SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 12



O semestre seguinte transcorreu sem quase nenhuma alteração, com exceção dos jogos escolares.
A Nanda ganhou medalha de ouro na xadrez e eu consegui quatro medalhas na natação: ganhei as provas de 50 metros peito e dos 100 metros medley e nossa equipe masculina ganhou os 4x50 livre e ficamos em segundo no 4x50 medley, eu nadei essas duas provas.
Minha mãe adorou, pois foram quatro novas medalhas para somar às mais de 100 que tinham no meu quarto. E aproveitei também para fotografar vários dos eventos.
Também consegui passar em todas as matérias e nem estava conseguido acreditar que já tinham ido dois anos do curso de engenharia de computação. Realmente o tempo passou voando. Quanto ao curso de engenharia de telecomunicações, também consegui passar em tudo, porém fomos surpreendidos no final do ano pela noticia que não mais ofereceriam o curso, após apenas três turmas. A faculdade se comprometeu a nos manter até a formatura, e que, muito provavelmente teríamos que juntar turmas para algumas matérias e, possivelmente também teríamos aula com turmas de outros cursos.
Naquelas festas de final de ano a Renata acabou ficando em Criciúma, para passar com a família do Fabrício, que estava em festa, pois seu pai havia sido nomeado Desembargador no Tribunal de Justiça, através de uma coisa chamada “quinto constitucional”, no qual algumas vagas de desembargador são exercidas por advogados indicados e eleitos pelo próprio tribunal e pela OAB (isso foi o que me contaram).
É engraçado que toda vez que eu vejo uma determinada garrafa de whisky eu me lembro do pai do Fabrício. Pois ele me contou várias vezes (eu eu presenciei umas cinco vezes) que em toda festa ou confraternização que o pai dele ia sempre ele levava uma garrafa desse whisky e um copo e ficava bebericando daquela garrafa a noite toda. E não era qualquer whisky, era sempre a garrafinha do Buchanan's de 12 anos.
E como a Renata iria embora logo depois da passagem de ano, acabamos marcando um role no shopping, na véspera de sua viagem de retorno para casa, para comemorar antecipadamente os aniversários meu e do Fábio.
Eu e a Renata chegamos mais cedo e fomos esperar o Fabrício e o Fábio na praça de alimentação. Era cerca de 15h e o shopping estava bem vazio, então escolhemos um lugar, nos sentamos e ficamos conversando. Pouquíssimo tempo depois sinto alguém tocar no meu obro. Quando me viro, dou de cara com a Amália, toda linda, com os cabelos alisados e um sorriso no rosto.
— Oi Beto, tudo bem?
Eu fechei a cara na hora! E a Renata percebeu.
— Eu queria muito falar contigo.
Ela tava toda doce. Só que eu não queria mais confusão para o meu lado. E apontando para uma das cadeiras da mesa em que estávamos falei:
— Senta aí que a gente conversa!
— É que eu tinha muita coisa para te falar e... é meio particular!
— Olha, eu não tenho segredo nenhum que não possa ser falado na frente da minha amiga aqui. E... acho que ainda está valendo aquele seu pedido de nunca mais lhe dirigir a palavra...
Acho que sentindo a tensão ali, a Renata tomou a palavra. E, se levantando estendeu a mão para a Amália.
— Oi, eu sou a Renata, sou amiga do Beto.
Elas se cumprimentaram e a Amália falou:
— Eu sei! Já vi você no clube. Você que é a namorada do Fabrício? Eu já vi vocês dois juntos! Eu sou a Amália. Eu sou... eu estudei com os meninos: o Fabrício, o Beto e o Bidu.
— Que legal... olha, eu vou ali comprar um sorvete e vocês podem conversar melhor...
A Renata me olhou e só moveu os lábios, enquanto me olhava nos olhos, perguntando: “— Tudo bem?”. — E eu falei para ela:
— Pode ir, não tem problema!
A Renata saiu e a Amália sentou na cadeira ao meu lado. Deu um sorriso enorme e foi falando:
— Poxa Beto, já tem muito tempo que eu quero falar contigo.
— Eu continuo morando no mesmo lugar e o número do meu celular também é o mesmo.
— É que... eu... eu queria te pedir desculpas por tudo o que aconteceu... eu só queria fazer do jeito certo e não estragar tudo de novo... Eu sei que você está muito chateado comigo. Chateado há muito tempo e... com toda razão...
— Não, eu não estou chateado com você...
— Então deixa eu te pedir desculpa de novo! Antes... deixa eu te contar tudo o que aconteceu na época. Foi... foi a Lia que armou tudo... junto com a minha mãe... a Lia que me contou que você a estava assediando há muito tempo...
Eu abri a boca para desmentir, mas ela continuou:
— Só ouve! Deixa eu contar toda a história. Então... ela também falou que você não queria nada comigo, que você só queria me usar e eu fiquei muito magoada. Cara, ela era minha melhor amiga... amiga de infância... e depois veio minha mãe e confirmou tudo o que ela tinha dito... Sabe, eu tava apaixonada por você, você foi o meu primeiro amor... eu já não imaginava minha vida sem você... eeee, depois do que elas me falaram, a decepção foi tão grande e eu fiquei tão revoltada que eu queria ver o capeta na minha frente mas não queria te ver.
Ela respirou fundo, juntou as mãos na frente do corpo, pensou um pouco e continuou:
— Só que, depois de um bom tempo, faltando menos de um mês para a gente terminar o ensino médio, estávamos reunidas em um grupo de amigas, contando vantagem e a Lia falou uma besteira muito grande sobre você, que ia contra tudo o que ela já tinha dito antes. Na mesma hora eu percebi e fui pra cima dela. A pressionei, ela tentou desmentir, acabou entrando em contradição e no final ela acabou tendo que contar tudo... Ela contou que foi um plano da minha mãe para nos separar e que tudo que ela tinha falado e tudo daquilo que ela tinha te acusando, era mentira... Sabe, eu fiquei revoltada, briguei feio com minha mãe e até hoje nunca mais falei com a Lia.
Ela limpou os olhos, que estavam marejados, antes de continuar.
— Eu peguei o telefone uma 100 vezes para te ligar, para dizer o quanto eu tinha sido burra por não ter te escutado e pedir o seu perdão. Só não tive coragem... eu queria falar contigo pessoalmente. Daí eu me lembrei que me convidaram para a cerimônia religiosa antes da sua formatura e acabei indo lá só para falar contigo. Só que lá eu vi a sua felicidade e como ela sumia quando olhava para mim... e acabei não tendo coragem de estragar o seu dia. Apenas fiquei ali perto te olhando...
Ela parou de falar para enxugar as lágrimas e aproveitei para falar.
— Não fica assim! Não tem o que desculpar. Na época nós éramos duas crianças imaturas e influenciáveis. Foi traumático, porém passou. Muita água já passou sob essa ponte. Cada um seguiu seu rumo e temos nossas vidas. Garanto que se hoje acontecer algo parecido teremos atitudes totalmente diferente.
— Não! Eu que fui muito burra! Você sempre negou tudo e eu não te escutei... Sabe, tenho um amigo que está estudando na Federal contigo, só que está no primeiro ano. Ele me disse que você é um aluno exemplar. Num dia desses eu esfreguei tudo isso na cara da minha mãe. Falei até daquela maravilhosa palestra que você deu para a minha turma na escola... Apesar de nesse dia eu ter ficado muito puta, pois as meninas lá do fundo só falavam sobre o quanto você era gato e inteligente...
Nessa hora a Renata voltou, com uma casquinha de sorvete nas mãos e sentou-se bem na minha frente, em uma mesa a uns 15 metros de distância de onde eu estava com a Amália. A Amália também viu o retorno dela, mas continuou a falar:
— Nessas férias, depois do meu amigo me contar sobre você, eu acabei criando coragem para te procurar. Conversei com bastante gente, perguntando sobre você, seus amigos e sua família. E olha o destino nos unindo novamente. Qual a chance de eu te encontrar por acaso aqui no shopping?
Ela olhou para a Renata e depois olhou para mim novamente, sorrindo ainda mais e falou:
— Às vezes eu me pego pensando em como estaríamos agora se a gente tivesse continuado a namorar. Penso na gente junto na minha festa de 15 anos. Se estivéssemos juntos certamente eu teria optado por fazer faculdade aqui... Quem sabe se em alguma realidade paralela eu não tenha sido tão idiota e estejamos vivendo esse sonho juntos.
Ela novamente parou para limpar as lágrimas e eu estava doido para acabar com aquela ladainha melada, só que ela ainda continuou:
— Nós dois podíamos marcar para sair qualquer dia... só nós dois. Para conversar mais... quem sabe ir num barzinho... Você está saindo com alguém?
— Olha Amália. Acho que você não entendeu! Eu não carrego mágoas de você! Só que hoje somos pessoas totalmente diferentes, cada um seguiu seu caminho e fez suas escolhas. Não existe mais um “nós”. Eu não quero sair contigo e muito menos ser seu amigo. Isso é coisa do passado... morreu a muito tempo e não tem a menor possibilidade de ressuscitar.
Acho que ela não esperava essa resposta e olhando para a sua cara assustada eu finalizei:
— Eu não sou idiota! Você me dispensou, não acreditou em mim... Amizade... relacionamentos... tudo é baseado na confiança e eu não posso mais confiar em você... Você foi viver a sua vida e eu vivi a minha... nossa conexão acabou e... apesar de não guardar magoas eu não quero conviver contigo.
Após ter falado isso, me levantei e fui sentar junto com a Renata. Fiquei de costas para onde a Amália estava sentada. Poucos minutos depois o Fabrício e o Fábio chegaram juntos. Nos cumprimentamos e logo o Fabrício reconheceu a Amália, que continuava no mesmo lugar.
— Puta que o pariu! Amália, há quanto tempo amiga!
Ele foi lá abraçou ela e a trouxe para a nossa mesa.
— Amália, deixa eu te apresentar para a minha namorada, a Renata. Vem com a gente, vamos fazer um rolê para comemorar antecipadamente o aniversário dos meninos... e que amanhã a Renata vai viajar, de férias, para a casa dos pais...
Foi sem pensar, somente no instinto que eu virei para o Fabrício e falei:
— É sério isso cara! Você vai convidar ela para sair com a gente!?! Pois tchau para vocês, perdi a vontade de sair e estou indo embora!
Saí na mesma hora e nem olhei para trás. Só ouvi o Bidu falando:
— Caralho Fabrício! O Betão sofreu tanto por causa dessa guria e você quer levar ela junto com a gente...
Sequer mudei o ritmo das passadas, pois não tinha o menor interesse em saber qual seria o desfecho daquilo tudo. Então ouço alguém correndo atrás de mim e a voz da Renata dizendo:
— Me espera Beto... você anda muito rápido... posso ir contigo?
— Você não vai ficar com o seu namorado?
— Não! Depois que ele fez essa besteira, só vou conversar com ele mais tarde.
— Ele nem tem culpa! Eles estudaram muito tempo juntos e são amigos...
— Beto, anda mais devagar e me conta quem é essa tal de Amália... e o que ela fez contigo? Desculpa por ter deixado ela sozinha contigo! Eu não sabia que vocês tinham uma história... só deixei vocês conversando porque ela demonstrou que tinha muito carinho...
— Poxa Rê! Não quero falar sobre isso. É coisa de um passado muito distante...
— É que, como membro do fã-clube das “meninas que gostam do Betão”, eu tenho que tomar conta do meu amigo.
— Eu nem sabia que existia esse fã-clube de um membro só... kkkk.
— Nisso você se engana, porque não sou só eu! E olha que sou uma das menos fanáticas. Se fosse a Laura aqui, essa Amália estaria sendo interrogada e se fosse a Nanda, ela nem tinha chegado perto de você...
— Sério?!
— ... a Carol deve ser meio psicopata, só pelo medo que o Fábio tem dela, e olha que o cara parece um armário de tão grande... e tenho mais umas cinco amigas que vivem te paquerando e, além de você não dar bola para elas... ainda tem a Nanda que é apaixonada por você e te vigia igual a um cão pitbull.
— É que um relacionamento não se encaixa nos meus planos atuais... E a Nanda é só minha amiga, assim como você... ela namora firme, e esse ano vai até ficar noiva...
— Mais dá pra ver que ela gosta de você! Ela é reservadona e não fala muito, porém não desgruda os olhos de você nem por um segundo, presta atenção em tudo o que você fala e até olha para onde você olha. Se isso não é gostar e cuidar da pessoa eu não sei o que é.... E vocês seriam um casal bonito...
— Vamos mudar de assunto, que esse papo tá ficando esquisito.
— Já que eu cheguei até aqui, e eu sei que ela é sua prima, mas acho que você e a Laura formam um casal fofo. Ela seria minha primeira opção se eu fosse procurar uma namorada para você. Adoro o jeito que um cuida do outro e o carinho que vocês demonstram a todo momento... dá até inveja.
É interessante que a Laura não gostava da minha amizade com a Renata. Ela recentemente havia me alertado sobre ela e falado que a Renata era muito interesseira. Falou que tava na cara que a Renata gostava de mim e que ficava com o Fabrício só porque os pais do Fabrício tinham dinheiro. Falou até que, em conversa só entre as meninas, a Renata adorava se vangloriar pelos presentes caros que recebia e por andar para baixo e para cima de carro importado junto com o namorado e que já estava planejando um casamento que iria parar a cidade.
— Você tá viajando mesmo. Nós fomos criados juntos. E a Laura é mais que uma irmã pra mim.
Não sei se a Laura falava isso por inveja. Na infância e na adolescência a Laura foi a minha grande amiga. Éramos quase inseparáveis e muita gente pensava que namorávamos. E naquela época a Renata havia herdado o papel de minha grande amiga. Nunca tivemos nada além da amizade, mesmo porque ela namorava um grande amigo meu, porém sempre estávamos juntos e conversando.

No início do semestre me inscrevi para estagiar em uma grande empresa alemã, da área de comunicações e processamento de dados. Essa empresa oferecia todos os anos três vagas de estágio, que duravam 10 meses. Esse era o estágio mais concorrido de todos que eram oferecidos para os alunos de engenharia. E, após fazer prova escrita, apresentar currículo, ser entrevistado e passar por diversas atividades individuais e em grupo, quase não acreditei que fui escolhido para uma das vagas.
Por conta do estágio, que tinha uma carga horária de 20 horas semanais, eu tive que deixar o emprego na loja de informática. O lado bom foi que, além de aprender muito, meu horário era bem flexível. O lado ruim era que bolsa do estágio era uns 30% a menos do que eu ganhava trabalhando na loja.
Esse dinheiro iria fazer falta. Eu queria ficar o máximo de tempo possível sem pedir ajuda financeira para os meus pais, mas via minhas economias diminuírem mês a mês e, pelas minhas contas, durariam mais uns 10 ou 11 meses
Eu, como todo mundo, gosto muito de dinheiro, só que o dinheiro não me move. Hoje a minha visão é de que o dinheiro é um facilitador para muitas coisas, só que acredito que a realização pessoal é muito mais importante. Entretanto, nessa época da minha vida o dinheiro (ou a falta dele) era um grande complicador para muitas coisas que eu queria.
Foi antes do meio do ano que a Nanda fez a maior loucura de todas.
Havíamos combinado de sair para um restaurante mais refinado e ela havia pedido para eu não levar mais ninguém. Até aí tudo bem, normalmente saíamos em um grupinho maior, mas às vezes eu saia só com a Nanda.
Logo que cheguei ao apartamento da Nanda já percebi que ela estava nervosa. E logo ela foi falando:
— Há quanto tempo estamos juntos? Não podemos cair em contradição!
Fiz minha cara de “não estou entendendo” e respondi:
— Ué, Não é você que fiz que não estamos juntos! Lembra que não existem sentimentos e.... onde vai ser o interrogatório em que podemos entrar em contradição?
Ela parou, fez a cara de mais desentendida ainda e falou:
— No encontro... com o casal...
— Nanda, volta umas cinco casas nesse jogo, que eu não tenho a mínima ideia do que você está falando!
— Ai Beto, eu contei só o mínimo, porque não sabia a sua reação...
— Você não contou nada! Estou vendido aqui! E não vou a lugar nenhum sem que você me explique certinho o que está escondendo.
— É que eu marquei um encontro com um casal...
— Não, volta mais essa história... eu quero saber desde o começo. Primeiro porque você não queria me contar, depois em que situação e há quanto tempo você conhece o casal, daí sim você fala sobre o encontro.
Ela me deu um olhar desconfiado, escolheu bem as palavras e então começou:
— No começo do ano eu abri uma conta num site de relacionamento, que é especializado em encontro de casais...
— Safadinha né!
— Eu coloquei que a conta era de um casal, e então comecei a conversar com muita gente. Conversei bastante com esse casal, que é de Porto Alegre, e eles me falaram que estavam curiosos sobre fazer uma troca de casal e agora eles estão de passagem aqui pela cidade e querem conversar pessoalmente com nós dois.
— Nós dois? Tipo eu e você? Sobre o que vocês conversaram?
— Eu falei que já éramos casados há uns três anos, que não tínhamos filhos e que já havíamos praticado swing umas outras duas vezes... sim, também falei que éramos bancários.
— Poxa Nanda, não quero te botar medo, mas acho que é em encontros assim que as pessoas acordam no outro dia sem um rim...
Ela me deu seu olhar mais assustando e eu continuei.
— Você conversou com eles fora do aplicativo de relacionamento? Sabe se é um casal mesmo?
A cara de susto dela só piorava.
— Pelo pouco que você me contou, já deu para perceber que você mentiu muito. Com você acredita que eles contaram a verdade para você?
— É mesmo Beto, é melhor não ir! Podemos desmarcar...
Essa foi a pior loucura da Nanda e eu estava pirando. Agora ela queria que eu saísse com uma mulher casada. Pelo menos era com o consentimento do marido. A última coisa que eu queria era me envolver com mulher comprometida!
É agora que vocês vão me chamar de hipócrita, por estar transando há anos com a Nanda, que já namorava com outro cara desde os seus 15 anos. Realmente eu concordo que vocês têm razão. E também, antes da Nanda eu comi muito a Diana, que também era casada. Em minha defesa só posso argumentar que a Diana estava em um péssimo relacionamento e eu só tinha 15 anos e na época sequer imaginei as consequências que esse envolvimento poderia ter. E até o meu envolvimento com a Nanda tinha lá suas peculiaridades que, se não me isentavam da culpa, pelo menos atenuavam. O certo mesmo é que eu corria de mulher comprometida. Sempre respeitei as namoradas de meus amigos e colegas, nunca dei encima das gurias que tinham namorados ou noivos. Das casadas então, eu queria distância. Mesmo assim, resolvi entrar na loucura da Nanda e respondi para ela:
— Não, vamos sim. Dizem que a comida nesse lugar que vamos é muito boa e o preço é justo. Indo lá não quer dizer que vamos sair com esse povo.
— Mas não é perigoso?
— Vamos estar em um local com muita gente e acredito que não tenha problema. Eles sabem seu endereço? Sabem como nós somos?
— Eu mandei para eles uma foto que tiramos na cachoeira do Bianchini, só desfoquei um pouco o nosso rosto.
— E como eles são, tem alguma foto?
Enquanto ela ligava o computador para me mostrar as fotos, foi falando que o casal era formado pelo Luiz, um moreno claro e magro de uns 30 anos, e pela Emily, uma loirinha mignon e siliconada. E que eles trabalhavam na área de turismo. Enquanto ela me mostrava varias fotos do casal eu fui comentando:
— Essas fotos podem ser falsas. Já pensou se encontramos lá só um cara cinqüentão e barrigudo. Ou pior, o cara que contratou uma prostituta barata para servir como esposa nesse encontro.
— Eu nunca imaginei que isso pudesse acontecer! Vamos ficar aqui em casa mesmo! A gente pede uma pizza...
— Não Fernanda! Eu tô contigo para te proteger. Vamos lá... a gente come... Se esse casal aparecer e eu ver que o negócio é muito falso, já mando eles pastarem na hora. Ligo até pra policia! Se eu desconfiar de qualquer coisa. Se tiver qualquer contradição... como você falou antes, ou ao menor sinal de perigo, caímos fora na hora. E eu conto com sua excelente memória para detectar qualquer mentira por parte deles.
Apesar do medo da Nanda, fomos para o restaurante. Nos sentamos e pedimos alguma coisa para comer. Eu fiz questão de ficar posicionado num local onde tinha a clara visão da porta de entrada, podendo, dessa forma, ver quem entrava e saia do local.
Após uns 30 minutos o casal entrou. Eu os reconheci, pois eram os mesmos das fotos. A única diferença é que a mulher estava com a barriga grande, de grávida de uns seis ou sete meses.
Após uma rápida olhada em volta, eles vieram para a nossa mesa e perguntaram se éramos o “casal amour nuage”. Na hora eu dei uma olhada fulminante para a Nanda, pelo trocadilho do nome, pois me lembrava pelo fascínio dela em uma matéria do semestre passado, que envolvia armazenamento de dados na nuvem.
Convidamos eles para se sentarem, eles pediram uns drinks e começamos a conversar. Ainda fiquei um bom tempo de olho na porta do restaurante, para ver se eles não estavam acompanhados e também analisei bastante o que eles falavam e suas reações.
Fiquei impressionado com a desenvoltura da Nanda na conversa com eles. Ela estava falante e descontraída. Fiquei entusiasmado em como a Nanda havia evoluído em tão pouco tempo. Quando a conheci ela parecida um vulcano da série de TV Star Trek: fria, sem emoção e quase sempre monossilábica.
O outro casal estava nitidamente nervoso, por ser seu primeiro encontro. Mas com o tempo a Emily se soltou mais, demonstrando empolgação com as histórias de encontros fantasiosos que a Nanda ia contando.
A conversa foi ficando mais descontraída, enquanto a Nanda e o Luiz tomavam seus drinks eu e a Emily ficamos no suco. Eles nos contaram que eram de Cachoeirinha, na grande Porto Alegre, que já estava casados há cinco anos e que essa fantasia de fazer troca de casal já estava se desenvolvendo a mais de um ano. Falaram que estavam grávidos de sete meses e tinham gostado muito de conversar com a Nanda (eles pensavam que falavam com o casal) pelo site de relacionamentos.
Acabamos simpatizando com eles. Apesar da desconfiança inicial eles não demonstravam que eram perigosos. E após duas idas ao banheiro e muito cochicho entre as duas, veio a proposta de irmos para o hotel em que eles estavam. Onde poderíamos ver o outro casal ter intimidades, sem ter a troca de casal, nesse primeiro encontro.
Eles queriam que os seguíssemos de carro, entretanto, ainda como meio de proteção, pegamos o endereço do hotel e falamos que iríamos passar em um local antes e que chegaríamos uns 20 minutos depois deles.
Acabamos indo a uma loja de conveniência e compramos uma caixa de bombons e aproveitamos esse tempinho a sós para conversar, pois o negócio estava indo bem mais rápido do que eu havia inicialmente planejado.
Ao chegar ao hotel eles já haviam deixado autorização na recepção para subirmos para o quarto, onde formos recebidos pela Emily, que já estava de lingerie vermelha e coberta com um robe de cetim, que mal cobria seu barrigão. O Luiz estava sentado na cama, com as costas na cabeceira e trajando um short também de cetim vermelho.
Sorridente, a Emily recebeu a caixa de bombons e foi falando:
— Pensei que vocês não vinham mais... como é que começamos?
— Não sei. Nesse formato também é nossa primeira vez! – Falou a Nanda também sorrindo.
— Vocês são nossos convidados! Fiquem namorando na cama... Eu e meu amor ficamos assistindo um pouco ali na poltrona e aquecendo os motores...
Ela pegou o marido pela mão e se sentaram em uma poltrona dupla, tipo namoradeira, que ficava próxima à janela. Nisso, fiquei de frente para a Nanda, que sorriu a falou:
— Hoje vamos ter platéia!
Começamos a nos beijar enquanto tirávamos a roupa. Quando eu estava apenas com a cueca box e a Nanda de calcinha e sutiã nos deitamos naquela enorme cama king. E começamos nossa pegação.
Eu evitava olhar para eles, mas a Nanda toda hora virava o rosto e olhava para onde eles estavam. Quando ela retirou minha cueca, pegou meu pau e me deu seu melhor olhar de tarada, acabei olhando para o casal, e vi que eles não tiravam os olhos do que estávamos fazendo e que a Emily estava punhetando o seu marido.
Nessa hora sinto a boca quente e úmida da Nanda deslizando sobre o meu pau. Após alguns minutos de um boquete delicioso, a Nanda para, se vira para o casal e diz:
— Vem Emily... vem para cá!
Vejo então a Emily dar um olhar para o marido, como quem pede permissão, e já se levanta e vem para a cama. A Nanda some para o meu lado e começa a me beijar, enquanto aquela loirinha toma seu lugar, me fazendo um boquete delicioso.
Era a primeira vez que eu estava na cama com duas mulheres e, devo confessar que a sensação foi maravilhosa. Mais logo a Nanda se levantou e foi tirando o sutiã, enquanto se dirigia para onde o Luiz estava.
A lingua daquela loirinha era deliciosa. Ela me lambia, chupava e até cheirava o meu pau. E só o tirava da boca para me elogiar. E aquela mãozinha delicada agarrou meu pau e não queria mais largar.
Eu puxei aquela loirinha para o meu lado e passei a beijá-la, enquanto soltava o sutiã, que guardava um belo par de seios siliconados. Esses foram os primeiros peitos com silicone que vi e estava doido para sugá-los e me acabar neles. Porém eu estava a fim mesmo era de devorar aquela loirinha, mas estava fazendo tudo com muito cuidado por causa do barrigão de grávida dela. Não demorou muito e ela já estava totalmente entregue aos meus carinhos, bem ofegante e com a respiração acelerada.
Logo passei a dedilhar aquela bocetona inchada e melada, de lábios rosados e salientes e, arrancando a calcinha comecei a chupá-la, fazendo a Emily gemer e gritar como uma louca. A xoxota dela estava inchada, com lábios volumosos e raspadinha. Não sei como o pessoal dos apartamentos vizinhos não vieram reclamar. Apesar de grávida aquela loirinha natural se mostrou uma tarada na cama. Ela era daquele tipo de mulher que só malha perna e bunda, então ela tinha os braços e as costas normais e tinha um belo par de coxas e a bunda empinadinha. Não demorou muito para ela implorar:
— Me fode... me mete essa rola... vai... você é muito gostoso...
Quando fui pegar a camisinha, vi que a Nanda estava fazendo o que mais gostava. Estava montada no Luiz, já cavalgando em seu pau.
Coloquei a Emily na beira da cama, na posição de frango assado, e ainda brinquei um pouquinho, só esfregando o pau em sua bocetinha, enquanto ela implorava para ser comida. Quando ouvi o que interpretei como sendo o grito de gozo do Luiz, acabei enfiando a pica de uma vez só naquela bocetinha gulosa.
A segurei pelas pernas e meti sem dó. O tesão era tanto, por tudo que estava acontecendo, de eu estar comendo ela casada, grávida, com o marido do lado e a Nanda ainda presente, que acabei gozando em menos de cinco minutos.
Como a Emily tinha pedido para gozar em sua barriga, na hora que estava para gozar retirei a camisinha e o primeiro jato cobriu a barriga toda, vindo parar em seu seio esquerdo e os dois jatos seguintes chegaram quase no umbigo.

Foto 1 do Conto erotico: SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 12

Foto 2 do Conto erotico: SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 12

Foto 3 do Conto erotico: SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 12


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SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 12

Codigo do conto:
228711

Categoria:
Traição/Corno

Data da Publicação:
05/02/2025

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6

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