No domingo só haviam dois compromissos. Das 10h ao meio dia o pessoal da alfaiataria estaria no apartamento dos pais da Manú, para os últimos ajustes nos trajes do noivo, dos padrinhos e dos pais dos noivos e às 19h haveria um ensaio geral do casamento, no salão de festas da Assembléia Paraense (o Clube e não a igreja).
Como o hotel que eu estava era ao lado do prédio em que os pais da Manú moravam, para mim estava tudo tranquilo. Combinei com o Fábio de encontrá-lo lá. Levantei-me lá pelas 9h da manhã, tomei um banho, comi alguma coisa e fui experimentar os trajes. Haviam duas equipes, de forma que as mulheres estavam usando como vestiário o quarto da Manú, que não estava lá na casa, e os homens estavam no quarto do Flavinho. Experimentei tudo, fizeram algumas marcações e ficaram de me entregar a roupa na tarde do dia seguinte. Da família da Manú somente a Fabíola estava em casa.
O apartamento era enorme e muito bem decorado. O que mais me chamou a atenção no quarto do Flavinho foram três desenhos que estavam emoldurados na parede. Um era de uma caricatura do Flavinho, vestido de jogador de futebol e com um dos pés sobre uma bola. Havia também um desenho bem detalhado do rosto do Flavinho e o último desenho era de uma paisagem, com uma casinha, um lago e algumas árvores. Todos os desenhos estavam assinados por Manú. Fiquei me perguntando se era a irmã dele que havia desenhado aquilo. Ela nunca me falou que tinha aquele tipo de habilidades artísticas.
Logo o Fábio chegou e ficamos conversando na sala. Quando não tinha nenhuma mulher experimentando roupas ele me levou ao quarto da noiva e me mostrou o seu quadro de medalhas. No meu quarto, na casa da minha mãe, eu tinha um mostruário com umas 150 medalhas e seis troféus. A Manú tinha certamente mais que o triplo de medalhas que eu tinha, fora os cerca de 20 troféus em uma prateleira. Eu vi que tinham medalhas de futebol, natação, corrida, hipismo e jiu jitsu. E nos troféus havia até um de artilheira de um campeonato interclubes de futebol de salão. Na parede, próximo a uma escrivaninha, haviam várias fotos dela com os pais, com os irmãos, junto com várias outras meninas e até um dela toda vestida com amazonas e ao lado de um lindo cavalo.
Os avós paternos da Manú chegaram por volta das 11h30min. Experimentaram as roupas e a dona Célia convidou a mim e ao Fábio para irmos almoçar na casa deles. Aceitei o convite, mas o Fábio disse que almoçaria com a mãe e a noiva. Como quando eu saí de casa a Fernanda ainda estava dormindo, só mandei uma mensagem para ela, informando onde eu estava.
Eles moravam em uma linda casa em um condomínio fechado. E a dona Célia me disse que haviam se mudado para lá por causa da segurança e por ser uma casa plana, sem degraus e melhor adaptada para a idade deles. O Evandro, filho dela, que eu conheci no dia anterior estava hospedado lá. A Célia me falou que ele era da marinha mercante e era o único dos filhos dela que não morava em Belém. Na realidade ela me falou sobre os seus seis filhos, todos homens. O Arthur era o titular de um cartório, que havia sido anteriormente do pai do seu Antonio. O Robson trabalhava na Secretaria da Fazenda do Estado; o Lucas era dono das farmácias. E ainda havia o Marcos, que era dono de um posto de combustíveis e o Ricardo, que tinha um escritório de advocacia.
A Célia me falou que o Arthur, a Renate e os filhos moravam nesse mesmo condomínio e que haviam se mudado para o apartamento enquanto a sua casa estava sendo reformada. Ela falou ainda que a Renate tinha dois apartamentos nesse prédio de luxo em que eles estavam morando atualmente.
Eles me contaram várias histórias e adorei a companhia. Almoçamos na beira da piscina. Além da comida normal, tinha uma opção paraense, que era açaí puro (não o açaí doce que estamos acostumados no resto do Brasil), acompanhado de dois tipos de farinha (uma de flocos de tapioca e outra amarela) e dois acompanhamentos (carne seca e camarão). Eu optei por experimentar a comida local e confesso que gostei. Só depois do almoço, quando o seu Antonio pediu licença para tirar um cochilo e ficamos só eu e a dona Célia que fiquei desconfortável com alguns questionamentos dela, que foram mais ou menos assim:
— Beto, não me leve a mal, mas eu tenho que perguntar qual a sua relação com a Manú?
— Com a Manú? Somos amigos! Ela vai casar com o Fábio... a conheci tem pouco tempo, mas ela me ajudou muito... então somos só amigos mesmo...
— A Manú é uma menina de ouro. Não é por ser minha neta, mas ela é maravilhosa. É inteligente, educada, voluntariosa... Você acredita que a Renate alfabetizou ela em inglês antes dela ser alfabetizada em português?! Ela é bilíngüe, fala inglês perfeitamente... e francês também... ela morou quase um ano em Paris, estudou em uma faculdade lá... e tem um coração enorme, adora ajudar as pessoas... fora que é muito inteligente, educada e estudiosa... até hebraico ela fala um pouco.
Ela mudou a sua posição na cadeira e continuou:
— Ontem, no churrasco, eu vi uns negócios que achei estranho. Fiquei com aquilo na cabeça e como ainda não consegui falar com a Manú ou a Renate... não sei se você percebeu também ou sabe do que estou falando...
Fiz menção de abrir a boca, mas ela se apressou em continuar falando:
— Eu adoro a Renate. Não escondo de ninguém que ela é minha melhor nora. Adoro ela como se fosse uma filha. Quem me dera todos os meus filhos tivessem conseguido uma esposa ótima como ela... E vejo que ela criou bem aquelas crianças e que elas formarão ótimas famílias.
Ela percebeu que eu a olhava com a expressão de quem não estava entendendo nada e continuou:
— Desculpa, já estou divagando sobre isso. Mas é que ontem, quando meu velho se voluntariou para assar as carnes e depois ficou lá conversando contigo... sabe, eu sou apaixonada por ele... fizemos 58 anos de casados... e não tiro os olhos do meu velho. Toda hora eu dava uma olhadinha e via se ele estava bem... Só que notei que a Manú também não tirava os olhos de lá de onde vocês estavam. E fazia a mesma carinha de apaixonada que eu faço quando olho para o Antonio... Daí pensei, tudo bem... o avô dela está lá e o pai também... só que mais tarde, já durante o almoço e depois dele, ela continuava com aquele olhar e então percebi que era para você. Ela sempre olhava para o lado que você estava! Mesmo com os convidados chegando... ela simpática, dava atenção para todo mundo, mas sempre achava um tempinho para te procurar... olhava para você e parecia feliz.
— Nossa dona Célia, eu juro que não vi nada disso... eu tive um grande problema com meu casamento e a Manú foi a pessoa que mais me ajudou nesse momento difícil que passei. Acho que ela foi a grande responsável por eu ter reatado com a minha esposa.
— Pois eu notei! E tive a certeza disso na hora que a Manú viu a Renate conversando com você e com cara toda amarrada. Isso não é típico da Renate. A minha nora é até um pouco reservada, não sei se você sabe, mas ela não é brasileira, ela é americana... só que ela fazendo aquela cara brava eu nunca havia visto... e a Manú assim que notou aquilo foi correndo para tirar a mãe de perto de você... E depois, eu vi a forma que a Renate te encarava na mesa durante o almoço. Aquilo me deixou desconfortável e até pedi para trocar de lugar com ela.
— Realmente eu também vi a cara da dona Renate e achei estranho... ela me fez várias perguntas antes da Manú chegar... só não sei mesmo. Conheci a mãe da Manú ontem... não tem nem como ela ter alguma mágoa de mim...
— Essa história tá estranha e mal contada. Ainda hoje vou ver se converso com a Renate... e essa sua esposa é estranha. Tentei conversar com ela e não consegui. Ela fugiu das minhas perguntas igual o diabo foge da cruz. Acho que ela tá escondendo alguma coisa. Fora que eu não vejo sentido de vocês não andarem juntos, parece que ela está fugindo de você.
Mudamos de assunto e conversamos ainda por um bom tempo. Depois a dona Célia pediu para o motorista deles me levar até o hotel.
Realmente eu não tinha percebido em momento algum a Manú me olhar, acreditava até que fosse alguma implicância da dona Célia, mas o comportamento da Renate foi real e muito estranho e eu estava doido para saber o resultado da conversa dela com a dona Célia.
A sede social da Assembléia Paraense era linda. Tinha um enorme salão, com piso de madeira, mesas retangulares, pé direito altíssimo e um enorme lustre de cristal no centro do salão. Cheguei lá numa das vans contratadas e constatei que já estava tudo parcialmente decorado. A Fernanda não quis ir comigo e acabou ficando no hotel. Nosso relacionamento estava cada vez mais desgastado. Até discutimos antes de eu ir para o ensaio. Caí na provocação da Fernanda, após ela me responder algo com sarcasmo e aproveitando que eu ainda estava muito puto depois de ver as filmagens dela, acabei explodindo.
No ensaio do casamento o pessoal da organização queria simular a entrada na igreja, além de algumas partes do casamento e, no final, queriam repassar as atividades que teriam no salão, além de fazer uma degustação do que seria servido na recepção, fazendo como se fosse um jantar para os presentes. Haviam umas 70 pessoas no ensaio e mais o pessoal da organização.
Vimos a sequência dos eventos, repassamos varias partes e tiramos praticamente todas as dúvidas. E lá pelas 20h20min terminaram os ensaios. O pessoal da organização ficou anotando uns detalhes e ficaram de servir umas bebidas e o jantar a partir das 21h.
Assim que acabou o ensaio os noivos alegaram que estavam cansados e falaram que iriam embora. E também tinha a dona Alzira que não estava passando muito bem. Só que o Arthur não queria que eles fossem dirigindo, pois haviam tomado algum tipo de bebida alcoólica. O Fábio então perguntou se eu os levaria e eu acabei concordando.
O Arthur então me deu as chaves do carro dele. Fomos então os quatro. O carro do Arthur era um Toyota SW4 e até a Manú sacaneou dizendo que o pai morria de ciúmes do carro e não deixava nem os filhos dirigirem ele.
Deixei o Fábio e a mãe dele no hotel e saí para deixar a Manú. No meio do caminho a Manú disse para seguirmos por outro caminho. Ela me disse que queria tomar um vatapá em uma lanchonete ali próximo. Ela falou que esse era o melhor vatapá de Belém e que eu iria adorar. Segui as orientações dela e chegamos ao local e eles já estavam fechando a lanchonete. A Manú desceu do carro e foi falar com eles. Estacionei o carro e fui atrás dela. Eu estava no meio do caminho e ela já estava voltando, com uma carinha triste, e me falou que não teve jeito. Ela tentou de tudo, mas o vatapá havia acabado mesmo. Ela pensou um pouco e me pediu as chaves do carro, dizendo:
— Tem um lugar, perto de onde eu estudava, que servem um tacacá maravilhoso. Vamos lá? Você já tomou tacacá? Olha, esse é um dos gostinhos do Pará, você tem que provar.
Pensei um pouco e concordei em ir com ela.
— Tá bem! Vamos, mas eu dirijo...
— Poxa Beto, lá é meio complicado de chegar, deixa que eu dirijo... eu sempre ia lá.
Entreguei as chaves para ela e fomos:
Demos várias voltas e entramos em várias ruazinhas e depois passamos em uma estrada com galpões pelos lados. Passamos em frente à Universidade e entramos na segunda ruazinha a esquerda. A ruazinha era sem saída e tinha, no máximo uns 200 metros. Ela terminava em uma cerca e do outro lado parecia que tinha um pasto. No final da rua, do lado direito havia um trailer de venda de comida, debaixo de uma enorme árvore. Só que o trailer estava fechado.
A Manú parou o carro do lado do trailer e praguejou:
— Não acredito! Que droga, também está fechado!
— Deve ser porque hoje é domingo...
— Deve ser isso mesmo. Agora estou te devendo um vatapá e um tacacá.
— Nunca deva para pobres. Eu vou cobrar. E vou querer um suco de cupuaçu também.
Ela riu.
— Vamos descer, eu adoro a vista daqui...
Ela desceu do carro e foi se sentar em um banquinho que ficava debaixo da grande árvore, entre a cerca do fim da rua e o trailer de lanche. Saí do carro e fui me sentar do lado dela e logo ela começou a falar de forma carinhosa:
— Eu adoro a vista da cidade ao longe... os prédios e as luzes... fico imaginando as pessoas trabalhando, ou em suas casas e cuidando de suas vidas.
Realmente a vista era bonita. Depois da cerca de arame farpado havia um enorme pasto e a uns dois ou três quilômetros depois dele dava para ver as luzes da cidade. E ao fundo estava a lua, como também quem observasse a todos.
— Esse terreno é da família do meu avô. É dele e do irmão. O irmão dele inclusive mora em uma casinha lá no fundo à esquerda. Não dá para ver daqui, mas é uma casinha muito simples. Ele gosta desse tipo de vida. E eles combinaram nunca vender a propriedade. Já ofereceram muito dinheiro... muito dinheiro mesmo... eles disseram que os herdeiros que vendam, se quiserem. Já até dividiram tudo... um pedaço para cada filho... só que o usufruto é deles enquanto viverem. O vô Antonio e o Pedrinho são teimosos.
— Acho que eles estão certos. Não tenha dúvidas que tem uma grande carga emocional ali. E pelo que vi o seu avô não está precisando de dinheiro.
— A minha família é muito tradicional e antiga na cidade. O nome Antonio Malcher abre portas.
Olhei para os lados do terreno e não consegui ver o seu final. Dava para ver como o Fábio havia se dado bem, pois a família da Manú realmente era abastada. Resolvi brincar com ela e falei:
— Pena que a barraquinha não costuma ficar aberta. Esse terreno é praticamente do seu pai e você podia fazer sua casa aqui no final da rua e teria um fornecimento ilimitado de tacacá.
Ela não disse nada, só me olhou com um sorriso enorme no rosto. É incrível como eu me sentia bem ao lado da Manú. Apesar de não conhecê-la profundamente, sentia que tínhamos uma conexão. Será que ela sentia essa simpatia por mim? Será que foi isso que a dona Célia notou e confundiu com outra coisa? Resolvi quebrar o silêncio novamente e falei:
— O grande dia está chegando. Amanhã há essa hora você será a Fernanda Malcher Ricci... você está feliz?
Ela abaixou a cabeça, olhou para a aliança no dedo anelar da mão direita, brincou um pouco com ela, e a rodou no dedo antes de responder:
— Eu já te falei... que foi tudo muito rápido... e o Fábio é ótimo... adoro ele...
— Mas.... você está feliz?
— Eu queria viajar, curtir a vida... sei lá, eu não via me casando antes dos 30 anos. Eu pensei que encontraria um príncipe encantando... um homem que me tirasse do sério, que invadisse meus sonhos e me fizesse pensar só nele... que eu vivesse para ele... Eu sei que vou poder viajar e conhecer lugares com o Fábio. Você sabe melhor que eu... ele é um companheirão. E é um doce, apesar daquele tamanho todo...
Ficamos alguns segundos em silêncio e eu abri a boca para falar que não existe esse negócio de príncipe encantado e que eles construiriam a relação no dia a dia, quando ela falou:
— E a Fernanda? Eu só vi vocês dois juntos no aeroporto.
Então eu contei toda a história para a Manú. Falei de como eu e a Fernanda voltamos, de como fomos voltando aos poucos e foi melhorando durante os dias que se seguiram. Falei que quando embarquei pela última vez para trabalhar estávamos até bem e que, quando voltei, ela estava daquele jeito, toda estranha. E falei que estava muito chateado com as atitudes dela, mas que estava esperando voltarmos para Maceió para então botar tudo em panos limpos com a Fernanda.
— É complicado, né. Eu conversei com ela por telefone umas três vezes. Até dei conselhos. Eu vejo a Fernanda com umas atitudes de adolescente. Ela é muito novinha. Têm a idade do Flavinho. E o Flavinho para mim é uma criança. Eu cuidava dele... já dei muito cascudo na orelha daquele moleque... mas nunca deixei ninguém nem olhar feio para ele. Sempre protegi ele... e a Fabíola. E só sou cinco anos mais velha que o Flávio.
— É nítido o quanto eles gostam de você...
— Beto, pode deixar que eu vou conversar com a Fernanda. Se amanhã eu não conseguir, no dia seguinte eu ligo sem falta... Vamos embora! Já está tarde.
Fomos para o carro. Ela se sentou no banco do motorista e eu no do passageiro. Ela ligou o carro e ficou um tempo com as duas mãos no volante. Então ouço a Manú falar baixinho e para dentro, como se tivesse falando para ela mesma: “— Que se foda!”
Então ela abriu a porta, saiu do carro, deu a volta pela frente do carro, abriu a porta do passageiro e, se inclinando para dentro do carro veio me beijar na boca. Não foi um beijo qualquer, foi algo avassalador. Meu coração batia tão forte, como se quisesse escapar do meu peito. Enquanto ela tentava enfiar a língua na minha garganta, eu consegui afastar um pouco a Manú de mim e perguntei assustado:
— O que você está fazendo?
— Não pergunta nada... não pensa... só me beija...
A boca dela estava a milímetros dos meus lábios e o seu perfume era delicioso. E ela entrou no carro muito rápido, então subiu seu corpo e ficou frente para mim, se ajoelhando no banco do passageiro, praticamente montada em mim. Aquela morena linda e gostosa, que tinha um sorriso radiante agora estava com uma expressão no rosto que parecia totalmente dominada e entregue a luxuria.
Eu achava que aquelas histórias de feromônios, que serviam, entre outras coisas para atração sexual, eram uma baboseira, porém o perfume da Manú, ali encima de mim, me deixou inebriado. Eu perdi o controle e entrei totalmente no piloto automático, em total êxtase.
Poxa, já faziam mais de quatro anos que eu sequer beijava uma outra mulher além da Fernanda. E quem estava ali encima de mim era a noiva do meu melhor amigo, que iria se casar com ele no dia seguinte. E não sei como tudo aquilo, como um passe de mágica, sumiu da minha mente.
Beijamo-nos. Beijar é pouco, quase nos comemos. O primeiro beijo, de língua, foi cheio de desejos e vontades. Ela estava pegando fogo e parecia que queria me devorar, de tanto tesão. Ela mordia meu lábio inferior, enfiava a língua o máximo que podia dentro da minha boca e chupava a minha língua. Tudo isso com ela esfregando a xoxota na minha pica, ainda por cima da calça. Minha pica pouca vezes ficou tão dura e estava quase explodindo dentro da calça, pois já não tinha mais espaço para crescer lá onde estava. A Manú estava sedenta e mexia o quadril para frente e para trás, rebolando descontroladamente. Ela estava vestindo uma roupa leve, trajando camiseta e uma saia comprida e cheia de pregas. E que delícia foi passar as mãos por aquele corpo escultural. Nossos corpos se encaixavam perfeitamente, como se estivessem sido feitos para ficarem colados um no outro.
Ela parou de me beijar e me encarou. Quando eu olhei nos olhos da Manú aconteceu algo muito estranho. Eu travei, literalmente. E pela primeira vez na vida fiquei paralisado. Por mim eu ficaria por horas ali parado, só olhando para o rosto dela. Os lindos olhos verdes, a boca carnuda, que estava semi-aberta, mostrando dentro dela os dentes branquinhos e suas narinas estava dilatadas, demonstrando toda a sua excitação. Então, ainda com a respiração ofegante ela me falou:
— Vamos para o banco de trás...
E já foi me puxando para a parte de trás do carro, enquanto tirava camiseta. Sentei no banco traseiro, já com ela desabotoando a minha calça jeans. A ajudei, descendo o zíper e logo após ela arriou a minha calça, já com cueca e tudo. Aí ela deitou de bruços no banco e pegou na minha pica, que já estava babando. Ela, pela primeira vez sorriu e falou baixinho: “— Nossa, adorei!”. E caiu de boca no meu pau. O tesão era tão grande que quase gozo na boca dela. Por sorte a Manú não era uma boqueteira de primeira e tinha muito que aprender. Enquanto ela me mamava acariciei aqueles lindos, sedosos e longos cabelos negros. Depois aproveitei para soltar o sutiã, e vendo, pela marquinha que a Manú estava bem bronzeada (nas costas dela o bronzeado era só uma linha). Estava bem escuro, mas deu para ver também que as costas dela eram super bem definidas.
Já tive o prazer de fazer amor com algumas mulheres bonitas, mas certamente a Manú foi a mais deliciosa com quem já transei, Eu fiquei sentado do bando de trás do carro, com a calça arriada e ganhei um boquete. Puxei seus cabelos para o lado e pude ver aquela linda boca chupando meu cacete. Que delicia! Ela abocanhou o meu pau e só parava rapidamente para respirar. Enrolei os seus cabelos em minha mão, por trás de sua nuca e comecei a forçar sua cabeça para baixo, enquanto subia o quadril, começando a foder aquela boquinha linda e carnuda.
Como eu já disse antes, a Manú estava faminta, então ela se levantou e voltou a montar em mim, na mesma posição em que estávamos no banco da frente. Voltamos a nos beijar e ela a esfregar a xoxotinha no meu cacete. Aproveitei para levantar a saia dela e apertar aquela bunda maravilhosa. Quando ela se afastou um pouco de mim, buscando uma posição melhor para a esfregação, pude ver os seios mais lindos que já vi até hoje. Os peitos da Manú não eram desse mundo. Eram naturais, de um formato perfeito, seu tamanho era de médio para grande e eram muito duros. A auréola era rosada e pequenininha, pouco maior que uma moeda de cinco centavos e o biquinho pequeno, duro e apontando para cima. Era um convite para ser chupado. Eu nem vacilei e já abocanhei um deles com vontade e depois o outro. Mordi um biquinho e ela me abraçou e gemeu no meu ouvindo. Então ela me olhou nos olhos, e seus imensos olhos de um tom verde magnífico quase me hipnotizaram novamente. Passei as mãos por aquelas pernas perfeitas, enquanto ela puxou a calcinha para o lado, pegou o meu cacete e o encaixou na entrada de sua boceta e já começou a forçar a penetração.
— Eu tenho uma camisinha na carteira...
Eu sempre transei com a Fernanda usando camisinha e andava prevenido, pois na época que estávamos bem não tinha lugar nem hora para transarmos.
— Não! Eu quero você! Vem sem nada! Enfia logo! Estou loca de vontade de dar para você! Me fode! Me faz gozar!!!
Ela disse isso praticamente sussurrando, de boca aberta, com o nariz dilatado, enquanto forçava o quadril para baixo, e minha pica, totalmente dura, estava tendo a maior dificuldade em penetrá-la. Ela parecia que estava em transe e me olhava com muito desejo. Apesar da minha pica estar babando e da xoxota da Manú estar muito molhada, a cabecinha escapou umas quatro vezes até conseguir encaixar e começar a penetração. Ela foi rompendo a resistência e entrando com dificuldade e, com os rebolados dela, a cada movimento um pouquinho mais ia para dentro. Ela subia um pouquinho e depois descia forte, fazendo a pica entrar mais um pouquinho para dentro daquela xoxota apertada. E fomos assim até que depois de um tempo a pica toda deslizou totalmente para dentro daquela xoxotinha quente, macia e muito apertada. Ela teve o seu primeiro orgasmo assim que a minha pica entrou toda, batendo no fundo do útero.
Que delícia foi sentir aquela bocetinha quente e apertadinha, que praticamente mastigava o meu pinto. Eu nem me importei por estar sem camisinha. Ela gemia gostoso, já com o cacete todo dentro, enquanto rebolava lentamente em cima de mim, se acostumando com o tamanho e a grossura do meu pau. E em pouco tempo a Manú já estava cavalgando alucinadamente. No início, parecia que nunca tinha montado num cacete de verdade. O barulho de nossos corpos se chocando só era mais baixo que os gritos alucinados dela. Agarrei a bunda dela, abocanhei aqueles peitos e mamei gostoso, pois adoro peitos e aqueles eram magníficos, e estavam mais suculentos por causa das marquinhas de biquíni. Eu chupava os peitos, mordiscava os mamilos e sentia a mão dela na minha nuca, puxando minha cabeça de encontro ao seu corpo, puxando e alisando os meus cabelos, enquanto eu me acabava mamando aqueles peitos.
E que loucura beijar aquela boca carnuda e sensual e ela me olhava cheia de desejos, fora o cheiro dela que estava me deixando embriagado. Eu estava entregue. Ela podia fazer o que quisesse comigo. Nosso sexo era ardente e selvagem, não no estilo de um bater no outro, era mais como um querendo engolir o outro. Como se fossemos dois amantes apaixonados que há muito não se viam.
Logo ela pegou o jeito da cavalgada e quase me mata, pois passou a ser a melhor cavalgada que eu já tinha recebido. Fiquei na duvida se ela era a mulher mais experiente com que eu já havia transado ou que ela tinha o dom natural, pois a cada subida de corpo que ela dava, já descia com força, e ainda dava uma reboladinha, com a pica toda dentro e quase me fazia explodir. Ela quicava e eu gemia. Logo estávamos chegando ao clímax. A Manú cavalgando e rebolando e eu não aguentando mais. Parecia que quanto mais ela gozava mais queria foder. Falei, praticamente gemendo:
— Não aguento mais! Eu vou gozar!
E ela também gemendo respondeu, com uma voz baixinha e rouca:
— Isso... goza... que eu já gozei... e vou gozar de novo... ahhhh!
Ela gozou aos berros, se contorcendo de prazer e se tremendo toda. Eu não estava pensando direito, só queria gozar e a vendo daquele jeito, também gozei deliciosamente. Ela ainda deu uma última sentada, fazendo meu pau ir até o fundo do seu útero. Gozamos juntos. Eu tive um orgasmo alucinante e ela também, pois gemeu alto e gritou em êxtase, com seu corpo tremendo todo.
Parecia que havíamos transado dentro de uma sauna úmida. Estávamos exaustos e transpirando muito. Nossa foda foi uma batalha. Ficamos agarradinhos e sem falar nada por uns cinco minutos. Eu fiquei de olhos fechados, tentando me recuperar, ainda ofegante, e sem acreditar no que havia acontecido. Ela então afastou um pouco o seu corpo do meu e ficamos nos encarando, ainda cansados e ofegantes, ela com as mãos entrelaçadas atrás do meu pescoço e eu agarrado em seus quadris.
Não sei quanto tempo ficamos ali, nos encarando com o rosto dela a apenas 20 cm do meu. Podia ver perfeitamente que seus olhos, sua boca e seu nariz, que eram perfeitos... que cabelo cheiroso... minha mente estava fervilhando de pensamentos e emoções conflitantes. Eu tinha acabado de gozar e meu pau continuava duro e eu não queria mais sair de dentro dela. Eu sentia a sua bocetinha se contraindo deliciosamente em volta da minha pica, praticamente tentando sugá-la mais para dentro ainda. Eu queria beijar mais aquela boca e tentava não olhar para aqueles mamilos perfeitos à minha frente. Não fiz nada disso, ficamos só nos encarando, com desejo. Acho que a cabeça dela também estava a mil e ficamos ali até que a Manú saiu de cima de mim e falou baixinho: “— Que merda que nós fizemos!”
Ela se sentou do meu lado, me abraçou forte e, ainda ofegante, me deu um beijo apaixonando antes de deitar a cabeça no meu peito. Ela parecia querer desfrutar um pouco a mais das minhas carícias. Quando ela me olhou de relance, deu para ver seus olhos brilhando devido à intensidade do momento que tivemos juntos. Só quando ela passou a mão no banco, e vendo que estava todo melado, da mistura de nossos fluidos, que haviam escorrido de dentro da bocetinha dela, que ela se separou de mim, virou para o lado e reclamou:
— Se meu pai ver isso vai me matar...
Ela foi tirando a calcinha de algodão e começou a limpar o banco de couro. Eu me lembrava que no painel havia um vidrinho de álcool em gel. Peguei o vidro e a ajudei a limpar. Com ela de quatro ali dentro do carro eu mais admirava o seu rabo do que limpava o banco. Meu coração estava quase saindo pela boca e eu tinha dificuldades para respirar.
— Acho que já tá bom! Quando chegar em casa eu deixo o carro com o porteiro e peço para o seu Pedrinho lavar o carro logo de manhã... e passar alguma coisa nesse banco, pois está cheirando só a sexo. Vamos embora de vidro aberto, para circular um pouco de ar aqui dentro.
Nos vestimos, entramos no carro e saímos, com ela dirigindo. Por sorte o álcool em gel tinha fragrância de pinho e só isso já disfarçou um pouco o cheiro.
Não falamos mais nada durante a toda a viagem de volta. Acho que a sensação que predominava dentro daquele carro era de culpa e vergonha.
E até hoje ainda penso naquela noite...
E não pensem que haverão consequências desse ato, as quais acompanharemos a quinta parte da história.