SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 16

Nenhuma das duas nunca me contou como haviam combinado aquele encontro, nem muito menos de onde e como se conheciam e nem que tipo de relação elas tinham. Deu para perceber que a Nanda e a Joana tinham algum lance anterior. Acabei respeitando a decisão delas de não falar nada sobre o assunto e não questionei muito.
Nos três meses seguintes ainda saí com a Joana umas cinco vezes. E foi maravilhoso, pois a menina além de muito gostosa, adorava uma rola. Em todas essas vezes saímos só nós dois. Nunca mais rolou aquele trio junto com a Nanda. Depois desses três meses a Joana me disse que não sairíamos mais juntos dizendo que estava namorando firme e também alegando que a Nanda não estava gostando do nosso envolvimento. Ficamos de boa e nas poucas vezes que encontrei com a Joana na Universidade acabamos nos cumprimentando e conversamos como bons amigos. Para não falar que ficou só nisso, no final desse mesmo ano acabei me encontrando com a Joana em uma festa do curso de fisioterapia e demos um amasso gostoso, que ficou só no amasso mesmo. O engraçado é que, por esses poucos beijos que dei nela nessa festa, acabei virando o herói de muita gente, que nem desconfiavam do relacionamento que já tivemos.
Realmente 2014 foi o ano que o cupido estava fazendo hora extra. Em fevereiro a Nanda noivou, já marcando o casamento para maio do ano seguinte. Meu irmão marcou o seu casamento para novembro. Em julho o Fabrício ficou noivo da Renata e marcaram o casamento para fevereiro de 2016, para logo após ela terminar a faculdade. E o que mais me marcou foi o noivado da Laura que, para a surpresa de todos, foi logo após a sua festa de formatura e já marcaram o casamento para o final do mês de maio do mesmo ano.
O único senão da história, foi que a Carol conseguiu uma bolsa numa dessas ONGs que fazem ação humanitária, tipo médicos sem fronteira, para passar um ano ajudando comunidades, como enfermeira, em Serra Leoa, na África. O Fábio ficou muito chateado, pois ela aceitou ir para lá sem nem consultá-lo. Para isso ela trancou a faculdade por um ano todo.
Confesso que o casamento da Laura gerou em mim sentimentos muito confusos e conflitantes. Nós já estávamos meio afastados há uns dois anos, que pode ser justificado por conta de nossos afazeres e horários conflitantes. Mas, olhando hoje, depois de passados alguns anos, acho que nos afastamos por medo. Apesar dos apesares já há um bom tempo existia uma atração entre nós dois e o tempo e a convivência fizeram ela crescer muito. A ponto de a gente quase se pegar em umas três vezes. E eu tenho certeza que se tivesse acontecido nós iríamos até o final. Não quero nem imaginar o impacto que iria ter na família se nós tivéssemos ficado juntos. Então, acho que por medo acabamos nos afastando um pouco sem nem mesmo conversarmos sobre isso.
Pensando bem, apesar da atração, meus sentimentos pela Laura eram de admiração, pois ela era mais velha (só um aninho) e fomos criados juntos, como eu sendo quase um irmão dela e do Lucas (e até da Rose, a minha outra prima que depois se mudou de perto de casa). E nem imagino em que esse sentimento iria se transformar no caso de um relacionamento real.

Nas férias fui visitar o prof. Robson na UNICAMP. Se eu disser que não amei tudo aquilo vou estar mentindo. Descobri que ele no currículo dele existe a matéria de criptografia na graduação e tive a oportunidade de conhecer o professor dessa matéria. Ficamos conversando por mais de duas horas sobre o assunto. No final esse professor até perguntou se eu não pretendia fazer um mestrado ou alguma outra especialização na área. Fiquei super empolgado com a possibilidade, acabamos trocando contatos e, no final, adorei a experiência.
Depois dessa visita voltei para a casa de meu irmão, que a essa altura já estava morando com a Millene, e de lá fomos para o Rio de Janeiro.
A primeira impressão que tive da “cidade Maravilhosa” foi a de que era um local totalmente diferente de tudo que eu já tinha visto. A família da Millene morava em Niterói. E a partir de lá que conhecemos vários locais da cidade e também os mais famosos pontos turísticos do Rio de Janeiro, nesses nove dias que passamos lá.
Logo que chegamos fomos para o barracão da Escola de Samba. Onde a Millene havia conseguido que desfilássemos em uma das Alas. Acabamos de acertar a compra das fantasias, fizeram os ajustes e também fizemos alguns ensaios da evolução e samba nos dias que se seguiram. Para isso as aulas de dança que eu tinha feito no passado ajudaram muito. Rapidamente eu peguei o ritmo da ala, ao contrário do meu irmão, que parecia um gringo sambando e precisou de muita ajuda tanto nos ensaios quanto em casa para ter um desempenho razoável no desfile.
Me lembro muito bem que desfilamos numa segunda-feira no Sambódromo do Rio de Janeiro. A Viradouro estava na série A (uma espécie de segunda divisão das escolas de samba). Eu e o Zé Renato ficamos em uma ala (vou ficar devendo o nome) em que usamos uma belíssima fantasia vermelha e dourada e nos divertimos muito. Já a Millene foi um caso a parte. Ela, como passista da escola, estava muito sexy, em uma fantasia ricamente adornada. Tanto o enfeite de canela, quanto a sainha e o enfeite de cabeça tinham os mesmos adornos brancos e deles saiam penas vermelhas. No meio do enfeite de cabeça e no enfeite de pescoço tinham ao centro uma enorme pedra vermelha, cercada por pedras menores e prateadas. O frontal da fantasia era todo vazado e coberto por pedras. Ele contornava os seios e descia pela barriga, como se fosse os braços de um polvo, já meio enrolados nas pontas, todos com detalhes vermelhos a prateados. Isso sem contar a maquiagem, que estava lindíssima e que o corpo dela estava todo coberto com um óleo cheiroso e que destacava mais as suas curvas.
Logo que vi a Millene fantasiada já virei para o Zé Renato e falei:
— Presta atenção na sua mulher... não tira os olhos dela, senão você perde essa menina no meio do desfile.
E como a Millene samba bonito. Acho que nem em 100 anos de ensaio eu chegaria sequer aos pés dela. Ela praticamente flutuava na avenida e sempre com o sorriso estampado no rosto.
Quando eles foram nos visitar em dezembro, até que conversei um pouco com a Millene, porém minha atenção estava dividida também para meus avós, a faculdade e a Nanda. Agora, saindo só com os dois, pude ver que ela era uma excelente pessoa e sua família nos recebeu muito bem. Também deu para perceber que eles se amavam. No final, meu irmão me confidenciou que estava terminando de escrever um livro sobre psicologia e já estava tudo certo para ele ser publicado no final do ano, em data próxima ao seu casamento.
E nós demos sorte, porque a Unidos da Viradouro acabou sendo a campeã daquele ano e conseguindo voltar ao Grupo Especial (tipo primeira divisão) depois de vários anos tentando.
No dia seguinte ainda acabei dando uns pegas em uma turista italiana. Fomos a um baile e uma gringa veio pedindo umas informações em Inglês e depois que eu expliquei tudo, ela virou para a amiga e repassou algumas informações em Italiano. Daí desenferrujei meu italiano (eu falo italiano tão bem quanto o português pelo contato com meus pais e avós e ainda fiz um curso avançado e de atualização por fora) e conversamos um pouco e elas saíram. Uns vinte minutos depois ela voltou toda sorridente, contou que era de Roma e eu falei que era descente de italianos e que também estava passando o carnaval no Rio de Janeiro. E acabamos nos beijando e dando uns amassos. E ficou só nisso. A Millene que veio me falar depois:
— Seu safadinho, cheio de cariocas bronzeadas te dando mole na festa e você foi agarrar logo uma gringa.

Já de volta às aulas, e vendo o final dos cursos se aproximarem, organizei meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) usando o mesmo tema para as duas faculdades. Comecei um trabalho bem fundamentado em codificação e criptografia no qual, para o Curso de Engenharia de Computação direcionei para o uso da criptografia como forma de garantir a segurança das comunicações e para o Curso de Engenharia de Telecomunicações dei ênfase para a codificação e compressão de áudio e vídeo, visando não só a segurança, como também um uso menor de banda e o próprio espaço para arquivamento dos dados. Foi no TCC que comecei a criar minhas primeiras chaves criptográficas, que usei como exemplos práticos para cifrar diversos tipos de arquivos.
O casamento da Laura ocorreu no mês de maio. Apesar de não concordar logo no início, acabei sendo um dos padrinhos dela. Ela havia me convidado logo após anunciarem a data do casamento. Conversamos muito naquele dia e pude perceber que ela estava feliz e, como eu já tinha percebido que o seu noivo era um rapaz decente, acabei aceitando.
Ela estava linda em seu vestido de noiva e confesso que derramei uma lágrima quando a vi entrar na igreja ao som da marcha nupcial. No mais, o casamento não teve muito mais o que ser contado. Fora o sentimento de tristeza em alguns momentos. Teve o Lucas, que veio para o casamento trazendo seu companheiro, o Sérgio, que era um cara que já tinha seus 35 anos. Em certo momento da festa, o Lucas me contou, pedindo para não espalhar, que havia abandonado a faculdade e abriu um negócio com seu companheiro.
Conversei com meus amigos e dei de presente para a Laura a filmagem e o álbum de fotos do casamento. Meus amigos capricharam e o trabalho ficou lindo.

Ainda achei tempo para ajudar meu amigo Eli na sorveteria. Esse meu amigo de infância estava com várias idéias para melhorar a sorveteria da família e acabou indo fazer um curso na Itália. Quando voltou, me trouxe várias apostilas e me pediu para ajudá-lo a traduzir o material. Eu já tinha feito um curso de sorveteiro e confesso que foi muito bom vê-lo trabalhando e tentando reproduzir e adaptar as receitas que tinha aprendido na Itália. Foram uns dois meses em que aprendi e me diverti muito.
O mês de julho começou triste com aquele vexame dos 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo. Vocês acreditam que depois disso nunca mais consegui ver um jogo completo da seleção. Já se passaram mais de 10 anos e até hoje tenho essa mágoa daqueles pernas de pau. O pior foi que tínhamos enfeitado a casa e reunido vários familiares e amigos para assistir os jogos e deu nisso.
Pronto! Mais uma vez extravasei a minha mágoa.
Em setembro a Laura embarcou com o marido tentar a sorte nos Estados Unidos. Ele já havia morado lá anteriormente por dois anos e também tinha vários parentes que já estavam há anos vivendo normalmente na terra do tio Sam.
Mas antes disso, aconteceu o concurso do exército. Foi assim. O sonho do Fábio já há muito tempo era passar no concurso para Juiz Federal. E como o seu curso de Direito já estava chegando ao fim, ele começou a estudar e fazer vários concursos públicos. E teve esse concurso do exército, que a prova foi em julho. Ele veio todo empolgado, dizendo que nesse concurso tinham vagas para várias profissões, entre elas Direito e Engenharia de Computação. Falou também o curso para os aprovados seria só no ano que vem. Confesso que nem li o edital, acabei aceitando fazer esse concurso só para fazer companhia ao Fábio, pois o local de provas mais próximo era em Porto Alegre.
O militarismo nunca passou pela minha mente. E nunca tive muito contato com militares. Em Criciúma há um quartel do exército, só que eu nunca conheci ninguém de lá. Só entrei naquele quartel uma vez, quando fui fazer o juramento à Bandeira Nacional, depois que fui dispensado da prestação de serviço militar obrigatório, por excesso de contingente.
Meu tio Ângelo frequentava um clube de tiro e me levou lá varias vezes. Lá eu cheguei a conhecer alguns policiais militares e tive também um amigo de infância, o Luis Carlos, que sei que foi para o Rio de Janeiro e entrou para os Fuzileiros Navais. E a isso resumia minha experiência com o militarismo. Depois, mais para frente da minha vida eu até tive vários contatos com militares, os quais contarei posteriormente.
A prova seria no domingo. Fomos na sexta-feira à tarde, de ônibus, para Porto Alegre e escolhemos um hotelzinho próximo ao local do concurso. No sábado, pela manhã, demos uma volta pelas imediações, para ver o que tinha de bom próximo de onde ficamos e vimos os percursos até o local da prova. Depois fomos turistar pela cidade.
Chegamos à noite ao hotel, tomamos um banho e decidimos ir num boteco que tinha ali próximo, para comer alguma coisa e tomar um vinho quente, pois aquele foi um dia bem frio.
Lá conhecemos, como eu posso dizer, três meninas da vida. E depois de muita conversa e vinho, que falei que estávamos comemorando o aniversário do Bidu (o que era uma mentira), acabamos levando elas para o nosso quarto de hotel.
O nosso quarto de hotel era o mais simples que vocês possam imaginar. Era um suíte, com duas camas, sendo uma de solteiro e outra de casal (que eu ganhei no par ou impar para ficar na de casal), tinha um frigobar e um guarda-roupas embutido na parede. Fora isso tinha uma TV presa na parede e um grande espelho próximo à porta do banheiro.
O Fábio agarrou logo a moreninha, que era a mais bonita. Eu fiquei dando uns amassos na loira, que foi logo abaixando minhas calças e pegando no meu pau. Só que eu tava de olho na branquinha, que era toda mignon e tinha uma bunda arrebitadinha. A branquinha tinha ido ao banheiro e assim que ela saiu eu falei para a loira:
— Dá um trato no meu amigo, que é o aniversário dele.
Ela foi para o lado do Fábio e eu, que já estava com o pau de fora, agarrei a branquinha e nos jogamos na cama. Tirei o vestido dela e já fui mamando naqueles peitinhos durinhos. Logo a loira voltou e já veio lambendo o meu pau. Acho que ela gostou de mim, pois não quis nada com o Fabio. A branquinha que estava comigo e a moreninha que estava com o Bidu depois acabaram trocando de lugar, mas a loira ficou sempre comigo e acabou ganhando uma bela pirocada no rabo.
Eu sei que a suruba foi muito boa, eu tomei dois copos de vinho quente e o Fábio tomou uns quatro e as meninas também estava chapadas. Eu sei que terminei a noite com a branquinha me cavalgando enquanto a Loira dormia do nosso lado e o Fábio e a moreninha dormiam na cama de solteiro. Depois dessa última gozada fui urinar no banheiro e vi que já eram mais de três horas da madrugada.
Acordei às seis horas da manhã com o despertador tocando. Não sei quando elas trocaram de lugar, mas eu estava na cama com a loira e a moreninha, que dormiam profundamente. Me levantei e chamei o Fábio, que me falou que não tinha a menor condição de ir fazer a prova. Tomei um banho e voltei a chamá-lo. Frente a sua nova negativa, também pensei e desistir, mas como já estava ali, acabei me vestindo e fui fazer a prova.
Fui só para me arrepender. Eu estava muito cansado e de ressaca. Devo ter dado uns cinco cochilos no meio da prova, mesmo tendo ido lavar o rosto no banheiro duas vezes. A garrafinha de água que levei para a prova acabou em menos de meia hora. Foi horrível!
Nem mesmo a beleza da chefe da fiscalização da prova, na sala que eu estava, conseguiu me animar. Nem imagino qual era a patente dela, só sei que aquela moreninha da pele bronzeada era linda. Ainda mais naquele uniforme camuflado, que não conseguia esconder seu belo traseiro.
Cheguei ao hotel por volta das 14h e não tinha mais ninguém. O Fábio havia me deixado um bilhete dizendo que foi almoçar com as meninas. Caí na cama e apaguei. Quando acordei já eram 19h. Olhei para o lado e vi o Fábio assistindo TV na cama ao lado.
Tomei um banho e fomos jantar. Daí conversamos muito, sobre tudo que tinha acontecido naquele final de semana. E tive que prometer várias vezes que nunca iria contar nada sobre aquilo para ninguém. Deu para ver o medo que o Bidu tinha de perder a Carol. Mesmo os dois ainda meio brigados pela decisão dela de passar um ano fora do país e longe dele, era claro que ainda havia muito sentimento ali. Acabamos acertando ali mesmo a nossa divisão de gastos e voltamos para casa.
Pegamos o ônibus para Criciúma à meia noite e chegamos por voltas das 4h30min. Eu ainda fui trabalhar naquela segunda-feira.
E o pior foi que, mesmo tendo errado um monte de questões bobas, acabei com a 18ª melhor nota e fui para 12º quando saiu o resultado da redação. Como eram só quatro vagas, eu nem me motivei a seguir fazendo as outras fases do concurso. Já dando spoiler, foram tantos desclassificados e faltantes que em janeiro a última vaga foi preenchida pelo 14º colocado. Ou seja, se eu tivesse continuado, provavelmente hoje estaria no exército e, com meu tio diz, já teria levado muita cadeia.
Mas com certeza eu não iria mesmo. Primeiro porque até hoje não me imagino como militar. Não tenho nada contra e até gosto dos valores e tradições que eles seguem e vejo as missões de auxílio como algo louvável, só acho que ficaria muito engessado se tivesse seguido essa carreira. A outra coisa é com relação ao salário. Eu teria que fazer um curso de quatro meses e depois poderia ir para qualquer lugar do Brasil (possivelmente passar anos em alguma fronteira isolada) por um salário que era menor do que a minha empresa pagava inicialmente para um engenheiro recém formado.

Já na reta final do curso da faculdade, entre as alegrias e saudades que viriam, tivemos os últimos jogos escolares, que foram realizados no nosso campus. Pela primeira vez nosso revezamento medalhou nas duas provas de 100 metros, com prata no medley (eu nadei peito) e bronze no livre (fechei o revezamento). E consegui um ouro e uma prata nas provas individuais. Nos 50 metros peito apesar de chegar na casa dos 28 segundos fui segundo colocado e ganhei os 100 medley 59s baixo. A Nanda foi medalha de bronze no xadrez.
Meu irmão se casou no último sábado de novembro, na quinta-feira anterior foi o lançamento de seu livro sobre psicologia. Os eventos foram em São Paulo e eu fiquei impressionado com a quantidade de pessoas que compareceram ao evento. Da minha família só foram eu e meus pais. Da família da Millene foram umas 10 pessoas.
O casamento do Zé Renato foi na Paróquia São João Evangelista, na Casa Verde, em São Paulo, que é bem próxima do apartamento deles. A Millene estava linda, com um vestido de noiva, todo enfeitado de pedras, estilo sereia, que era bem justo até o meio da coxa e depois abria em um tecido mais leve e liso. Na parte de cima ele abria em formato de “V”, e não se prendia no ombro, mas sim na parte de cima do braço. E, acabou sendo o segundo casamento no ano em que fui padrinho.
No final de semana seguinte os noivos fizeram uma recepção para a família da Millene no Rio de Janeiro e duas semanas depois fizeram um churrasco para toda a família em Criciúma. Este último coincidiu com a minha festa de formatura.
Chegou dezembro e finalmente terminei a faculdade. Desde que inventei de cursar duas faculdades ao mesmo tempo, foram os quatro anos e meio mais loucos e corridos da minha vida. Até hoje se me falam da morte de alguém ou de algum acontecimento importante que eu não me lembro, as chances de terem acontecido entre o meio do ano de 2010 e o final de 2014 são enormes. Foi um período que me desliguei de muita coisa para conseguir dar conta dos estudos e de minhas outras atividades.
Fomos 14 alunos a colar grau em Engenharia de Computação. Dos 50 alunos que entraram junto comigo apenas sete conseguiram se formar no tempo mínimo previsto, que foi de cinco anos. Os outros sete alunos que se formaram conosco eram de turmas anteriores. Destaco que a Nanda foi a única mulher entre os formandos.
Ainda nesse final de ano veio a notícia que meu projeto de pesquisa havia sido aceito e estava praticamente certo que eu havia conseguido a bolsa da pós-graduação na UNICAMP. A amizade que eu tinha feito com várias pessoas e a forma como fui recebido pela equipe do prof. Robson nos laboratórios me incentivaram a aprofundar meus estudos, com o inicio do mestrado.
A festa de formatura foi no dia 21 de dezembro, que como eu disse, coincidiu com a festa local do casamento do Zé Renato. Então fizemos um grande almoço, com churrasco para aproximadamente 100 pessoas e a noite tivemos a minha festa de formatura, que foi em um grande clube da cidade. A tradição local da universidade é de unir várias turmas em uma grande festa, que inicia por volta das 21h e vai até às 9h do dia seguinte, com direito a café da manhã como saideira para todos.
Além de muita comida, três ambientes temáticos e vários stands para fotos e brincadeiras, as comissões de formatura ainda contrataram três banda famosas para tocar durante a festa. Que foram assim distribuídas: uma iniciando o show às 22h, depois a banda principal começando a tocar à meia noite e outra banda finalizando as apresentações às três horas da manhã.
A festa foi super legal e muito bem organizada. Tive a oportunidade de conhecer a família da Nanda, que inclusive foram meus convidados para o churrasco. Para ficar perfeito só faltou mesmo a Laura estar presente, pois foram os meus amigos “direitos”: a Renata, o Fabrício e o Fábio (estes dois últimos colaram grau na semana anterior e a festa de formatura só seria em janeiro), que foi com a Carol, que acabara de chegar da África, com muita história para contar.
Lá pelas 23h30min a Nanda, que andava me evitando desde a nossa colação de grau, veio falar comigo.
— Você sabe que a partir de hoje vamos ser só amigos....
— É, eu sabia que esse dia iria chegar... eu só quero que você seja feliz!
— Eu estou feliz! Se precisar de mim é só chamar. Não importa a hora ou o local...
— Sempre vou precisar de um carinho!
— Uma coisa que eu sei, é que vou ser fiel ao meu marido! Nem me vem com essa carinha de cachorro pidão.
— Quer dizer que não te encanto mais...
— Sempre vou ter um carinho especial por você... já até te falei para você ficar com a Laura... Falei várias vezes com ela de você... vocês iriam ser muito felizes juntos... só que os dois ficaram de frescurinha por serem primos e coisa e tal... e você perdeu ela... e nem pensa em se envolver com essa Renata. Ela gosta de você, porém é muito interesseira. Deixa ela com o Fabrício, que os dois se merecem...
Não pude deixar de rir.
— Você sempre cuidando de mim. Vou sentir saudade dos seus conselhos...
Ela também riu e me deu aquele seu olhar de quem vai aprontar algo.
— Sabe Beto. A gente podia sair uma última vez...
— Nem tem como, sua louca! Sua família e seu noivo não desgrudam de você...
— Vai ter o show principal. Podemos usar como cobertura e fugir para um motel. Dá para ficar uma hora lá!
— Você é terrível. Isso vai dar merda...
— Larga a mão de ser medroso, ninguém nem vai perceber que sumimos... se perguntarem algo, estávamos vendo o show.
E saímos. Cada um para um lado e nos encontramos no local onde meu carro estava estacionado. E de lá partimos para o motel mais próximo.
Chegamos ao motel e mal deu tempo de fechar a porta da garagem que a Nanda pulou e me agarrou, me segurando com as mãos atrás do meu pescoço. Ela já foi trançando as pernas em volta do meu corpo e a suspendi, segurando pelas coxas e ficamos nos beijando. E nessa posição a levei até a cama.
Ela estava com um vestido azul claro, que rapidamente tiramos, deixando ela só com uma calcinha preta, com a frente rendada. Me levantei para tirar o resto da minha roupa e quando terminei ela sensualmente retirou a calcinha, mostrando que estava com a xoxota totalmente depilada. Eu adorei a novidade. Era a primeira vez que via bocetinha da Nanda se sequer um pêlo e não perdi tempo para cair de boca, com minha língua procurando aquele grelinho que eu conhecia tão bem.
— Ai Beto.... vou sentir muitas saudades da sua língua...
— Só porque você quer!
— Aaaiiii.... nem... começa.... delicia!!!! Só me chupaaaa...
Depois de pouco tempo ela me prendeu com as pernas e já foi tentando me virar. Eu já sabia que ela queria cavalgar e a ajudei, me deitando na cama com a barriga para cima. Ela foi logo montando em mim e posicionando meu pau na entrada de sua xoxotinha, como já tínhamos feito centenas de vezes. Só que dessa vez, quando eu ia pegar a camisinha ela segurou minha mão e, enquanto empurrava o quadril para trás, iniciando a penetração, falou baixinho no meu ouvido.
— Hoje é especial... aaaa..... quero pele com pele... e que você goze dentro.
Nisso ela levantou um pouco a cabeça e acenou positivamente para mim, enquanto gemia baixinho e mordia os lábios. Na hora eu pensei “foda-se”. E levantei o quadril, enfiando com tudo o restinho da pica que faltava entrar.
Ela gemeu gostoso e, endireitando o quadril, começou a cavalgar maravilhosamente. Eu já sabia que ela ia fazer o serviço todo e só pararia quando nós dois gozassemos. Eu sabia também que brincando com o grelinho dela logo no começo, normalmente ela gozava duas vezes seguidas. E foi isso que fiz. Com o polegar de uma mão passei a friccionar seu grelinho e enfiei os dedos médio e indicador da outra mão em sua boca.
Enquanto ela chupava meus dedos, percebi seu primeiro orgasmo, com aquela xoxotinha gulosa se contraindo e apertando mais ainda o meu pau. Daí ela acelerou mais o movimento e com ele os gritos e gemidos, até que gozamos praticamente juntos.
Eu já estava há uns 10 dias sem transar e por isso devo ter ficado uns 40 segundos jorrando esperma em seu útero. Ela ficou deitada sobre o meu tórax por mais uns cinco minutos, até que se recuperou o suficiente para rolar para o meu lado na cama.
Ficamos ali, por uns 15 minutos conversando mais uma vez sobre nossa trajetória juntos e todas as loucuras que fizemos desde que nos conhecemos. Rimos muito. Mas no fundo havia um pouco de medo. Estávamos no fim de um ciclo e nossa vida iria mudar muito nesse novo ciclo que iria se iniciar. Pena que não continuaríamos juntos, mas quem sabe se não estaria escrito nas estrelas que nossos caminhos ainda iriam se cruzar no futuro.
— Temos que ir embora... não sei como meu noivo ainda não me ligou.
— Ainda vai ter a saideira...
— Pode parar Beto... eu vou fugir... seu tarado.
E rindo, a Nanda tentou sair da cama. Eu a segurei, de bruços, e me deitei sobre ela. Ela ainda deu uns gritinhos de “socorro” e “tarado”. Até que comecei a beijar sua nuca e meu pau, já duro, escorregou para dentro dela, fazendo o caminho que eu adorava.
Comecei no vai e vem, devagar e cadenciado e fui aumentando o ritmo. Até que no final montei nela e a fodi forte e profundo, enchendo pela segunda vez aquela bocetinha com a minha porra.
Depois disso nos lavamos rapidamente e voltamos para a festa, chegando pouco antes de acabar o show principal. Se alguém notou a nossa falta não chegou a comentar nada comigo.
Dois dias depois a Nanda e toda a sua família foram embora, voltando para Urupema. Fui me despedir deles e tive que ser muito forte para não chorar naquele momento. Só fiz isso no final, quando eles já estavam dentro do carro, prontos para ir embora e ela saiu do carro, veio correndo, me deu um forte abraço e voltou correndo para o carro, escondendo o rosto.

A minha formatura na faculdade marca o fim da segunda parte da história. E ainda temos muita coisa pela frente.

Foto 1 do Conto erotico: SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 16

Foto 2 do Conto erotico: SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 16


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Comentários


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obetao Comentou em 16/02/2025

Aguarde que teremos reviravoltas

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angulsky Comentou em 16/02/2025

Fiquei decepcionada! Eu estava apostando que o Beto iria terminar a história com a Laura




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Ficha do conto

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Nome do conto:
SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 16

Codigo do conto:
229258

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
14/02/2025

Quant.de Votos:
3

Quant.de Fotos:
2