Logo no início do ano o Dr. Thomas cumpriu sua promessa e me contratou como engenheiro. A melhora significativa do salário possibilitou que eu ajudasse ainda mais os meus pais.
As três semanas iniciais e obrigatórias das aulas do mestrado foram no início de março e eu consegui participar sem muita perda, pois puxei uns dias de férias atrasadas do trabalho.
Só perdi a semana inicial das aulas do último semestre, no curso de engenharia de Telecomunicações. Pois é, vocês podem ter esquecido, por eu não ter falado muito desse curso, pois não teve quase nada que fosse relacionado ao foco desse texto, porém ele contribuiu muito para a correria que vivi nos últimos anos.
Quando voltei de Campinas, fui na festa dos meus grandes amigos, que logo depois de formados já passaram na prova da ordem dos advogados. O Fabrício acabou herdando o escritório do pai, que agora era desembargador. Já o Fábio foi trabalhar em um escritório de um de seus professores e no meio do ano passou num concurso da prefeitura de uma cidadezinha próxima.
O bom é que, nesse último semestre, eu estava fazendo apenas uma aula, além do estágio obrigatório (que estava fazendo na própria empresa que eu trabalhava) e estava concluindo o TCC, que já havia sido tema do TCC do curso de engenharia de Computação e também tema do meu mestrado que, já havia até começado.
Também fui praticamente obrigado pelo Dr. Thomas a acompanhá-lo suas nas partidas de tênis, que segundo ele seriam essenciais para fechar muitos negócios futuros. Depois disso, e após algumas aulas, passei a ir pelo menos uma vez por semana para jogar tênis com um grupinho de amigos da empresa.
Segundo o Dr. Thomas as propostas, contrapropostas e a maior parte dos negócios eram fechados nas conversas que ocorriam nos intervalos entre os games do jogo.
Em uma das vezes que fui ao clube acabei vendo a mãe da Amália. Ela me viu, mas acredito não me reconheceu. A bruaca estava parecendo um croquete, vestindo um maiô ridículo, cor de mostarda e usando uns óculos escuros maiores que seu rosto.
No final de abril a Emily me ligou, querendo marcar um encontro, pois o casal estava passando pela cidade. Falei para ela que eu e a Nanda havíamos terminado nosso relacionamento e que ela inclusive não estava mais nem morando na cidade, porém ela insistiu em tomarmos pelo menos um cafezinho juntos e acabei aceitando o convite.
Nos encontramos a tardinha, em um restaurante que é próximo ao meu trabalho. Nos cumprimentamos e a Emily foi logo falando:
— Fiquei muito triste quando você me contou que tinham se separado! É por isso que deletaram a conta lá no site.
Só nessa hora que me lembrei da conta da Nanda no site de swing. Que não combinava com a nova Nanda que, nas palavras dela seria “uma mulher fiel e apaixonada pelo marido”.
— Acabamos terminando o nosso relacionamento no final do ano passado e a Nanda voltou para a sua cidade natal.
— Muita pena mesmo, vocês formavam um lindo casal. – Falou o Luiz pela primeira vez.
— Mas sim, como vai o bebê de vocês?
O rosto da Emily se iluminou, enquanto ela respondia:
— Ele tá enorme... corre pela casa toda...
A Emily estava muito gostosa. Toda mignon, parecia uma garotinha em seu vestido bege, bem justinho no corpo. Continuava com o cabelo cortado curto, no estilo Chanel. Já o Luiz parecia que tinha ganhado um pouco mais de peso e agora usava um cavanhaque.
Depois de conversar sobre alguns temas triviais, o Luiz veio com uma proposta:
— Olha Beto, depois de vocês já chegamos a sair com alguns poucos casais. Só que nada foi tão gostoso quanto o encontro que tivemos com vocês... Além de ter sido a nossa primeira vez, ainda teve uma química muito legal entre os casais.
Ele parou, olhou para a esposa, que fez um aceno com a cabeça. Então ele continuou:
— Passamos aqui porque queríamos um novo encontro com vocês... contudo, depois que você nos contou que se separou da Nanda, eu e a minha esposa conversamos bastante e queríamos saber se toparia em transar com a Emily enquanto eu fico no quarto só assistindo.
Confesso a vocês que não esperava essa proposta indecente. Mesmo grávida a Emily se mostrou um furacão na cama, ela adorou minha pica e transamos com muita vontade. Fora que a experiência de comer uma mulher casada foi uma aventura que me deu um tesão enorme. E sem contar, ainda, que desde dezembro que eu não comia uma bocetinha. Só que vinha o receio do Luiz estar presente. Tá, tudo bem, isso já aconteceu, só que na vez anterior foi uma troca de casal e ele comeu a Nanda. E agora, qual seria a reação dele em ver a esposa ali gozando na minha pica?
Aquele pensamento rodou e rodou na minha mente. Eu não sabia o que responder. Até que a Emily colocou a mão sobre a minha e quando olhei em seu rosto ela sussurrou rido:
— Não se esqueça que você me deve uma chupada!
Acabei aceitando entrar na brincadeira.
Quando fomos entrar no carro, o Luiz se sentou no banco do motorista e a Emily me puxou para o bando de trás e lá mesmo no estacionamento já começamos a pegação, com ela me beijando.
Aproveitando que o vestidinho era do tipo “tomara que caia”, não tive dificuldade para colocar aqueles lindos peitos siliconados para fora e passei a chupá-los alternadamente, enquanto já dedilhava a sua bocetinha por cima da calcinha. Meu pau já estava doendo de tão duro que estava e preso dentro da calça.
O Luiz pegou o caminho mais longo até o motel e dirigiu lentamente, apreciando tudo que fazíamos, através do espelho retrovisor. E dessa forma ele pode ver a Emily se soltar de mim, ajoelhando-se entre os bancos e, botando meu pau para fora iniciou uma deliciosa chupeta. E me olhando com a cara mais sínica do mundo falou:
— Agora você me deve duas chupadas!
E foi dessa forma que chegamos ao motel.
Não esperei nem o Luiz fechar a cortina da garagem e já fui puxando a Emily para o chuveiro. Eu estava suado e muito afim de chupar aquela loirinha. Continuei mamando naqueles peitos e passei a chupá-los com violência, para deixar marca mesmo. Enquanto chupava um, com dos dedos espremia o bico do outro. A Emily gemia de prazer e não demorou muito para implorar para que eu a levasse para a cama.
Só nessa hora me lembrei do Luiz, que estava nos observando na porta do banheiro.
Fomos então para o quarto, onde o Luiz já havia sentado em uma poltrona a poucos centímetros dos pés da cama. Mas não esperei chegarmos à cama. Encostei a Emily na parece e me abaixei à sua frente, de forma que fiquei a centímetros de sua xoxotinha. E comecei a chupá-la. Ela não só começou a gemer, como colocou uma das pernas sobre o meu ombro, de forma que aumentou a abertura e pude conseguir chupar, lamber e morder aquela bocetinha deliciosa.
— Seu filho da puta... tava louca de saudades da sua língua... e do seu pau...
Ela delirava e gemia alto, não demorando muito tempo para gozar ruidosamente, enquanto pressionava a minha cabeça contra sua xoxota. Aproveitei para sugar ao máximo aquele mel delicioso que escorria de dentro dela.
— Puta que pariu! Que delicia... Me enfia logo esse caralho!!!
Me levantei, nos beijamos e então falei:
— Vou comer a sua boceta e o seu cuzinho de um jeito que você nunca mais vai se esquecer....
Falando isso já joguei a Emily sobre a cama e vi de relance o Luiz, já tocando uma punheta bem de leve, sentado na poltrona.
Vesti uma camisinha e me deitei sobre ela. Voltamos a nos beijar enquanto eu encostava a cabeça do meu caralho na entrada daquela xoxotinha rosadinha e com ralos pelos loirinhos e comecei a forçar a entrada, bem lentamente.
— Enfia logo... quero sentir seu cacete preenchendo todo o meu útero.
Eu tava a fim de namorar. De ficar um bom tempo com o pau dentro e beijando e chupando aquela loirinha quente. Fui forçando o vai e vêm e só nessa brincadeira ela já gozou. Só que ela não queria brincar, nem namorar, ela queria foder. Então fiz a vontade dela. Enterrei o que faltava da pica de uma só vez na esposa do Luiz e comecei a fodê-la, fazendo o movimento de entra e sai o mais profundo que eu conseguia.
Então eu parei, tirei a pica e fiquei só pincelando a cabeça da pica na entradinha da xoxota dela. Ela queria mais pica e foi logo falando:
— Vai Beto, me fode logo com esse cacete gostoso, me faz gozar...
Era isso que eu queria ouvir e enterrei novamente a pica nela, indo até o fundo. Logo entramos num ritmo alucinante pois, enquanto eu continuava socando com firmeza, chegando no fundo do útero, ela também levantava o quadril, de forma que acho que o Luiz não conseguia distinguir quem estava fodendo quem. A Emily urrava de prazer e gemia igual a uma cadela no cio.
— Caralhoooo... gostosoooo... eu vou desmaiar de tanto gozaaaaarrrrr...
Nesse último estimulo eu não aguentei e acabei gozando também. Dando um grito maior que o dela. Rolei para o lado e fiquei um tempão tentando recuperar o fôlego. Quando se recuperou, a primeira coisa que a Emily fez foi falar com o marido:
— Olha amor, vem ver o estrago que o Betão fez na minha pepeka. Ela tá vermelhinha... vem ver!
Enquanto o Luiz vinha conferir a xoxota da esposa, a primeira coisa que veio na minha mente foi: “Eu não tenho o menor espírito de ser corno... sou muito possessivo pra sequer pensar em dividir a minha esposa com alguém”.
Eu não imaginava o motivo dele ter tanto tesão em ver a sua mulher pulando e rebolando encima do pinto de outro homem, enquanto gritava e gemia.
Depois de mais de uma hora conversando, a Emily falou bem alto, não se dirigindo a ninguém, porém de forma que todos pudessem ouvir:
— Só falta uma DP para terminar bem a noite.
Falando isso ela se deitou sobre o marido e começou a beijá-lo. Logo em seguida já começou a cavalgá-lo, deixando a bunda bem empinadinha, como se me oferecesse o cuzinho. O Luiz já havia me falando que ela só liberava o cuzinho quando estava com muito tesão e eu já havia comido aquela bundinha gostosa e queria repetir a dose, então vendo a sua clara intenção, já fui para trás dela e comecei a forçar o meu caralho naquele cuzinho rosadinho. Logo meu cacete foi vencendo a resistência e invadindo aquele cuzinho apertado. Enquanto isso o Luiz a segurou, abraçando forte a esposa e foi acalmando ela. Logo a Emily começou a empinar mais a bunda, jogando-a para traz, enquanto eu abria a sua bunda com as mãos até que entrou tudo.
Logo comecei a foder aquele rabão guloso, ainda meio desconfortável pela posição, mas logo vi que o melhor era empurrar a Emily um pouco para a frente e depois puxá-la de encontro ao meu pau. Dessa forma ela ficou sendo fodida ao mesmo tempo por mim e pelo Luiz, que estava preso debaixo dela, quase imóvel. A partir daí a foda ficou muito gostosa, principalmente para ela, que gozou loucamente até ficar exausta. O Luiz gozou rapidinho. Acho que vendo que eu ainda queria judiar muito do cuzinho de sua esposa, o Luiz foi legal e, com as mãos, abriu a bunda dela, facilitando o meu trabalho. Eu não os decepcionei e fodi aquele cuzinho por mais uns quinze minutos antes do gozar. Depois caí para o lado, totalmente esgotado.
Nesse dia terminamos a noite no carro, com ela cavalgando no meu pau, no banco de trás, enquanto o marido dirigia para me deixar onde eu havia estacionado o meu carro.
E ainda repetimos a dose no dia seguinte, antes de eles voltarem para Porto Alegre. E que delicia foi comer aquela loirinha casada, com carinha de inocente, corpo de menina, siliconada e que se mostrava uma verdadeira puta entre quatro paredes.
Nessa segunda vez, o Luiz ficou na punheta enquanto a Emily dava uma atenção especial ao me cacete. Ela lambia, beijava a cabeça e chupava com vontade. Depois, para o deleite do Luiz, judiei eu pouco dela, a fiz engolir toda a minha pica até engasgar ou ficar sem fôlego. Ela adorava quando eu mandava ela olhar para o marido enquanto a fazia engasgar com a minha pica na boca. Depois foi minha vez de ficar sem fôlego. A coloquei sentada na minha boca, com ela esfregando aquela xoxotinha na minha língua até gozar. Finalizei fodendo ela de quatro, com aquele rabão empinado para cima. Ela delirou quando a segurei puxando seus braços para trás enquanto socava o cacete naquela boceta gulosa. Nessa hora os seus gritos demonstravam todo o tesão que ela sentia. Quando eu gozei o Luiz já estava quase desmaiando de tanto gozar. No final, quando nos despedimos ela ainda falou no meu ouvido que me amava. Nessa hora devo ter feito uma de minhas caras mais assustadas.
Em maio foi o casamento da Nanda, que mais uma vez fui convidado para ser um dos padrinhos. O Fábio se voluntariou para ir comigo e na última hora a Carol quis ir também. Sua mãe só deixou ela ir depois que garanti que ela ficaria hospedada na casa da Nanda e que eu e o Fábio iríamos para um hotel.
Chegamos a Urupema na véspera do casamento e fomos super bem recebidos por todos, com um belo jantar e pude matar a saudade da minha grande amiga.
Se restava alguma dúvida de que meu “relacionamento” com a Nanda havia acabado de vez, a forma como ela me tratou só serviu para confirmar isso. Ela foi muito gentil e atenciosa, mas fez questão de não dar uma brecha sequer para qualquer forma de aproximação.
No final do dia a Carol acabou ficando na casa de uma irmã da Nanda e eu e o Fábio fomos para um hotel, mesmo sob protesto da Nanda e de alguns parentes que queriam nos dar abrigo. Como eles ainda iriam receber outros parentes que chegariam do interior e eu já tinha feito reserva no hotel, acabamos declinando dos convites.
Ficamos em um quarto duplo e assim que entramos eu já fui falando para o Fábio:
— Se lembra da última vez que dividimos o quarto?
— Porra Betão! Pelo amor de Deus nunca comenta isso com ninguém. Se a Carol sequer desconfiar da orgia com aquelas meninas ela termina na hora!
— Pode ficar tranquilo. Eu não contaria para ninguém nem que virássemos inimigos mortais. Por mim aquilo já morreu... Mas que foi bom, isso foi...
O Fábio sorriu e se deitou na cama.
— Sabe Betão, eu sempre fiquei na dúvida. Ficava imaginando se você acabaria ficando com a Nanda ou a Renata. Você sempre se deu tão bem com essas duas que poderia rolar até um trisal aí na história.
Confesso que nessa hora não consegui segurar uma gargalhada que veio muito espontânea.
— Para com isso Bidu! A Nanda é fantástica, só que ela já entrou na faculdade namorando o Gustavo, coisa de infância. Eu nunca tive chance... sempre fomos só amigos mesmo.
— E a Renata? Quem olha de fora pensa que é você que namora ela. Sei lá, tem uma química... Não vejo o mesmo carinho entre ela e o Fabrício...
— Cara, bem ou mal ela namora um grande amigo meu, aliás, amigo nosso. Poxa, eu nunca daria encima dela e nunca faria nada para tentar tirá-la dele. E se ela tentasse alguma coisa, com certeza eu rejeitaria. O mesmo vale para você e a Carol. Nunca mesmo eu daria encima da namorada de algum amigo meu... e quanto ao trisal, apesar de tentador, não daria certo, pois a Nanda sempre me alertou com relação à Renata, dizendo que acha ela muito interesseira.
— Você sabe que o Fabrício banca a Renata desde que eles começaram a namorar?
— Não, ela nunca me contou isso!
— Pois é isso mesmo! Ele me contou que paga o apartamento dela e ainda ajuda na mensalidade da faculdade. Acho que por isso que ela não o larga.
— Ela sempre desconversa, mas a impressão que eu tenho é que a família dela não tem uma condição financeira muito boa...
— Sabe Betão, eu não ia te contar, mas já que mencionou, uma fez eu já fiz essa pergunta para Renata, sobre a relação de vocês e ela me respondeu que, pensando no futuro, ela estava com o namorado certo...
— É amigo, eu quero saber quando você e a Carol vão se enforcar... hahaha.
— Nem sei Beto. Ela já decidiu que só casa depois de formada. E agora com esse ano que ela passou fora, ficou mais longe ainda. Faltam quatro anos para ela terminar o curso. O lado bom é que vou ficar estudando. Quem sabe se daqui a três anos eu passe no concurso para Juiz Federal. Daí ela já se casa com uma autoridade...
— Pô meu amigo eu torço muito por você e que vocês sejam muito felizes. Me lembro da gente moleque e você já dizia que queria ser juiz... hoje seu sonho tá bem mais perto...
— É, para o concurso da magistratura ainda tenho que comprovar três anos de atividade jurídica.
— Agora é só estudar e trabalhar. O tempo é seu aliado. Vai passar rapidinho.
Eu fiquei muito contente com o casamento da Nanda. Eu fui para o casamento triste, só que vendo a alegria dela, acabei voltando para a casa muito feliz. Eu adorava a minha nerdzinha maluca e a felicidade dela para mim já bastava.
No início de julho foi a minha colação de grau. Finalmente eu havia terminado a outra faculdade. O pessoal da empresa estava louco para me colocar para viajar. Eles estavam com três projetos grandes e precisando de gente para coordenar as equipes. A licitação que haviam vencido em Brasília só crescia, com vários adendos, mas estava sob controle. O que estava atrasado era um trabalho em Florianópolis, que precisava ser concluído até o final do ano. Já o último trabalho, que consistia na substituição de diversos equipamentos em um navio plataforma para exploração de petróleo, que havia sido comprado no exterior por uma grande empresa de economia mista, sob o controle do governo, só iniciaria em setembro, por conta no atraso da chegada no navio.
Assim, o Dr. Thomas me colocou de supervisor, para acompanhar a evolução dos trabalhos no contrato de Floripa.
Só que antes de começar esse trabalho, surgiu a oportunidade de conhecer a sede da empresa, na Alemanha. Acabei passando 10 dias em Munique, onde fizemos também um curso bem completo de segurança de informações. Além de mim, também foram nessa viagem o Dr. Thomas, o Seymour e mais dois outros engenheiros, da área de operações.
O Seymour já havia morado lá, tinha família em Munique e foi um cicerone maravilhoso, me mostrando não só a cidade na visão do turista, mas também me mostrou como as famílias alemãs vivem, interagem e se divertem. Chegamos a visitar um filho dele, uma irmã e uma sobrinha que moravam em Weßling, que é um município vizinho e maravilhoso. Simplesmente amei aquele lugar.
Em um dos primeiros dias da viagem, enquanto almoçávamos, o Seymour fez uma observação que me deixou no mínimo preocupado:
— Olha Beto, continue assim interessado, que o Thomas está te preparando para assumir o lugar dele num futuro bem próximo... toda a empresa, no mundo todo, não importa o ramo de atividade, tem grande dificuldades em encontrar ótimos profissionais, mesmo pagando bem. Agora, imagina se conseguem identificar esse ótimo profissional entre os seus estagiários e o direcionar justamente para onde ela quer. É um sonho... pense nisso...
Ele me falou bem mais coisas, só que essa frase que me marcou. Confesso que era algo que eu não tinha percebido e também não esperava. Eu ali recém saído da faculdade já estava muito satisfeito por estar empregado e ainda mais na minha área. Não tinha planos nenhum para um futuro mais distante.
Comprei algumas lembrancinhas para meus amigos e familiares e, para mim, me dei de presente um relógio suíço lindo, o mais bonito que consegui dentro do meu orçamento.
Assim que voltei ao Brasil, acabei financiando um apartamento para mim, em um prédio que estava sendo construído próximo ao meu trabalho e com previsão de entrega das chaves em, no máximo, 26 meses. O apartamento não era muito grande, porém com um pouco de bom gosto certamente iria se tornar algo bem acolhedor.
Já tinha passado da hora de arrumar um cantinho para mim. Já comentei que, apesar de sempre procurar ser um bom filho, não dar trabalho para meus pais e sempre tentar ajudá-los, para minha mãe parece que isso não contava. Para mim, acho que ela sempre carregou a mágoa por eu não ter conseguido salvar a vida de sua filhinha querida.
E a implicância da minha mãe tinha piorado ainda mais quando mudaram o padre da paróquia. Segundo um amigo meu o novo padre “se achava o próprio cristo”. O novo padre tinha inventado um monte de baboseira e fazia uns sermões que não tinham nada a ver, parecia mais que estava criando uma seita. Na primeira missa dele que eu participei, acabei me levantando no meio do sermão e perguntei para ele onde estava escrito aquilo que ele estava pregando e ele não me respondeu. Então, para não bater boca novamente com ele, e atrapalhar o processo de idiotização que ele estava fazendo cabeça dos fieis, eu acabei me afastando da igreja. Passei a frequentar outra igreja, que até era mais próxima de casa, só que o padre de lá era bem fraquinho.
Esse episódio serviu para que eu estudasse mais as religiões. Na minha formatura da UFSC teve, além de uma missa católica, também um culto evangélico e um encontro espírita. Eu participei de todos eles e gostei. Esse texto não é para discutir religião, então apenas vou falar que minha mãe ficou escandalizada quando passei a ler mais sobre espiritismo, o judaísmo, islamismo, hinduísmo e budismo. Consegui até um livro que comparava o confucionismo com as religiões nórdicas, gregas e romanas. Na religião eu procuro conforto, respostas e uma forma de refletir sobre nossas atitudes.
A supervisão do contrato que eu iria fazer em Florianópolis me obrigaria a ir a cada 15 dias para a capital do Estado. Chegamos à conclusão que o melhor seria ir na sexta-feira à tarde e retornar na segunda-feira pela manhã. Tendo o sábado e domingo para avaliar a evolução do contrato, comparando com o que era previsto, e com isso orientando às equipes quanto às necessidades de evolução dos trabalhos. No começo tive muitos problemas nesse trabalho. Demiti até um funcionário que veio me falar em dar “jeitinho brasileiro” para resolver tudo. Se existem duas frases que eu abomino são: esse “jeitinho brasileiro” e a outra é “politicamente correto”.
Meu mestrado estava indo muito bem. Eu estava conseguindo acompanhar as aulas e o trabalho de pesquisa estava muito melhor do que eu havia planejado. Eu havia montado uns microcomputadores e estava usando sua interface, através da programação que estava desenvolvendo, para não só transmitir os dados com segurança, alta compressão e criptografia forte, mas também estava conseguindo que a transmissão abrangesse vários tipos de sensores ao mesmo tempo, que era algo que eu não havia planejado inicialmente.
Logo na segunda ida à Florianópolis, logo após chegar ao hotel, estava bem chateado por uma discussão com minha mãe, fui dar uma volta e acabei chegando em uma festa, num barzinho nas imediações do hotel. Eu estava viajando direto e minha mãe sequer ligava para perguntar se eu ainda estava vivo. Se eu quisesse falar com ela, era eu que tinha que ligar. Isso tudo, somado a várias outras coisas acabava me chateando. Eu já tinha visto no histórico do telefone celular, que ela ligava pelo menos umas três vezes por semana para o Zé Renato. Ele e a Millene vieram nos visitar na semana anterior e na volta o vôo atrasou e minha mãe só sossegou quando eles chegaram em casa. Já eu, poderia sumir por um mês e ela nem notaria.
Logo que cheguei ao barzinho fui abordado discretamente por uma linda morena, clarinha, de olhos negros e com um corpo maravilhoso. Ela estava com um vestido dourado e curto, cheio de lantejoulas. Dava para ver que era uma mulher muito bem cuidada, pelo cabelo impecável, pelas unhas e maquiagem, isso sem contar os brincos e o colar. O que mais chamou a atenção do status dela foi o relógio suíço, modelo aviador, que eu, como entusiasta da aviação, sabia que era caríssimo.
— Olá, tudo bem?
Dei uma olhada para ela do tipo “é comigo mesmo que você está falando”!
— Nunca te vi por aqui. Acredite, eu lembraria.
— Não moça, eu estou aqui a trabalho...
— Hummm, gosto de homens trabalhadores.
Na hora que ela falou isso, já percebi que tinha alguma armação. No mínimo a garota era prostituta. E, pelo porte da mulher, era uma prostituta de luxo, que eu certamente não conseguiria bancar. Logo imaginei que uma hora com essa mulher me custaria o salário de uma semana.
Conversamos ainda por alguns minutos, e pelo sotaque ela era paranaense ou da região centro-norte de Santa Catarina, pela forma que ela tentava disfarçar o “R” bem forte e como pronunciava o “E” no final de algumas palavras. Apesar do meu Estado ser pequeno, são vários os sotaques regionais. Além desse que acabei de falar, temos também o sotaque dos manézinhos da capital e regiões próximas, que é o mais famoso fora do Estado. Fora esses, ainda temos o sotaque meio cantado e rápido da colonização alemã na região de Joinville, Blumenau e São Bento do Sul; no oeste do Estado temos o sotaque da colonização italiana, que é bem característica; e finalmente na região serrana temos um sotaque mais agauchado.
Em nossa conversa eu fiquei sempre na defensiva. Nos apresentamos, falamos nossos nomes, até que ela falou em valores. E o negócio era mais caro do que eu pensava.
— Olha Letícia, vou ser sincero com você. Você é linda, muito simpática e uma companhia muito agradável, só que eu sou recém formado e acabei de ser contratado e por isso não tenho a menor condição de sequer chegar próximo a esse valor que você me falou... então foi um prazer te conhecer!
— Que pena Beto. Se você quiser ficar por aí, quem sabe a noite é fraca e eu faça uma promoção especial de final de festa pra você...
Ela foi para o lado de fora e começou a conversar com uns gringos que, pelo boné de um deles, eram Irlandeses. Eu fiquei só mais uns 10 minutos e voltei para o hotel. Não tive com a menor vontade de ficar ali a noite toda só na esperança de pegar resto. Fui dormir porque no outro dia teria muito trabalho.