o meu esperma, sem que eu sequer pedisse para ela fazer aquilo. Depois ela se deitou ao meu lado, toda sorridente e acabamos pegando no sono. Acordei lá pelas cinco horas da manhã, com ela saindo do quarto. Passamos os dois dias seguintes visitando parentes, amigos e também ajudando o pessoal na preparação da festa. Apresentei a Manú para todo mundo e éramos inseparáveis. Eu só dei uma despistada nela no dia que fui pegar um encomenda com o seu Ademar, fora isso não nos desgrudamos para nada. No dia 18, já era noitinha quando o Zé Renato, a Millene e o Oliver chegaram. Mamãe fez uma festa para o seu “filhinho” preferido (zero ciúmes da minha parte). Depois minha mãe inventou de me colocar para dormir com o Zé Renato em um quarto e deixar as meninas no outro. E eu já falei que não precisava e que onde já se viu separar a família do meu irmão. Disse que a Manú poderia dormir no meu quarto e eu ficaria no sofá sem qualquer problema. Claro que tive uma visitinha no meio da madrugada. Afinal a minha namorada estava se mostrando quase como uma ninfomaníaca e, dessa época não me lembro sequer um dia em que não fizemos amor. Ela me acordou me abraçando e entrou logo debaixo das cobertas. Fomos nos beijando e resolvi dar atenção para aqueles peitos, que estavam explodindo dentro da camisola. Desci um pouquinho no sofá e os peguei com as mãos, admirei, os apertei carinhosamente e comecei a mamar, enfiando cada um deles na boca. Chupava os mamilos como se fosse um bebê faminto, passava a língua e às vezes dava até uma mordidinha. Agora era ela que gemia. E gemeu mais alto quando passei a acariciar o seu grelinho. Para ela não acordar todo mundo na casa, tive que enfiar dois dedos em sua boca, para que ela chupasse e ficasse quieta. Nunca vou esquecer o cheiro doce daquela xoxota. Desci mais ainda e minha língua invadiu aquela bocetinha macia. Logo eu já estava com um dedo dentro dela e ela lutava, tentando cada vez mais esfregar a bocetinha na minha cara. Até que ela me puxou pelo cabelo e falou: — Me fode! Agora!!! Como não poderíamos fazer barulho e nem fazer movimentos bruscos, devido ao local que estávamos, acabei indo para trás da Manú e ficamos de conchinha. E ela já veio rebolando aquela bunda linda e pedindo para que eu enfiasse tudo. E foi isso que fiz, fui colocando até preenchê-la completamente, introduzindo até chegar ao fundo do útero. Eu comecei a meter e ela a jogar a bunda para trás. Não demorou muito para perceber que aquela situação estava fazendo com que ela tivesse um orgasmo atrás do outro. Aumentei o ritmo, mesmo sob a tortura daquela xoxota mastigando o meu pau, e gozei gostoso, enchendo a bocetinha da Manú com a minha porra. Uns vinte minutos depois que terminamos a Millene passou pela gente e foi até a cozinha, pegou alguma coisa na geladeira e depois voltou. Parou na nossa frente e viu que estávamos ainda agarradinhos e de conchinha, deitados no sofá e cobertos pelo lençol. Ela só riu e voltou para o quarto. A Manú esperou mais uns 10 minutos e foi para o quarto dela também. Nem contei para vocês, mas essa festa de final de ano da família era meio especial, pois também era em comemoração ao aniversário de 80 anos da minha avó, então teria até mais gente presente, pois ela havia convidado todo o pessoal da igreja e fazia questão de que os parentes estivessem todos presentes. Como meus pais ficaram de levar o bolo para a festa e iriam mais tarde, já próximo a hora do almoço. Resolvemos ir os cinco no carro novo do meu irmão, que era um Jeep, e saímos pontualmente às oito horas da manhã em direção ao local da festa. Fui com o Zé Renato na frente e as meninas e o Oliver foram no banco de atrás. A festa seria em uma chácara, em uma cidadezinha próxima chamada Treviso, que ficava a apenas meia hora de onde estávamos. Pouco depois que saímos o meu tio Ângelo me mandou uma mensagem, pedindo para que eu comprasse mais alguns produtos, só por garantia, pois naquela hora da manhã já estavam chegando muitos convidados. Então pedi para o Zé Renato parar no primeiro mercadinho que achasse aberto para pegar os itens pedidos pelo meu tio. A lista tinha uns 15 produtos: quatro sacos de carvão, um balde de maionese, um balde de azeitonas picadas, dois vidros de azeite, quatro fardos de refrigerante e algumas outras coisinhas. Achamos um mercado aberto e, enquanto o meu irmão estacionava o carro, eu já desci, peguei um carrinho de compras e fui pegando o que me foi pedido. Num dos zigue-zague pelos corredores do mercado eu vejo a Millene próximo aos caixas, com o Oliver no colo e conversando com uma moça branquinha e de cabelos castanhos, que estava de costas para mim. A Manú estava lá, mas um pouco distante. Quando a moça se virou eu não acreditei no que vi, pois era a Amália que estava lá. E ela com a maior naturalidade falou: — Oi Betão! Há quanto tempo? Minha expressão deve ter sido bem anormal, pois a Manú percebeu e se aproximou de mim, enquanto que o Millene perguntou: — Você conhece o Beto? — Sim, já estudamos juntos... e morávamos próximos.... — Então você conhece o meu marido — disse a Millene toda empolgada. — Vamos lá para você conferir e dizer se o Oliver não tem todos os traços do pai. Não tive nem tempo de falar nada e as duas já foram em direção à saída do mercadinho, em busca do Zé Renato. A Manú não disse nada. Nosso nível de cumplicidade era monstruoso, ela era inteligentíssima e eu sei que no mesmo instante ela já ligou os pontos e sabia quem era a moça. Então a Manú, que sabia de toda a minha história com a Amália, não precisou dizer nada, porque eu vi o olhar dela dizendo: “tai a menina que te desprezou vendo o que ela perdeu”. A Manú só me perguntou o que ainda faltava na lista e me ajudou a encontrar. Quando já estávamos na fila do caixa elas voltaram. E a Amália tentou falar comigo novamente: — Betão, sabia que você está famoso! Saiu no jornal que você até deu uma palestra no Rio de Janeiro. Eu fiquei orgulhosa... A Millene já se intrometeu de novo: — Aquele mulherão ali é a Manú, namorada do Beto. Não brinca com ela! Apesar de lindona, ela não é modelo, é Promotora de Justiça e das brabas. E, após apresentadas pela minha cunhada, elas deram um aperto de mãos. Pela cara da Manú dava para ver que ela estava se divertindo. Ela, quando é dona da situação, faz um sorriso que marca as covinhas da bochecha. A Amália continuava bonita, magrinha e meiga. Ela não estava tão produzida quanto da última vez que eu a vi, só que ela praticamente era engolida pelo porte e a beleza da Manú. Paguei a conta, nos despedimos e seguimos viagem. No carro, foi o Zé Renato que foi tocar no assunto: — Eu me lembro da Amália bem novinha. Lembro claramente do pai dela, o seu Agenor. Se lembra dele Beto? Era o que tinha um carro Miura vermelho. Nem sabia que o mercado dele era para esse lado... Foi a Manú quem respondeu, com a voz de quem estava lendo uma receita de remédio. E nesse tom ela contou parte da história do meu envolvimento com a Amália. E quando a Manú terminou de contar, foi a Millene quem rebateu: — Manú, você foi quem saiu ganhando nessa. Essa aí foi ouvir a conversinha da mãe, que não acreditava no potencial do Beto e tá aí, solteirona e presa como gerente de um mercadinho, enquanto o Beto lutou, estudou, cresceu, apareceu e está pronto para ganhar o mundo, com você do lado dele. Ela que perdeu um homem maravilhoso, sensível, inteligente e carinhoso. Com esse comentário a história acabou, mesmo porque chegamos na chácara. De longe já ouvimos uma música tocando no rancho coberto, senti o cheiro do alho sendo frito e já haviam umas pessoas jogando vôlei na quadra de areia. Nessa chácara ainda tinha piscina, dois tanques de pesca e campo de futebol. Apresentei a Manú para o pessoal e a Manú adorou a Olívia. Pegou a guriazinha no colo e a Laura, que já conhecia a Manú através do Bidu, a levou para conhecer o restante da parentada. Adorei as duas se darem tão bem logo de cara. Eu sabia que a Laura não suportava a Millene, mas mesmo assim as três foram arrumar um lugar para se acomodar e eu fui ver se alguém precisava de ajuda. Vi que meus dois primos, os filhos da tia Lourdes, ficaram gamados na Manú e ficaram ali rodeado ela. Confesso que não entendo esses meus primos. As minhas primas (também filhas da tia Lourdes) estão bem: a Rita era professora de biologia e estava casada com outro professor. A Rose também se casou, era dona de casa, e o marido dela era virado, o garoto era chaveiro 24 horas e trabalhava com todo tipos de chaves e cofres. Mas os meninos eram um caso sério. Quando eu comecei a faculdade o Roberto já estava a uns três anos cursando engenharia civil em Curitiba. Pois eu fiz a faculdade toda, me formei, já estava trabalhando há anos e ele ainda estava no mesmo curso. Acredito que tenha sido jubilado e fez alguma coisa para continuar. E o Reinaldo estava trabalhando como assessor de um vereador e só falava em esquema (de cada cinco palavras que saiam da boca dele, seis era esquema). Ele era o mais falante e empolgado ao lado da Manú. Mas logo ela se livrou daqueles dois. Mais tarde ela veio me falar: “— A Fabíola queria conhecer algum primo seu que fosse interessante, só que esses dois eu não vou nem pensar em apresentar para ela.” Uns vinte minutos depois a Manú já apareceu montada em um cavalo, toda alegre. Ela parecia aquela criança encapetada que não para um segundo sequer. Só que ela ainda tinha aquele olhar que me enlouquecia de tesão e um rabo maravilhoso, que na sela do cavalo empinava mais ainda. Depois demos uma volta pelo local e não preciso dizer o quanto de olhares ela atraía. Depois fui ajudar no churrasco, almoçamos, comemos, bebemos e tudo mais. Às 15h iria ter o tradicional jogo entre os solteiros e casados. Como eu estava conversando com a minha tia, nem dei muita importância para aquilo. O time dos casados sempre foi muito forte e tinha um pessoal lá que jogava junto desde sempre. E fora que eu também sempre fui meio perna de pau para o futebol. Quando eu resolvi ver o jogo já estava no intervalo, com o time dos casados ganhando por três a um. E a Manú com um bico enorme e querendo jogar. Conversei com os meninos e entramos para jogar. Eu entrei na zaga e ela no ataque. Logo na primeira bola que pegou ela meteu no meio das pernas do lateral esquerdo e fez um golaço, batendo de cobertura e no ângulo. Depois dessa jogada botaram um moleque para marcar encima da minha amada. Levamos um gol de contra ataque e, no final ela diminuiu, fazendo um gol de cabeça, antecipando a todo mundo em uma cobrança de falta. Eu ainda fui para uma dividida com o atacante na lateral, acabamos errando a bola, trombamos e caímos no barranco. A Manú veio correndo e perguntando se eu estava bem e respondi que só o meu orgulho estava ferido. Perdemos o jogo, só que a Manú, sendo a única mulher a jogar, ganhou o coração da torcida. Depois do jogo eu me sentei, totalmente morto de cansado, debaixo de uma árvore e fiquei admirando a Manú jogando futevôlei com uns garotinhos, que não desgrudaram mais dela. E confesso que toda a habilidade em jogar futebol que eu não tenho ela tem. Depois de jogar umas três partidas de futevôlei, a minha namorada veio em minha direção e parecia radiante com o sorriso estampada no rosto. — Beto eu adorei tudo isso aqui. Vamos ter que vir em todos os encontros de família. Adorei jogar futebol com os meninos... na realidade eu até me sinto melhor no meio dos meninos do que no meio das meninas. Quando eu era criança acho até que minha mãe pensava que eu seria sapatão, pois eu só brincava com os meninos, eu jogava bola, subia em árvores e corria para todo lugar. Eu era magrela e pensavam até que eu era um dos meninos. E tem outra, lá em casa é só homem. Eu tenho sete tios e uma tia. São 15 primos e só três primas. Eu cresci no meio de homens e me sinto confortável assim. O melhor do dia foi a Laura ter dito para mim que havia amado a Manú! Passamos o restante do dia na beira da piscina e, como programado, embarcamos na tarde do dia seguinte para Belém. O Zé Renato e a Millene ficaram para passar as festas de final de ano com os meus pais e eu fui passar o natal com a família da Manú. O réveillon eu passaria trabalhando, pois embarcaria novamente na plataforma no dia 28 de dezembro. Realmente a Manú era incrível! Ela tinha o dom de deixar tudo especial. E quando eu não estava com ela, só pensava em como era bom estar ao seu lado. Fui muito bem recebido pela família da Manú. A mãe dela ficou meio ressabiada, mas a Manú disse que isso era passageiro, pois a mãe dela era muito comunicativa e o pai que era mais reservado. Só que eu ainda estava com um pé atrás devido aos interrogatórios que fui submetido por parte da dona Renate da vez anterior e ela era intimidadora. Chegamos em Belém já bem perto da meia noite e fomos para o apartamento. Ficamos conversando até depois das duas horas da madrugada e fomos dormir. Fiquei com o quarto de hospedes, que era colado ao quarto da Fabíola. Quando me despedi já percebi, pela cara de cansada da Manú, que essa noite não teria sexo, o que era algo inédito na nossa história recente. Aproveitei para ver uns álbuns de fotos da Manú e uns cadernos de esboço dela. Minha gatinha era deliciosa desde pequena. Nas fotos dela praticando atletismo dava para ver o corpão que ela tinha, as pernas bem torneadas, as coxas grossas, aquele bundão duro e a barriguinha sarada. Ela sempre foi linda e atraente. Os cadernos de esboço davam uma idéia de como ela era talentosa. Haviam uns desenhos magníficos, com os traços firmes e precisos. Acordamos bem cedo e ela me levou para conhecer o Bosque Rodrigues Alves e depois fomos almoçar com os seus avós, na casa deles. Acho que esse almoço com o seu Antonio e a do Célia foi o primeiro termômetro para avaliar o impacto do nosso namoro e de tudo o que havia acontecido no casamento da Manú com o Fábio. E até onde eu sei, passamos com louvor. Apesar de uns dois puxões de orelhas que a dona Célia deu na Manú, a menina tinha muito crédito com os avós, que demonstraram estar muito felizes com o nosso namoro. Recebi inclusive vários conselhos dos dois, dos quais percebi que a Manú não gostou de uns poucos. E a dona Célia ainda disse que éramos feitos um para o outro antes de nos despedirmos. A Manú ainda me levou para conhecer a casa dos pais dela, que ficava nesse mesmo condomínio, e que estava em reforma. Ela me falou que cresceu naquela casa, que a reforma estava quase terminada e os pais dela voltariam a morar lá em março. Saímos bem tarde de lá e já fomos direto para um ginásio de esportes, onde teria a final do Campeonato Paraense Inter Clubes de Futsal e o Flavinho, irmão caçula da Manú, jogaria pelo Clube do Remo. Chegamos cedo para o jogo e a Manú chamou o irmão para o lado e deu uma bela preleção para ele. Fiquei de longe vendo ela falar, acenar e apontar posições na quadra. No final eles se abraçaram, ele foi para o vestiário e ela veio para o meu lado. — Beto eu tô nervosa. Tentei ajudar da melhor forma possível, só que o Flavinho é muito tímido, ele somatiza tudo, sofre com as próprias cobranças e com o que ele acha que as pessoas vão pensar dele. E ele joga bem, é o craque da família. — Se ele é melhor que você, eu já sei que vai arrasar. Tentei acalmá-la mais um pouco e ela ainda falou mais: — Até para namorar ele é devagar. Não sei por quê! Ele foi criado da mesma forma que a Fabíola. É só um ano de diferença e eles são tão diferentes. A Fabíola é toda descolada e passa o rodo em tudo que é homem, para o desespero da minha mãe, que acha uma loucura ela aparecer a cada semana com um namorado novo. O jogo foi legal. Um pouco violento para o meu gosto. O Flávio não jogou muito, mas quando entrou jogou bem e fez até um gol. E o mais importante foi que o time dele (e da Manú) ganhou no final. Depois do jogo, das comemorações, entregas de medalhas e troféus, quando já estávamos no carro e quase chegando ao apartamento, a Manú me falou: — É tão bom quando nosso time ganha. Olha que lá em casa todo mundo torce pelo Remo. Bem, tem o tio Robson, que meio que não torce para ninguém e os filhos dele torcem para o Paysandu. E o tio Evandro, que quando se formou na marinha mercante morou muito tempo em São Paulo e agora torce para o Corinthians... só que aqui ele torce para o Remo. Mais tarde tive aquela conversa complicada com o seu Arthur, o pai da Manú. Foi uma conversa só de nós dois, na varanda do apartamento. Para mim foi muito tensa, angustiante e tive a impressão de ter demorado uma vida para acabar. Eu me lembro de pouca coisa dessa conversa. Não ensaiei antes e nem escondi nada. Tentei passar para ele que a minha intenção era a de formar uma família com a filha dele. O que eu me recordo bem foi dele me falando isso, enquanto a Renate estava sentada no braço da poltrona, um pouco distante de nós, mas com aqueles olhos lindos e verdes (iguais aos das filhas) encima de mim e nem me lembro de onde ela surgiu: — Você é sincero. Tive uma excelente impressão sua e só ouvi coisas boas de você — disse o seu Arthur calmamente, e ele continuou: — E acho que o fato da minha filha estar apaixonada por você vai facilitar em muito a sua vida. Eu confio na Manú e nas escolhas que ela faz. Ela já é adulta e agora tenho que confiar na criação que dei para ela... De qualquer forma, você tem a minha benção se suas intenções forem de cuidar, proteger e caminhar ao lado de minha filha. Se assim for, eu ficarei muito feliz em recebê-lo em nossa família. Depois a Renate saiu de perto e foi para perto das filhas. Dava para ver a Manú do outro lado da sala, tensa e me olhando de rabo de olho. Dessa parte da conversa com o Arthur eu me lembro bem. Eu discretamente tirei o anel do bolso e mostrei para ele e falei: — O que o senhor acha? Eu amo tanto a sua filha e é assustador o quanto eu a quero. Ela já demonstrou que gosta verdadeiramente de mim e me quer como seu companheiro. O senhor abençoaria mesmo um pedido meu. Ele riu e falou: — Esconde logo isso, antes que ela veja! Quando chega a hora a gente sabe! Se você for em frente com o pedido eu não tenho dúvidas que a minha filha vai se sentir a mulher mais especial desse mundo. Mas não seria melhor você esperar até quinta-feira, quando a família toda estiver reunida? Deve ter sido difícil para a Renate ver o Arthur dar a benção para que eu ficasse com a filha dela. Além de ser uma coroa linda, a Renate era decidida, poderosa e mandona. E com seu estilo dominava totalmente o Arthur e o Flávio. Tenho certeza que seu fosse o marido dela teríamos muitos problemas de relacionamento, pois eu não aceito facilmente ser mandado. E esse era o motivo das brigas entre a Renate e a Fabíola, que como eu, a Fabíola era questionadora e também gostava de se impor e submeter as pessoas a sua voltava, o que fazia com que as duas batessem de frente. A diferença da Fabíola para a sua mãe, é que ela usava outras armas para conseguir o que queria, que eram o seu poder de persuasão e a sedução (ela fazia perfeitamente o papel de menina sexy e inocente para botar os homens e algumas mulheres aos seus pés). Já a Manú normalmente apoiava a mãe e buscava apaziguar os ânimos (acredito que como uma forma de compensar a todos pela fase negra que ela teve quando namorou o Lorenzo). Isso, apesar da Manú ser a mais inteligente de todos, pois sabia usar magistralmente as mesmas armas da mãe e da irmã. Como já disse, a Manú ficava do lado da mãe e mantinha a Fabíola sob controle de uma forma muito inteligente. Fui econômico, pois de uma vez só pedi autorização para namorar a filha do Arthur e já iria pedi-la em noivado. Vocês podem até achar que um pedido de noivado naquele momento possa parecer um pouco precipitado, mas eu estava totalmente apaixonado por ela. Eu nunca havia conhecido alguém como a Manú, uma pessoal que me completava e eu ficava totalmente à vontade com ela. Ela era absolutamente excepcional, não somente por sua beleza e seus dotes físicos, mas principalmente por sua inteligência e pelo seu bom humor . Assim, no dia 24 de dezembro, pouco antes do jantar de natal e sob a filmagem discreta Flavinho, eu chamei a Manú. Nem tinha ensaiado que ia dizer, então pensei rápido e falei: — Você se lembra que uma vez você citou o pequeno príncipe para mim? Pois tem uma outra parte na historia que eu gosto muito, que é mais ou menos assim: “O amor não consiste em olhar um para o outro, mas sim em olhar juntos para a mesma direção.” Gosto dessa parte pois, para o pequeno príncipe, o amor é sinônimo de companheirismo e união. E eu cada vez mais sinto que estou nesse mundo para ficar ao seu lado... então: Me ajoelhei e puxei a caixinha com o anel do bolso e percebi que as lágrimas já brotavam dos lindos olhos da Manú. Ela falou “— NÃO ACREDITO!!!!”. — E saiu gritando, abraçando todo mundo, chorando e fazendo a festa. E fiquei ali ajoelhado e esperando ela voltar. Quando ela notou que eu fiquei ali na mesma posição, ela correu e pulou encima de mim, dizendo: — Sim! Sim! Sim! Eu aceito! Eu te amo! Só então coloquei o anel no dedo dela. Foi esse anel que encomendei com o Ademar, que é o melhor ourives da região de Criciúma. Ele me fez um anel de ouro com um lindo diamante, no estilo americano, clássico. Não foi barato, mais valeu cada centavo que paguei por ele. E de presente de natal para a minha amada, eu ainda levei doze piercings, um mais lindo que o outro, para a Manú usar nas suas orelhas.
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